quinta-feira, 28 de abril de 2011

IN THE HISTORY OF OUR PRINCESS OF WALES, THE INSPIRATION OF KATE.





                                                        LADY DI,
NA HISTÓRIA DA NOSSA PRINCESA DE GALES, A INSPIRAÇÃO DE KATE, DIZ O TÍTULO ACIMA.
 

     Amanhã a abadia de Westminster (Londres, Inglaterra), um prédio gótico que ao longo dos séculos virou mausoléu de famosos e nobres, receberá sob seu imponente teto secular (novamente) uma princesa do povo desde que a última - Diana - por ali passou pela última vez à caminho da morada eterna na propriedade da família Spencer, na cidade de Althorp, em Northamptonshire, a 130 quilômetros da capital inglesa, na triste manhã do dia 06 de setembro de 1997. Lá se vão quase quatorze anos de uma dor que marcou para sempre os corações dos súditos da rainha Elisabeth II e de milhões de pessoas ao redor do mundo. Princesas assim, amadas e endeusadas pelo povo, só existiu duas: a própria Diana e Grace Kelly, de Mônaco (1929-1982), também morta trágicamente num acidente automobilístico. Por ser de uma época na qual qual as figuras da realeza estão mais vulneráveis ao poder da mídia eletrônica - e também por seus "feitos" dentro e fora do palácio de Kensington, sua residência oficial - a morte de Diana causou maior comoção. Naquele ensolarado (mas sombrio para os fãs) sábado do longíncuo mês de setembro de 1997, o semblante do princípe William, aos 15 anos, primogênito do futuro rei da Inglaterra (Charles) - e ele próprio o segundo na linha de sucessão - estava visivelmente marcado por uma dor inconcebível para quem não passou por ela. Afinal de contas, estava sepultando a rosa da Inglaterra, sua mãe e única amiga, num mega funeral-show (?) transmitido ao vivo para milhões de telespectadores ao redor do planeta. Agora, mais uma vez, William será o centro das atenções, só que numa situação completamente diferente. O choro contido pelo protocolo real britânico dará lugar amanhã ao sorriso, já que estará desposando o - só o tempo dirá - grande amor de sua vida, a plebéia Catherine Elisabeth Middleton, ou, simplesmente Kate.
     Diana X Kate. O que há em comum entre as duas? Beleza, popularidade e, principalmente, uma personalidade forte e marcante, já deu para se notar. Estilo próprio? Poucos o tem. Enquanto Lady Di era originalíssima, Kate dá a impressão - novamente o tempo dirá - que está fazendo um esforço meticulosamente estudado para ser uma autêntica representante da classe, do charme e do fascinante estilo "Lady Di de ser" (e viver!) numa família real desprovida de glamour, encanto e beleza desde que Camila Parker-Bowles assumiu o coração do futuro rei da Inglaterra. (Ou não!). Amanhã e  nos próximos dias e meses, Kate será, lógicamente, o centro das atenções, suas roupas ditarão  moda (?) e suas aparições em público ovacionadas e comentadas em todo o mundo. Mas somente daqui à alguns anos as diferenças (hoje visiveis aos olhos dos mais atentos, observadores) surgirão e, então, ela será aprovada ou rejeitada pelo vox populi. (Tão impiedoso como bajulador, dependendo da situação). Não dizem por aí que o tempo é o senhor absoluto da razão?...
     Years have elapsed, people will pass by anda friend will not be forgotten. ("Passaram-se anos, passarão pessoas e o amigo ficará").
     Diana Frances Spencer, a futura princesa de Gales, nasceu em 01 de julho de 1961 no condado de Norfolk, sendo a terceira filha de John Spencer, visconde de Althorp, com Frances Roche, a qual fugiu quando Diana tinha 7 anos com o milionário Peter Shand-Rydd, deixando-a, juntamente com seus três irmãos (Sarah, Jane e Charles) aos cuidados do pai. Anos depois, após ser matriculada na Silfied School, uma escola aristocrática de Norfolk, Diana veria seu pai casar-se  novamente, desta vez com Raine, condessa de Darthmounth. Já em Londres, três anos depois, Diana aprendeu a tocar piano na West Heath School seguindo os passos de sua avó Ruyth (Lady Fermonoy), uma exímia pianista. Como Cinderela, a princesa irreal dos contos de fadas, Diana cresceu tímida, frágil e sem nenhum atrativo aparente que desse margem a alguém suspeitar que um dia seria o que foi. (E sempre será). Tinha vergonha de tudo e todos, sua presença passava despercebida em todos os lugares, já que ela ficava (quase) sempre à parte, solitária, de cabeça baixa, colada a parede, sem amigos e muito menos rapazes interessados em sua figura esguia, até mesmo feiosa, sem nenhum charme. (Pobres plebeus, medíocres e insignificantes, que menosprezaram àquela que mais tarde transformou-se em tudo que eles jamais foram). Enquanto fisicamente Diana era a personificação do "patinho feio", a cabeça dela voava sonhando com os personagens românticos das novelas de Barbara Cartland, sua avó postiça. Os anos passaram. Diana, aos poucos, foi se transformando por dentro e por fora mostrando interesse pelos esportes, especialmente a natação e o tênis. Quando foi estudar no Institute Alpin Videmanett, perto de Gstaad (Suíça), ela vivia pedindo à família para voltar para casa. Parecia que o destino conspirava à seu favor e ela antevia o futuro glorioso na capital inglesa.
     Diana conheceu o princípe Charles quando tinha 17 anos e ele, bem mais velho, estava cortejando a irmã dela, Sarah. A diferença de idade, os sonhos românticos (e fantasiosos criados por uma mente delirante, digna das grandes personalidades que marcam sua passagem neste planeta) da donzela e a experiência (bota experiência nisso!) do filho da rainha, viriam a lhe trazer sérios problemas muitos anos depois, os quais a fizeram chorar inúmeras vezes em público, contrariando todas as regras de etiqueta e cerimonial do palácio de Buckingham. O desfecho de um casamento que começou como os das fábulas, realizado com toda pompa e circunstância no dia 29 (coincidência com a data de amanhã?) de julho de 1981 na catedral de Saint-Paul, não foi nada pomposo para a princesa e nem agradável para milhões de admiradores que torciam por sua felicidade. Lady Di viu seus sonhos ruírem como castelo de cartas ao perceber o distanciamento, a frieza e as constantes humilhações do marido amado. A garota-propaganda do Reino Unido passou por momentos amargos, difíceis, traída por todos, principalmente os falsos "amigos" que arranjava para fazer ciúmes no princípe. Lady Di nunca traiu Charles. (Levou fama, mas sem proveito). Uma mulher loucamente apaixonada por seu homem não consegue traia a confiança dele. Ela apenas fez muita exposição de sua pessoa de uma maneira errada e os tablóides sensacionalistas aproveitaram para denegrir seu nome, difamar. Perseguida pelos paparazzi - que provocaram sua morte sob a ponte D'Alma, em Paris, na madrugada de 31 de agosto de 1997 - Diana não tinha paz, privacidade até mesmo quando queria estar às sós com seus dois filhos (William e Harry) ou, então, já separada oficialmente, curtir a companhia daquele que deveria trazer-lhe serenidade e a tão almejada felicidade: o egípcio Dodi Al Fayed. Quis o destino que os dois morressem juntos.
     Kate X Diana. A criatura diante da figura mitológica de sua criadora. E a estória, o conto de fada (outra vez?) está apenas começando. A realeza, os súditos e os admiradores de todo o planeta esperam que, desta vez, o princípe não vire sapo e esteja desposando um amor de verdade. A festa, o frisson das bodas irá passar e, sem trocadilho, somente o tempo dirá o que realmente se passa no coração do herdeiro - em todos os sentidos? - do princípe Charles. Uma questão mais relevante do que esse oba-oba que estão fazendo com o casamento real deverá afligir os ingleses nos próximos tempos: será que William se lembrará da história recente protagonizada por sua mãe e saberá respeitar Kate como esposa, mulher e, principalmente, a mãe dos filhos que certamente terão? Tomara que sim. Do contrário, a rosa da Inglaterra murchará no túmulo da decepção e do desgosto, enquanto a nova princesa (Kate) descobrirá, entre lágrimas e constrangimento público, que uma plebéia não entra para a família real impunemente.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                        SANFERR, 28.04.2011.

a ESFINGE:
     "Um epíteto é amante, não esposa de um substantivo. Entre as palavras são necessárias relações passageiras, não casamentos eternos. Nisso está a diferença entre um escritor original e um que não o é".
                                                                                                                         ALPHONSE DAUDET (1840-1897), escritor francês.

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

DEUS CARITAS EST




                                        DOM MURILO KRIEGER,
                      ENTRE A CRUZ E A ESPADA, UMA GUERRA SANTA.


     Assim como aconteceu com dom Lucas Moreira Neves e dom Geraldo Majella Agnelo, seus antecessores, a tarefa de dom Murilo Krieger à frente da Santa Madre Igreja na terra abençoada pelo Senhor do Bonfim e "batizada" pelos deuses-orixás (pagãos) do culto afro, não será das mais fáceis como arcebispo de Salvador e primáz do Brasil, incumbência que recebeu do papa Bento XVI em 12.01 pp. ao ser nomeado para tal cargo. Isto porque - e não é novidade para ninguém, portanto não estou sendo leviano - todos sabem que oito em cada dez baianos tem um pé (ou os dois) no ecumenismo mais exicial que já se ouviu falar na história das religiões: a liturgia eucarística X os atabaques dos terreiros de camdomblé. Por aqui confunde-se tudo:  oferendas com despachos nas encruzilhadas, celebrações com rituais muitas vezes macabros (temos visto muitos exemplos na mídia), a depender da necessidade  "espiritual" do freguês. (Tem padres por aí - é só percorrer algumas igrejas, em pontos estratégicos da cidade, para saber de quem se trata - que estão transformando suas Missas em verdadeiros cultos ao camdomblé, com danças, cânticos em iorubá e indumentária típicos desses centros religiosos). Enfim, é uma verdadeira torre de Babel com pseudo-religiosos (de ocasião) falando as mais diversas línguas, do latim ao iorubá, sem o menor comprometimento com a máxima "não servireis dois senhores ao mesmo tempo". A maioria das pessoas estão com o leme do barco de suas vidas quebrados à mercê dos ventos, pra lá e pra cá, sem saber aonde aportar, acendendo um pacote de velas pra um santo e um charuto pra "outros" (?),em meio a um banquete de frutas e comidas típicamente de origem africana (como se santo tivesse fome, não um corpo glorioso), dependendo da situação que se apresente mais favorável a resolução de seus problemas mais prementes. Esses "outros santos" são na verdade deuses-orixás de uma seita (ou religião, como queiram) afro surgida bem lá atrás em terras místicas supersticiosamente influenciadas pelo ocultismo (contra todas as leis de Deus), onde o som dos atabaques, agogôs e xequerês são mais valorizados pelos "fiéis" que o repique dos sinos das igrejas milenares. (Esses tais "fiéis" estão mais interessados no possuir, no TER, do que o SER verdadeiramente cristão, temente a Deus, e são capazes de vender a alma ao diabo por poder, sucesso e dinheiro, esquecendo-se do "que adianta ganhar o mundo, se vier a perder sua alma").
     Não estou - e nem poderia, por minha formação moral e cristã, meu caráter - fazendo apologia a qualquer tipo de preconceito e, pelo amor de Deus (Êle mesmo, não outro) não me confundam como adepto da intolerância religiosa. Só que o óbvio é mais que ululante e não vê quem não quer esse tal de sincretismo religioso, assustadoramente pernicioso, afrontando a igreja católica. Quem não quer separa "o alho dos bugalhos", "o joio do trigo" é que aplaude, acha certíssimo (completamente ignorantes dos assuntos teológicos, filosofais), fáz vista grossa para esse grave problema social e religioso. Mesmo tendo frequentado cursos de espiritualidade (não confundir com espiritismo) em Universidades pontificiais de Roma, em 1980 - e pelo que se pôde observar na entrevista coletiva após sua chegada no aeroporto no dia 22.03 pp - dom Murilo deverá ter paciência (muita paciência!), mas, certamente, também ressalvas com relação ao exagero das comparações dos santos católicos com os orixás. Da mesma forma que Pedro é Pedro e João é João, devemos ser coerentes e não comparar Jesus e Maria Santíssima com divindades profanas, por mais que certos intelectuais, sociólogos, filósofos e até mesmo (alguns, uma minoria fanática) padres oriundos dos terreiros tentem explicar o inexplicável, imponderável. (São Cosme e São Damião, Santa Bárbara e outros mais ficarão eternamente - e santamente! - agradecidos). Devemos - como cidadãos e, principalmente, cristãos - respeitar, sim, as diferenças, as crenças e devoções de cada um, mas contanto que "cada macaco continue no seu galho", sem ridicularizar os símbolos máximos de uma fé professada pelo próprio Jesus Cristo há mais de dois mil anos quando Êle afirmou categóricamente: "Tu és Pedro (não orixá) e sobre esta pedra edificareis a  Minha igreja" - Mateus 16, vs. 18. (Se é que me entendem!)...
     Murilo Sebastião Ramos Krieger nasceu em 19.09.1943 na cidade de Brusque (SC), o sexto filho de uma família de nove irmãos, de Oscar Gustavo Krieger e Olga Teresa de C. Ramos Krieger. Além do Seminário da Congregação dos Sacerdotes do Sagrado Coração de Jesus (1956 a 62), ele estudou Filosofia (!964 a 65) e depois Teologia em Taubaté, São Paulo, no período de 1966 a 69. Fez Licenciatura em Letras (Português) na Faculdade de Filosofia N. Sra. Medianeira, também em São Paulo, em 1972. Além da inteligência demonstrada desde a mais tenra idade, o tempo transformou dom Murilo num homem culto fazendo com que publicasse livros de profundo teor filosófico e espiritual, tais como: "Shalom, a Paz ao Alcance da Juventude", "Deixa meu Povo Ir", "Peregrinos do Reino - Cidadãos do Mundo", "Apascenta minhas Ovelhas", "Alegre-se: Deus é Amor", "Com Maria, a Mãe de Jesus", "Um Mês com Maria" e "Maria na Piedade Popular", sendo esses três últimos uma homenagem Àquela que é a sua grande paixão depois, lógicamente, da Santíssima Trindade. Escreve para as revistas Mensageiro do Coração de Jesus, Brasil Cristão e o Jornal da Arquidiocese, de Florianopólis. Seu lema episcopal é "Deus caritas est", ou seja, "Deus é amor". O mesmo amor que tem feito maravilhas na vida de dom Murilo, espera-se que seja retribuído à altura por nós baianos não assustando o arcebispo com nossas "indecisões" religiosas, fazendo-o pensar que deveria ter trazido também um exorcista em sua bagagem na mudança para a terra do axé. (Ou não!).
     Com a sua larga experiência episcopal adquirida nos cargos de Reitor do Instituto Teológico (SCJ), até Superior Provençal - antes de ser nomeado bispo auxiliar de Florianopólis em 1985, depois bispo de fato em 28.04 do mesmo ano e arcebispo de Florianopólis em 2002 - dom Murilo deverá ter muito jogo de cintura para agradar a "gregos e troianos".
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                            SANFERR, 21.04.2011

A ESFINGE (apartir de hoje publicarei pensamentos meus e de outros autores):

     "O sábio e a fênix tem muito em comum. O sábio guarda seu tesouro à sete chaves, discretamente, longe dos olhos até dos mais íntimos e queridos, se fazendo de pobre para, de repente, ressurgir das cinzas, emergir do buraco onde todos pensavam que ele estava".

                                                                                                                                                                                     AUTOR DESCONHECIDO

de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores (patrocínios, doações):

     Agradeço, mais uma vez sensibilizado, as demonstrações de apreço, afeto e carinho de pessoas que vem demonstrando ter por mim uma amizade verdadeira, profunda lealdade e admiração comovente, nos comentários postados todas às quintas-feira aqui na coluna ou através de emails, SMS, telefonemas. Fico grato e realmente comovido com as palavras sinceras, ditadas pelo coração de pessoas que conheço de hoje, ontem ou sempre, ou, então, desconhecidos que estão se tornando "novos velhos amigos" de tanto lerem meus textos. Muito obrigado. Sem vocês eu não teria motivação para dar continuidade a esta luta que é manter semanalmente uma coluna como SANFERRPRESS. Sei que, como autodidata, não tenho a qualificação técnica dos profissionais de Jornalismo, mas tento dar o melhor de mim - e vocês é que julgarão se estou ou não me saindo bem - levando um pouco de cultura e informação aos meus milhares de leitores.
     Quando criei o HTTP://SANFERRPRESS.BLOGSPOT.COM, em outubro pp., não queria que aparecesse o número de acessos, mas como trata-se de uma regra geral, chegou-se ao consenso que esses acessoas seriam publicados mensalmente pelo blog como uma espécie de relatório do mês anterior. Infelizmente, não tive como fugir desta, digamos, "exposição numérica". Mas, por outro lado, gostaria de fugir da "exposição pessoal", já que os comentários postados por vocês, queridos amigos e leitores, estão mais focados na minha pessoa do que nos artigos. Vocês já são tão gentis nos telefonemas, emails e SMS...
     Estamos no auge de uma Semana Santa e precisamos dar atenção aos reias valores de nossa existência, os quais para mim, particularmente, são: AMOR, PAZ, AMIZADE e SOLIDARIEDADE. Sem amor ao próximo não teremos a paz necessária para solidificar uma verdadeira amizade e sermos solidários uns com os outros, respeitando-nos nas nossas diferenças, principalmente aceitando-nos com todos os nossos defeitos e qualidades, erros e acertos. Só assim, partindo deste princípio, construiremos uma sociedade melhor, onde o desamor, intrigas, inveja, a hipocrisia e a calúnia, além da terrível (e temível) maledicência não terão vez.
     Deus proteja a todos nós. Sejamos irmãos e não inimigos, por que um dia, diante d'Êle, ouviremos: "Como você quer ser perdoado, se não foi capaz de perdoar seu igual?"...(?)...
     Feliz Páscoa e Feliz todos os dias, meses e anos do resto de nossas vidas.

                                                                                                                                                                                                                  SANFERR


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quinta-feira, 14 de abril de 2011

EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO



                                 FERNANDO HENRIQUE CARDOSO,
                   Um expert na vida, um sábio (e visionário) na política.


     O título que ilustra o artigo de hoje é de um livro de Marcel Proust do início do século passado, mas, tratando-se do ex-presidente Fernando Henrique, está mais atual do que nunca. Não que ele não tenha dado conta do recado no comando da nação, maior da América Latina, só que temos a nítida impressão de um leve (e saudosista!) sabor de "quero mais", de que oito anos não foram - e nunca serão para nenhum presidente - suficientes para FHC fazer o que gostaria de ter feito. (Ou não). Todos sabem que ele abriu as portas, deu o pontapé inicial num jogo vitorioso, onde a partida continuou sendo apitada logo a seguir por Lula e agora sob o domínio (feminino e feminista) de uma mulher inteligente e perspicáz que está surpreendendo a nação à cada gol marcado na rede da presidência. Poliglote - talvez o único senão no histórico intelectual de Lula - FHC sempre teve uma oratória culta e inteligentemente construída nos moldes do legendário e (quase) inimitável Winston Leonard Spencer-Churchill (1874-1965), o britânico que até hoje é considerado o maior estadista do século XX. (E o nosso Getúlio Vargas?). Mas, tanto FHC como Lula - que conseguiu com seu carisma e "faro" de técnico de futebol nos últimos minutos do segundo tempo (ou turno) eleger a primeira mulher presidente na história do país - continuam vivos na memória (e no coração) de milhões de brasileiros e, sem dúvida alguma, foram chefes-de-Estado que deixaram marcas indeléveis na atual conjuntura política brasileira. (Boas ou ruins, dependendo do ponto de vista político-ideológico de cada um, of course!). Mas deixaram.
     Com relação a Fernando, a  mais memorável delas foi, certamente, o Plano Real criado quando ainda era Ministro da Fazenda do governo Itamar Franco. O mesmo plano que serviu como trampolim, como passaporte diplomático para o seu ingresso no seleto clube dos grandes estadistas, quer queiram ou não seus oposicionistas. A prova é que ficou na história como o primeiro presidente a ser eleito duas vezes (consecutivas) pelo voto direto no Brasil, além de ter colocado o país num patamar de respeitabilidade econômica e social nunca antes imaginado. Hoje, naturalmente (e infelizmente), está afastado dos holofotes do poder, apesar de continuar brilhando nos bastidores como um dos caciques do PSDB, partido que ajudou a fundar em 1988, atuando agora como discreto comentarista e conselheiro nas importantes decisões tomadas pelos tucanos.
     Ao contrário de Lula, que caiu de pára-quedas na política depois de ser líder sindical no ABC paulista e não possuir em seu histórico familiar nomes relevantes, FHC era filho, neto e sobrinho de militares, numa época em que bastava tais "credenciais" para ser alguém de renome, de destaque na vida. Nascido em 18 de junho de 1931, filho do general Leônidas Fernandes Cardoso e d. Nayde, quando garoto adorava brincar de mocinho e bandido nos terrenos baldios de Vila Pompéia, em São Paulo. Um belo dia esta fantasia se tornou realidade quando, aos 10 anos, ele teve de pular no lado do Parque da Água Branca para salvar o irmão caçula, Antonio Geraldo, de 4 anos, que estava se afogando. (Terá sido este um anúncio emblemático, talvez profético, de que ele viria a ser futuramente o "salvador da pátria", já que tirou o país das garras de uma inflação monstruosa e voraz ao criar o Plano Real?). Sua educação - não poderia ser diferente sendo filho de quem era - foi rigorosa e, já aos três anos de idade, era alfabetizado em casa, além de ter também aprendido precocemente o francês com uma professora particular. Esperto, ladino, curioso, acompanhava pelos jornais as notícias provenientes da Segunda Guerra Mundial. Com a mudança da família para a capital na adolescência, Fernando desenvolveu seu lado cultural devorando clássicos mundiais, como, por exemplo, as obras imortais de Emile Zola, o que foi bastante providencial para sua entrada na Faculdade de Filosofia da USP, em 1948, quando conheceu áquela que seria o grande amor de sua vida (e parceira). FHC viu, logo de cara, que d. Ruth era destas mulheres que tem condições intelectuais para levantar um homem, fazer com que ele chegue ao fim-da-vida sendo alguém, um nome, e não apenas mais um homem casado, pai de família, medíocre e insignificante, que poderia ter sido tudo na vida se escolhesse a companhia certa. Casaram-se quatro anos depois e tiveram três filhos: Beatriz, Paulo Henrique e Luciana.
     FHC foi secretário da revista Problemas, do partido comunista, lutando incansávelmente em prol das escolas públicas. E, como todo bom comunista, não poderia deixar de sofrer dissabores - lembrando que dissabor e vergonha são coisas completamente diferentes - em sua vida. Em 1964 teve sua prisão preventiva decretada por "atividades subversivas". (É impressionante como, em todo o mundo, todas as grandes personalidades experimentaram o terrível gosto do cárcere!). O que fazer, então? "Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come"- diz o velho ditado popular. Fernando correu. Para o Chile, onde trabalhou no Instituto Latino-Americano de Planificação Econômica e Social. Em seu exílio, ele também lecionou, em 1967, na França e, já no ano seguinte, devidamente "perdoado" (?) retornou ao Brasil para dar aulas de Ciência Política na USP. Doce ilusão! Seu calvário de peregrino (forçado) internacional ainda não tinha acabado e foi cassado pelo AI-5, tendo, desta vez, de fixar residência nos EUA. Antes deixou sua poderosa marca intelectual - para total humilhação e desagrado de seus desafetos - ao fundar o CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Décadas mais tarde, o economista Paul Singer, amigo pessoal e ex-colega do CEBRAP, comentaria: "Cardoso é uma pessoa generosa, cordata e de extremo bom humor".
     FHC voltou dos EUA mais maduro, óbviamente, física e culturalmente falando, engajando-se em 1973 na anti-candidatura de Ulysses Guimarães à presidência. Em 1982 foi senador na vaga de Franco Montoro, perdeu em 85 a prefeitura de São Paulo para Jãnio Quadros - talvez por ter se declarado, num país católico como o nosso, ateu - mas a vida voltaria a lhe sorrir e deu a volta por cima em 1986 elegendo-se senador constituinte pelo PMDB. Depois, como um "cala a boca", um "chega pra lá" em seus detratores e inimigos, tão obtusos e medíocres como a falta de humanidade deles próprios, chegou - carregado nos braços do povo no andor do reconhecimento e da santa notoriedade - ao altar do poder supremo: a presidência da República. FHC é um lutador, um bravo guerreiro que - depois de muito tempo sofrendo as adversidades da vida - escreveu seu nome, com inteligência, talento e superioridade, com letras de prata no livro de ouro das grandes personalidades brasileiras do século XX. Que bofetada com luva de pelica na face (ou cara mesmo) de tantos cretinos, patéticos e insignificantes que, em algum momento, desejaram (e lutaram para conseguir) seu mal, sua derrocada.
     Ainda é muito cedo para afirmar, mas, particularmente, acredito que, além do seu criador (Lula), a presidente Dilma Rousseff deve estar se espelhando bastante nas boas idéias do governo FHC, já que, sábia e humilde como vem demonstrando ser, ela sabe que uma nação deve ser governada por bons projetos sem procurar sabem quem (ou que partido) os criou. (Se é que me entendem!)...
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

SANFERR, 14.04.2011
                                                                 

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quinta-feira, 7 de abril de 2011

UM HOMEM, UM TALENTO E A INVEJA DOS DEMAIS.

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SAMUEL WAINER,
O CHARME DE UM BOA VIDA, ÁS DO JORNALISMO.






Os desafetos e invejosos - tão medíocres e insignificantes como a sua falta de capacidade para julgar um Homem como ele foi, viam em seu talento uma afronta desonrosa à sua própria falta de valor - espalharam aos quatro ventos que ele era mentiroso, trambiqueiro e manipulador. Mas, para desespero e desagrado deles, o Homem tornou-se (aos poucos, discretamente, de "grão em grão") um nome influente nas mais altas esferas da política, dos meios sociais e culturais brasileiros à custa de sua obstinação pelo sucesso e poder, capaz de "vender a alma ao diabo para conseguir favores" em nome do bom jornalismo. (Se não fosse assim, o Homem não teria a importância que teve - e sempre terá - no meio jornalístico, sendo reconhecido até hoje por seus textos e, mais ainda, os meios nada ortodoxos usados para atingir seus objetivos). Tudo isso é verdade, por mais politicamente (dependendo do ponto de vista) incorreto que possa parecer, tratando-se deste personagem tão controverso. Dando nome aos bois, o Homem foi Samuel Wainer, um judeu alto, elegantérrimo e bon vivant - não foi à toa que se casou com uma das mulheres mais charmosas e inteligentes do país, a colunista Danusa Leão, cunhado de Nara Leão, um dos ícones da MPB) - bom de papo, dono de uma lábia capaz de induzir qualquer um a fazer o que ele queria, desde o mais simplório político interiorano (se fosse o caso) até os nomes mais poderosos do governo federal. Assim, de gabinete em gabinete, de favores em favores, juntou (sem que ninguém desconfiasse à princípio) fortuna, amigos e inimigos, os quais odiavam ter de abrir o jornal e ler os excelentes artigos escritos por ele, um verdadeiro atentado intelectual a falta de talento dos seus muitos detratores despeitados. Samuel era, naqueles idos, o que hoje costumamos chamar O CARA, mesmo que "de pau", mas era o "tal cara". (Ele deveria servir como exemplo para alguns novos rostos e nomes que estão surgindo no jornalismo escrito e falado, os quais dão a impressão, pelo que escrevem ou falam, que conseguiram o diploma à peso de ouro no mercado livre).
Nascido em Bessarábia, hoje República da Moldávia, em 19 de dezembro de 1910, Wainer jurava ser brasileiro da rua da Graça, no bairro do Bom Retiro em São Paulo. Isto porque, se sua verdadeira origem fosse descoberta, ele não teria o direito de fundar, em 1951, o jornal Última Hora. Foi ali naquele bairro que Samuel passou a infância pobre, quando, para estudar e (sem saber) preparar-se para o futuro de homem das letras, roubava livros, iniciando também precocemente sua carreira como mentiroso contumaz. Mas não um mentiroso qualquer, de porta de boteco "pé sujo" de nonagésima categoria ou tabuleiro de dominó, desses que contam "lorotas à preço de banana"; e sim um astuto (e audacioso1) transformador da verdade feia e cruel numa mentirinha doce, bonita e fantásticamente sedutora, capaz de encantar o mais incrédulo dos homens. Perspicáz, destemido, um espertalhão intelectualizado, elitizado, que sabia como ninguém entrar e sair com desenvoltura dos lugares certos, na hora certa, angariando simpatias e antipatias gratuitas, como a de Carlos Lacerda, seu arquiinimigo. A inveja de Lacerda o fez denunciar, anos depois, as falcatruas de Samuel no comando do Última Hora, assim como favorecimentos, flertes com o poder, empréstimos, dívidas não pagas (daí a sua fama de caloteiro), o que levou, em 1953, o Congresso Nacional instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Na década de 70, Samuel Wainer foi obrigado a aceitar o "humilhante" (?) emprego de funcionário do seu próprio jornal, naquela altura sob a administração do grupo Folha. Ironia do destino para quem se considerava - e realmente era - o mestre da difícil arte de transformar os fatos em notícia.
Samuel Wainer, "ame-o ou deixe-o", deve ter sido o seu lema de vida. O inimitável (e perseguido) poeta inglês Oscar Wilde (1854 -1900) já dizia, sábiamente, que "toda poesia sincera é ruim". Eu, na minha santa ignorância e vã filosofia, digo que toda "pessoa excessivamente sincera e boa, é ruim, falsa, esconde (quase) sempre um desvio de conduta inconfessável"...(?),,, A hipocrisia e a célebre premonição bíblica "infeliz do homem que confia no próprio homem" são irmãs gêmeas, personagens principais numa sociedade podre onde ninguém fica em cima do muro e todos os telhados são de vidro. (Portanto, amigo, cuidado ao apontar o dedo para àquele que você não poderia jamais ser comparado, chegar aos pés). A vida, apesar dos momentos difíceis e constrangedores que teve de enfrentar antes de se tornar o todo-poderoso da comunicação, foi generosa com Samuel passando de repente, como num passe de mágica, de madrasta à mãe carinhosa. Com o poder da comunicação demonstrado ao longo dos anos através de seus artigos, Wainer frequentou a melhor sociedade da época, bajulado, o círculo político e estava presente em todos os momentos importantes da recente história do Brasil, tanto que, no fim da vida, costumava dizer bonachão: "Eu estava lá".
Orgulhoso de sua competência - pediu à Deus para ter o dom da escrita e passou na fila mil vezes - megalomaníaco, obcecado pelo trabalho a ponto de até na morte da mãe ter ido à redação, Samuel Wainer passava a falsa imagem de mau-caráter e oportunista para quem não o conhecia intimamente, mas na verdade era um ser-humano maravilhoso, gentil, generoso e caridoso. Certa vez, em Paris, uma de suas inúmeras paixões (e não foram poucas!) pediu-lhe roupas para o irmão e ele prontamen esvaziou a mala. Dias depois, encontrou a pusilânime com outro namorado usando suas roupas elegantes. Reza a lenda que, como um lorde, um gentlemann, do alto de toda sua pose, Samuel disse ao rival: "Aproveite bem o que já foi mais do que usado por mim, ou seja, minhas sobras". (Duplo sentido!). Depois de tanta humilhação, sentindo-se como o viralata que rói o osso por último, certamente o francês deve ter se jogado no rio Sena... Foi com essa ironia refinada, esse cinismo dilacerante e inteligentemente ultrajante para uma parte da sociedade - o proletariado - que se acha no direito (e dever) de julgar àqueles cujo comportamento está acima de sua compreensão e realidade, que Samuel chegou ao ápice sendo reverenciado por políticos, empresários, socialites e intelectuais, de direita e esquerda. Adhemar de Barros pagou caro para ser entrevistado por ele e Walter Moreira Salles, em 1952 um conhecido banqueiro e diplomata, pediu-lhe para conseguir o cargo de embaixador do Brasil nos EUA em troca de uma nova rotativa para o jornal Última Hora. Sem falar em Getúlio Vargas que, depois de um estratagema usado por Wainer para pousar o avião na fazenda do ex-presidente em São Borja (RS), conseguiu uma entrevista histórica, a qual foi publicada pelo Diário da Noite em 03 de março de 1949, com as palavras proféticas do estadista: "Eu voltarei como líder das massas". Então? Resta alguma dúvida que o "mentiroso, trambiqueiro e manipulador", segundo seus incapazes inimigos, tornou-se um dos homens mais importantes do país naquela época? Para quem apareceu do nada, veio de baixo...
Para coroar seus "feitos", Wainer foi o único repórter latino-americano - quando era correspondente internacional na Europa - a cobrir o Tribunal de Nuremberg, o mesmo que condenou os nazistas no final da Segunda Guerra. Como se não bastasse "estar lá", Samuel também foi o único do mundo que conseguiu entrevistar Karl Doenitz, braço direito de Hitler, o qual estava proibido de dar declarações a imprensa. Em setembro de 1980, depois de muitos amores, traições e decepções, várias vezes apunhalado pelas costas por falsas amizades interesseiras, três casamentos e dois filhos, vitimado por uma insuficiência pulmonar, o Mestre deixou a cena da vida. Mas não a cena da História brasileira.
Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

SANFERR, 07.04.2011

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