quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um olhar (atento) para o futuro...








   
Luís Inácio LULA da Silva
                                        Um olhar (atento) para o futuro...
                        Ou, então, "tô de olho em você, companheira Rousseff!"


     As luzes de 2010 estão se apagando, o ano na UTI, falecendo aos poucos e a fotografia que ilustra esse artigo, além do título e sub-título, óbviamente, traduz - através do futuro ex-presidente - o que todos nós, brasileiros e brasileiras, estamos sentindo na apoteose de uma década que nos trouxe mudanças sociais e políticas significativas, marcantes. Mudanças para melhor, dirão muitos (visto que perpetuaram por mais quatro anos o PT no poder) e para pior, dirão tantos outros, àqueles que lutaram - usando o voto como arma - para destituir o reinado dos escândalos. Escândalos estes que, curiosamente, trouxe benefícios para toda a sociedade, diga-se de passagem, já que nunca se viu - mesmo com toda tetralidade, encenações burlescas do "prende hoje, solta amanhã", por que os padrinhos e apadrinhados continuam os mesmos, têem que seguir o roteiro, o be-a-bá do protecionismo - tantos "marajás" (expressão relíquia da ditadura militar usada até a década de 80), julgados (merecidamente ou não) e condenados. É justo e necessário se dizer que, nestes últimos oito anos, coincidentemente os anos do governo Lula, pós-FHC, a Justiça trabalhou muito. Se com (perdoe-me o trocadilho), JUSTIÇA mesmo ou, então, segundas, terceiras e quartas intenções - eleitorais, principalmente - somente o tempo, a história, poderá confirmar. O certo é que tivemos bons e maus momentos neste governo que despede-se de Brasília com um saudoso "gostinho de quero mais". Bons para a população, pois se não fosse assim não elegeriam a candidata imposta por Lula e maus para o PT (Partido dos Trabalhadores) que se desgastou nos referidos escândalos. O resultado das urnas em outubro não foi do partido, foi do homem que, carismático e acima do bem e do mal, conseguiu atrair para si a cumplicidade de milhões de brasileiros. Por outro lado, longe do mensalão, dos Correios, Erenice Guerra e Casa Civil, dentre tantos outros episódios que macularam a idoneidade (?) moral do partido, também tivemos a Copa do Mundo (e, infelizmente, nosso garoto-propaganda não teve o prazer de receber a seleção canarinho no Planalto, erguer a taça); a salvação (surpreendente, milagrosa!) dos mineiros do Chile e aí, neste evento que chamou a atenção mundial, a companheira Michelle Bachelet (quanta ingratidão!) não se lembrou de chamar o colega brasileiro para posarem juntos ao lado dos sobreviventes... Enfim, tais situações provam que o mundo não gira em torno da figura emblemática de Lula, como pressupõe alguns deslumbrados por aí.
     Mas não podemos deixar de "dar a César o que é de César". Lula, o nordestino paupérrimo que fugiu ainda criança da terra natal juntamente com toda a família em busca de dias melhores, chegou a São Paulo, formou-se homem e fez a sorte virar à seu favor, tornando-se o primeiro operário a ocupar o gabinete presidencial do Planalto. Viveu momentos de glória, encantamento e poder dignos dos melhores contos de fadas. Riu com as piadas de Barack Obama (mesmo sem entender bulhufas), hospedou-se no palácio de Buchingham com a rainha Elisabete e banqueteou com toda a corte metida à besta, criou polêmica ao receber o presidente do Irã, criticou quem tinha de criticar. (Não como Lula, mas como presidente do maior país da América Latina). Agora, em outro momento especial de sua vida e inusitado nos anais da história política brasileira, passará a faixa presidencial para a (antes tarde do que nunca) primeira mulher mais poderosa do país e décima-sexta do mundo. Nem Júlio Verne, em todo seu delírio criativo, imaginaria um enredo assim. O momento é ímpar, sem precedentes. Sai o, digamos, retirante nordestino e entra em cena a ex-guerrilheira mineira-gaúcha. (Ocê ou tchê?, vai-se saber!). Uma, até bem pouco tempo atrás, ilustre desconhecida do eleitorado, que nem nome e rosto tinha no cenário político do país descoberto - será? - por Pedro Álvares Cabral. C'est la vie! como dirá o francês Sarkozy e sua belíssima esposa Carla Bruni, caso venham para o rega-bofe da posse, com gosto de churrasco e pãozinho de queijo. Neste momento de transição, o frisson, a expectativa por dias cada vez melhores, anima o consciente e inconsciente (obsessivo e paranóicamente lulista) popular. Não se fala em outra coisa nas ruas, botecos, praias e esquinas da nação verde-amarela, a qual, se duvidar, terminará a próxima década, lá pelo ano 2010, como nação verde-amarela e vermelha. Vermelha da cor da bandeira do PT ou de vergonha, decepção? (Só o tempo dirá). O assunto de todas as rodas, dos salões aos barracos dos menos favorecidos, é da descida de Lula e a subida de Dilma Rousseff. (Na rampa do Planalto, me entendam, pelo amor de Deus). Os cultos e intelectuais que pronunciam o sobrenome da futura presidenta corretamente e também o povão - que até hoje não decidiu por Rousseff ou Roxefe - estão aflitos para saber como o país vai conviver sem uma primeira-dama. Ou será que Dilma vai, para agradar gregos e troianos, representar os dois papéis simultâneamente? Os colunistas políticos não vivem, não tem assunto sem presidente. E as sociais, dos chás e desfiles beneficentes, sem a principal personagem destes "importantíssimos" eventos: a primeira-ama. E a foto oficial, então? Todos estão curiosos se será colocada sobre um tailleur discreto ou um vestido extravagantemente cor-de-rosa, florido. Será que esse pequeno - e aparentemente insignifcante - detalhe vai gerar algum tipo de mudança comportamental na capital federal?
     Não votei em Dilma Rousseff porque não compactuo, não concordo com as idéias do PT. Mas sei que Lula, apesar de alguns tropeços por culpa da confiança exarcebada depositada em alguns caciques do partido, foi um bom presidente e excelente estadista. O que espero da futura presidenta é que cumpra suas promessas de campanha e seja humilde o suficiente para usar em seu governo as excelentes idéias propostas por seu maior adversário nas urnas (José Serra). Uma coisa é criar, ser "mãe" de programas assistenciais disto e daquilo, chefiar um gabinete onde duas dúzias de "papagaios de repetição" dirão amém a tudo que a chefe disser; e outra completamente diferente é administrar um país continental cheio de problemas como o nosso. Mudanças drásticas, urgentes, devem acontecer de imediato, como: o vestibular-loteria e a entrada nas universidades de incompetentes sortudos por causa do X, a aplicação da lei da não obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para exercer a profissão, a inclusão digital em todas as escolas públicas, a marcação de consultas (via telefone) para acabar com as longas e humilhantes filas do SUS (Sistem Único de Saúde), etc. Acredito que com seu perfil e um histórico de via sofrido, humilhante, Dilma não irá decepcionar quem votou ou não votou nela. Aliás, um perfil à altura de protagonista de um excitante folhetim.
     Dilma Rousseff foi, entre 2003 e 2005, ministra de Minas e Energia. Sucessora do homem-forte do governo, José Dirceu, na poderosa Casa Civil, depois do fatídico escândalo do mensalão. Essas credenciais, além do fato que o Brasil - a exemplo de Angela Merkel na Alemanha, Michelle Bachelet no Chile e Cristina Kirchner na Argentina - poderia ter o elegante salto Luís XV  e a bolsa Hermès desfilando sobre os tapetes do gabinete presidencial no Planalto, de segunda à sexta, e aos sábados e domingos uma autêntica dona-de-casa à dar ordens aos chefs na cozinha do Alvorada, fez com que Lula não pensasse duas vezes, batesse pé firme, acreditasse no seu taco (e que taco!) e elegesse Dilma. Claro, e todos sabem disso, que o povo não votou na criatura, mas sim no criador. A eleição de Dilma e a derrota de José Serra e, por tabela, do PSDB, era questão de honra para Lula se firmar históricamente como o grande estadista, o presidente mais popular que o país já teve em todos os tempos. Ele tinha certeza que até uma barata indicada por ele seria eleita. Já citei em outros artigos que o povo parece estar hipnotizado e queira Deus que esta hipnose não se transforme numa grande decepção. Tudo indica que não. E sabem por que? Porque, além da responsabilidade como primeira mulher presidente, Dilma sabe que tem o dever social - e cívico! - de mostrar serviço, coerência com seus pronunciamentos de campanha; que uma pessoa que sofreu tantas humilhações e torturas nos porões da ditadura militar, não pode se dar ao luxo de fracassar. Erras é humano para mim, para vocês, todos nós. Não para a comandante que tem o leme da nação nas mãos. E, mesmo assim, tivemos tantos outros por aí que não deram conta do recado... A história assina embaixo do que digo. Dilma Rousseff "Roxefe" vai honrar a saia que veste e dizer ao que veio. Quem viver, verá. E, mesmo não tendo votado nela, terei muito orgulho de falar nos feitos dela aqui na minha coluna. Ela tem motivos de sobra para orgular-se de sua trajetória, deitar a cabeça na solidão do seu travesseiro, na solidão (lá estarão apenas a mãe e sua tia, segundo dizem) do palácio da Alvorada - a solidão é o preço dos renomados - e pensar: "eu vivi, sofri, enfrentei e agora vou fazer". Três anos de cadeia deve deixar marcas impagáveis na memória de qualquer um. Dilma teve, até mesmo dentro do próprio PT, de enfrentar críticas, olhares desconfiados, comentários pejorativos e preconceituosos, porque - além de ser mulher - era desconhecida do povo, oriunda do PDT  e com pouco tempo filiada ao partido. Só o fez em 2001.
     Dilma Rousseff nasceu em 1947, na classe média da capital mineira, filha de um imigrante búlgaro. Foi casada com um militante de esquerda, o qual sonhava substituir a ditadura militar por uma ditadura bolcheviques. Fatos interessantes marcaram sua biografia, como o planejamento do roubo (em 1969) do cofre que havia pertencido ao governador paulista Adhemar de Barros. Porisso foi presa e torturada. Lula, por sua vez, não ousou tanto, suas convicções políticas não lhe deram coragem para chegar a extremos, mas também foi determinado e, como o mais celébre representante da miséria nordestina e com um dedo a menos, provou que um operário pode sonhar um dia chegar aonde ele chegou. Dilma saiu de BH logo após a prisão e foi morar em Porto Alegre, onde conheceu Carlos Araújo, casou-se e teve sua única filha, Paula.No Rio G. do Sul, Dilma foi secretária da Fazenda do muncipio, depois secretária estadual de Energia em dois governos, do PDT e PT, respectivamente Alceu Collares e Olívio Dutra. Agora, a política-"emergente" será depois de amanhã a mulher mais poderosa do Brasil.
     Lula deve estar orgulhosíssimo, realizado. Vai deixar o governo com a certeza de dever cumprido e lágrimas, imagino, não faltará nas cerimônias da posse. Mesmo indiretamente o destino da nação estará em suas mãos, pois - como Dilma Rousseff é obra, criação sua - vai procurar ouvir seus sábios conselhos. Se isto não ocorrer, o que será dele sem as inaugurações, as viagens dentro e fora do país, os assessores, o ministéio a lhe aplaudir (e jamais criticar), às ordens para as lideranças no Congresso? Só sobrará Lula e Marisa Letícia. Ele e ela, nada mais, sem nada à fazer, apenas revirar as páginas de sua memória em busca de lembranças de um tempo que se foi e, tudo indica, não voltará. Algumas modomias como seguranças, carro, assessores, não faltarão até o último de seus dias. Mas o gostinho do poder de decisão, do mandar e desmandar, isto não mais existirá no alvorecer do próximo dia 02. Lula poderá, sim, orgular-se dos 80% de aprovação popular, mas na prática isto não terá nenhum significado. A cortina vai estar cerrada e a única coisa que lhe restará fazer é retirar-se de cena para os bastidores de uma vida simples, ao quase ostracismo. Se ele for esperto, fará como FHC que saiu dos holofotes de Brasília para dedicar-se às conferências, ao seu instituto.
     Adeus ou até logo? Essa resposta será dada pelo tempo, senhor absoluto de toda sabedoria, verdade e paciência. Não somente para Lula, como para todos nós.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                               SANFERR, 30.12.2010


de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores (doações) do blog:


     Feliz Ano Novo!
     O Brasil tem sido bastante generoso com esta coluna. Grato! Tudo já foi dito nas mensagens que postei anteriormente desde o início de dezembro. Só queria, mais uma vez, agradecer a todos àqueles que estão tendo a paciência de ler o que escrevo e enviado SMS, emails, postado comentários públicamente (apesar de poucos) aqui na minha página. Vocês são, realmente, uns amores, queridos e oro por todos. Não sou tudo isso, não. Mas, obrigado do fundo do meu coração.
     2011 será, se Deus quizer, muito melhor que o ano que está acabando. Se sofreu, força e coragem. Apegue-se ao Deus verdradeiro, e não falsos deuses, crenças e seitas, para suportar as dores. Se teve êxito, agradeça. Se fracassou, lembre-se que o fracasso é ilusório, só existe na sua cabeça, visto que o que para uns é vitória, para outros é derrota, e assim sucessivamente. Nada como um dia após o outro. Basta ter apenas fé e entregar-se nas mãos de Deus. Ele irá certamente realizar milagres em sua vida. Eu, quem me conhece sabe o que digo, sou a prova viva disso. Nestes dias, vou descansar meus neurônios um pouco,. mas, na próxima quinta-feira, se Deus quizer - e Ele quer - aqui estarei enchendo o saco de vocês novamente com meus artigos desinteressantes.
     Obrigado aos meus amigos por me apoiarem em 2010. E àqueles que não gostam, por motivos que fogem a minha razão, de mim, por terem me dado a oportunidade de refletir e tentar melhorar para um dia, sabe Deus, chamá-lo de meu amigo.
     Obrigado a minha mãe, Maria Amélia, e minha tia-mãe Daisy, pois sem elas eu não seria quem sou.
     Obrigado a meu pai e minha segunda família lá do Paraná longíncuo.
     Obrigado aos meus tios, tia Tecla, primos, sobrinha, afilhada, etc., etc.Enfim, a toda a parentada, aqui, ali e acolá.
     Obrigado a Vós, Senhor, que tem tido, desde sempre, muita paciência e misericórdia com este filho que fáz dos erros faculdade para os acertos futuros.
     Obrigado a todos, enfim, e um 2011 de paixões avassaladoras, sucesso, paz, realizações e saúde. O lema de todos nós deveria ser: "DEUS, DEUS, DEUS. E a Virgem Maria, depois da Santíssima Trindade, para interceder".

                                                                                                                                                                                                                            SANFERR




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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

A PORTA QUE DEU PASSAGEM AO SALVADOR DO MUNDO.


 



 

MARIA SANTISSIMA,
  A PORTA QUE DEU PASSAGEM AO SALVADOR DO MUNDO.
(A maior personalidade que a raça humana já produziu!)

     O Natal chegou. Amanhã é a grande noite da maior festa cristã de todos os tempos, já que comemoramos a vinda, a chegada entre nós - através do abençoado ventre da sempre Virgem Maria - há dois milênios do Messias, d'O Salvador, d'O Filho de Deus. E Êle veio com uma missão -e em condição - bastante peculiar. Tudo começou com o ato de desobediência de Adão e Eva, o pecado original que desencadeou vários outros na história da humanidade, a exemplo do segundo (pecado) e o primeiro (crime) homicídio que se tem notícia: o fratricídio de Caim. De lá para cá, Deus tem sido tão ofendido, magoado e (porque não?) zombado em seus objetivos - principalmente nesta data, quando o natalício d'O Seu Filho é festejado tão diferentemente do que  O agradaria - que Ele decidiu (naquela época) exterminar os homens da face da terra vendo que "todos os pensamentos de seu coração estavam contínuamente voltados para o mal" (Gn, 6,5). Não foi à toa que Deus enviou o Dilúvio. Até que, se compadecendo dos humanos, prometeu a Noé que nunca mais àquilo se repetiria. E simbolizou Sua palavra com o arco-íris. (Hoje, mais uma vez, o povo está desgostando o Senhor com as danças imorais, a cachaçada, uns falando mal dos outros, caluniando, invejando, atos típicos de pessoas vis, perniciosas, que aproveitam-se da ausência do seu igual para desmoralizá-lo diante dos demais, e por aí vai o rosário de maledicências que os homens são capazes)...
     Mas, óbviamente sendo quem é - Deus - Ele nos deu (e continua dando até hoje) uma nova chance, teve clemência. (Como nós, simples mortais e pecadores, deveríamos fazer com quem nos ofende, humilha e destrata). Eis que "uma virgem concebeu e deu à luz um filho" (cf, Is 7,14). Vejam bem as palavras bíblicas, irmãos protestantes: uma virgem. Naquela época tudo levava ao despotismo, a degradação moral e a idolatria. O império Romano, com toda sua arrogância e crueldade, subjugava as nações com suas legiões. A corte imperial tinha verdadeiro desprezo para com a vida humana e considerava RES (coisa) a infinidade de escravos sujeitando-os a crueldades, experiências indecorosas (incestos, sexo com animais, etc.). Não eram poucas as divindades pagãs - mundanas - que simbolizavam paixões especiais, tais como Mercúrio, Vênus, Marte, Baco... Luxúria, embriaguez, violência e sortilégio - este vê-se até hoje com pessoas ignorantes, descrentes, que procuram os magos, bruxos, camdomblezeiros, videntes, tarólogos e afins, como se eles tivessem capacidade de resolver problemas - eram vícios a serem imitados. Foi aí, então, que houve a separação entre o Povo Eleito, o qual se dividiu em várias seitas: os Saduceus, os quais aceitavam como lei únicamente os cinco livros de Moiséis; os Fariseus que, além do Pentateuco, consideravam válidos outros livros bíblicos e doutrinas recentes, como, por exemplo, a ressurreição dos mortos e a existência dos Anjos; e os Zelotas, que formavam um grupo revolucionário em luta pela independência política de Roma.
     Deus, em toda sua sabedoria e misericórdia, interviu e fez surgir a grande personagem histórica, a maior personalidade humana dentre todas as criaturas, a medianeira, a co-redentora da salvação da humanidade, Àquela que abriu caminho para a vinda do referido Salvador, d'O Messias: Maria, sempre Virgem e Santíssima, "bendita entre todas as mulheres". Com o fiat da futura Mãe de Deus, a justiça divina perdoou, mais uma vez, a raça humana e aconteceu o mistério da Encarnação: nasceu Jesus. Só que hoje, decorridos mais de dois mil anos, o povo - cada vez mais à deriva num mar de egoísmo, consumismo, ódio, vinganças, depravações e traições - continua renegando os ensinamentos do Divino Mestre e Redentor, voltando novamente as costas para Deus, dando sinais de um retrocesso, uma volta (terrível!) ao paganismo de outrora, de nossos antepassados, prostando-se diante de ídolos (falsas seitas e crenças, principalmente as de origem africanas e índigenas), as quais não podem nos oferecer salvação. Atualmente, o povo de Deus - que, infelizmente, assustadoramente, parece ser mais de satã - está voltado para o "sangue, suor e cerveja": angue dos crimes praticados frequentemente, suor dos corpos ávidos por desejos e prazeres carnais, e a cerveja, aqui (no Brasil) muitíssimo bem escolhida como representante da grande culpada por 89% dos males que afligem a humanidade: a bebedeira. (Observem o índice de acidentes e crimes que ocorrerão nestes dias de festas).
     Para acabar com tudo isto, temos a promessa de Nossa Mãe, da Rainha do céu e da terra: "Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!". Este será o triunfo dos triunfos: o triunfo de Jesus, uma nova Epifânia.
     Nos dias de hoje, o Natal virou sinônimo de dar-se (e receber-se) presentes ou simples lembrancinhas, conforme o bolso de cada um; do abraço desejado há muito tempo e adiado por mágoas, ressentimentos, maus-entendidos, fofocarias e calúnias de terceiros, orgulho ou por motivos diversos; do beijo sincero de quem ama verdadeiramente ou, infelizmente, do falso que odeia mas segue à risca o be-a-bá, o roteiro das festas natalinas. Natal para a grande maioria das pessoas é depravação, orgias, o ter, ter,ter e jamais o doar-se,doar-se,doar-se.O consumismo virou, no rigor da expressão, modismo. Os shoppings e os grandes centros comerciais não deixam dúvidas. Agora, e as igrejas? Os templos? A casa de Deus? Os orfanatos, asilos e abrigos, albergues para indigentes? São visitados? Natal para muitos é - e não deveria ser - uma festa do dinheiro, onde o pobre não tem vez, lugar. É a festa - e não deveria ser, repito - da gula e dos vícios, da maioria (quiçá todos!) sete pecados capitais. Amigos, saiam desta enquanto é tempo. Tranquem-se em seus quartos, imolem-se (não no corpo, claro!, mas na alma) diante do Senhor, façam uma reflexão franca e humilde de seus erros perante os irmãos. Eis que chegará, quando você menos esperar, o seu momento de dificuldade, de dor e sofrimento - pois eles chegam para todos - e aí... cadê a resposta de Deus para seus lamentos, seu pranto, se HOJE você não é solidário com quem sofre e pede socorro. O Natal não é para endividar-se até "a raiz dos cabelos", contanto que mostre aos parentes, amigos e vizinhos os móveis novos, a casa pintada, o carro (comprado em prestações que só terminarão quando você estiver estirado no caixão, a viagem dos sonhos, as roupas de "marca" (griffe), a orgia gastronômica, a devassidão dos bares e das praias onde ninguém se lembra do aniversariante, a não ser quando acontece um imprvisto (geralmente provocado pela bebida) e os corredores dos hospitais - e muitas vezes das delegacias, cemitérios - enchem-se de "fervorosos" cristãos (?) de ocasião e seus tradicionais lamentos: "ai, meu Deus!", "ai, minha Nossa Senhora!"... (?)... Pobres descrentes (já que não acreditam no que vê, quando mais Deus, que não vê) que não imaginam que o seu fim, literalmente falando, pode estar ali na esquina, na próxima hora.
     Festejar um evento, aniversário ou casamento, é muito bom. Mas, observem que o menos homenageado...é o próprio homenageado. Façam uma reflexão. Se formos ser sinceros, verdadeiros, querermos estar ao lado de quem realmente gostamos, amamos, nossas festas seriam quaze desérticas, vazias. E sabem por que? Porque na hora da lista de convidados, querendo apenas impressionar, convidamos até quem não queremos. O que não pode é sobrar espaço, sorrisos falsos e comentários mais hipócritas ainda. Vejam o exemplo de Jesus, José e Maria. Uma vida simples, apenas três pessoas, humilde, com amigos que poderia-se contar nos dedos da mão. (Pouquissimos estiveram ao pé da cruz e no enterro!). Bastou o Mestre se fazer notar como, digamos assim, "milagreiro", e o que aconteceu? O povo cercou-o de todos os lados visando únicamente benefícios para si. Depois, quando a situação se inverteu - para o lado d'Ele - todos fugiram, se esconderam, viraram as costas. Crucificaram. É como as nossas festas. Muita gente, muitos "amigos" (?) até a bebida, a comida acabar. Depois, byebye. Cadê a amizade, a (hipócrita) alegria, gargalhadas, o oba-oba? O importante é a qualidade de um verdadeiro amigo. Aquele que a gente não liga, não procura, mas ele insiste, se fáz presente não para comemorar seja lá o que for, mas participar de nossos momentos, principalmente os ruins. E não aqueles falsos, oportunistas, que só aparecem para abocanhar uma "fatia do nosso bolo". (Se é que me entendem!)...
     "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!"...
     Hoje em dia, reitero, dois mil anos depois destas sábias palavras terem sido proferidas, temos a nitida impressão que foram outras ditas por Jesus. Um Homem que amou o seu próximo intensamente, fervorosamente, mais que a si próprio, que deu tudo de Si para agradar; um Homem, o maior deles, que se deu em holocausto, se entregou à fúria insana dos amigos-inimigos para redimir... o que? Os pecados da própria (e miserável) raça que o traiu. E o que nós estamos dando a Ele nesta data? Simplesmente traições, desamor, ódio, calúnias, vingança como resposta aos seus mandamentos. Basta abrir e ler os jornais, acessar aqui (a internet), assistir os telejornais. São crimes de toda ordem ocorrendo em todo lugar por uma única causa: dinheiro. Isto, certamente, não é a noite feliz que Jesus Cristo queria ter. Esquecemos completamente - com a euforia passageira do 13 salário, a conta bancária recheada de reais e o falso votos de Boas Festas, como se o restante do ano não existisse, não tivesse mais nenhuma importância - o aniversariante. Pai, Filho e Espirito Santo, a Santíssima Trindade, tornou-se coisa de beatas e dos protestantes, na maioria das vezes preconceituosos, recriminadores, que se auto-proclamam salvos, donos da verdade e das chaves dos céus. Coitados! "Não julgueis e não serás julgados!".
     Jesus Cristo veio ao mundo, se tornou Homem, através de Maria, por obra e graça do Espirito Santo. Nasceu paupérrimo numa manjedoura e dentro de um estábulo, sobre as palhas (e não num colchão ortopédico!), cercado por animais. Nasceu no chão, na maior expressão de humildade. Será que vocês já pararam para analisar o recado que o Todo-Poedroso quis nos dar com esse momento ímpar na história da humanidade? Será que foi coincidência todas as estalagens estarem lotadas, obrigando José e Maria a se refugiarem num lugar como àquele? Por que será que Deus não quis que Seu Filho nascesse entre os homens, mas, sim, entre os animais? A resposta pode ser dada com uma simples palavra: irracionalidade. Os animais são a mais pura expressão da inocência, não conhecem as maldades que o homem pode guardar dentro de si. José e Maria não tiveram acolhida, acesso a nenhuma casa porque era uma família pobre, sem recursos materiais. E hoje, se viessem na mesma situação, se não soubéssemos quem eram -os pais de Jesus - novamente seriam barrados, marginalizados. Imagine se alguém iria querer em plena noite de festa, de (falsas) alegrias e exibicionismo, dar abrigo para um carpinteiro e sua esposa grávida.
     Porisso o Natal, apezar de ser uma data memorável, é também símbolo da total hipocrisia humana. Um trecho bíblico nos fáz refletir sobre a nossa crueldade: "infeliz do homem que confia no próprio homem". E sabem por que? Porque o ser-humano é capaz de abraçar ao raiar do sol e apunhalar pelas costas com as trevas da noite; somos capazes de trair quem nos deu a mão, tirou do sufoco, matou a nossa fome e sede, enxugou as nossas lágrimas e curou nossas feridas;capazes de virar o rosto, dar as costas a quem sorriu para nós, enfeitiçados por outros que querem destruir uma boa amizade. O Natal perdeu - se é que algum dia teve - a sua essência: o amor. Amor puro, desinteressado, jamais egoísta.
     Maria Santíssima, a Mãe de Deus, Virgem antes, durante e depois do parto, nos deu, juntamente com seu castíssimo (Eles nunca tiveram outros filhos) esposo José, o maior exemplo de amor: entregou-se completamente nas mãos de Deus e confiou que Ele faria o melhor em suas vidas. E Ele fez: enviou Seu Único Filho para nos salvar. De nossos pecados, de nós mesmos.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!
                                                        
                                                                                                            
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          SANFERR, 23.12.2010.



de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores(doações) da coluna:


                                                                             NOITE        FELIZ!!!

     Boas Festas é o que desejo, em nome de minha família, à todos. Que esta noite feliz, mágica, não seja apenas do vinho, da champagne (francesa ou uma simples sidra), da cerveja, das nozes, figos, avelãs, passas e uvas, do perú e do tender ostensivamente decorados. Lembrem-se que o que menos a Sagrada Família e, principalmente Jesus, o aniversariante, quer é justamente isso: ostentação. Certamente é bonito - uma tentação aos olhos, ao estômago - admirar-se uma mesa bem arrumada e farta, com todas estas delícias (aqui em casa minha mãe e tia não dispensam a ceia logo após chegarem da Missa), mas parem e pensem no real significado deste aniversário, no que Ele, o dono da festa, quer receber de nós: fraternidade, solidarieade, amor e caridade. Comemore, beba e coma à vontade, deixe a alegria tomar conta do seu ser. Mas, lembre-se do irmão, do pobre que, em sérias dificuldades, sem dinheiro no bolso e, consequentemente, pouca coisa (ou coisa nenhuma) à mesa, também é filho de Deus, irmão de Jesus e TAMBÉM está festejando o aniversário d"Ele. Sabem o meu sonho de consumo nesta época? Ter dinheiro suficiente para nesta noite sair por aí, à toa, chamando os infortunados da vida, os marginalizados pela sociedade jogados nas sarjetas da vida, para ceiarem junto comigo e minha família. Infelizmente, Deus AINDA não me deu esta graça, pois tal gesto requer boas condições financeiras, uma casa enorme. Não é demagogia movida pelo espirito natalino. Quem me conhece de perto sabe, pois há anos  venho dizendo isto. Agora que tenho um blog e milhares de pessoas lêem o que escrevo, deixo registrado aqui o meu antigo desejo natalino.
     Deus abençõe à todos e dê a cada um de vocês um Natal auspicioso, repleto de bençãos e misericórdias divinas, farto não somente de dinheiro, mas de SAÚDE, PAZ e AMOR ao PRÓXIMO. Eu queria que todos vocês, meus amigos, estivessem vivenciando a mesma felicidade que Deus está me proporcionando, mas tenham fé. Acreditem que o perdão é a palavra-chave para se conseguir do aniversariante o maior dos presentes: o carinho, a defesa, o amor d'Ele.
     Lembrem-se também, irmãos de outras religiões, que Maria não salva. Mas, como a Mãe de Deus, ela intercede continuamente, sem descanso, até o final dos tempos, por todos nós. Ela pede ao Filho o perdão para nossos pecados. O mesmo perdão que devemos dar ao próximo que nos fez mal, praticou crimes para nos condenar aos olhos de outras pessoas, não somente hoje porque é Natal, mas durante toda a nossa vida.
     Aos amigos de ontem e hoje, não se esqueçam de mim. Se magoei, perdão.
     Salve Maria! Glória a Deus nas alturas!
     Parabéns, meu irmão, meu Pai, meu tudo: Jesus Cristo. Eu não mereço tudo o que Vós tem feito por mim!
                                                                                                                                                                                                                     
 
                                                                                                                                                                                                                       SANFERR


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