quinta-feira, 28 de julho de 2011

A PERFECTIONIST THE TALK OF THE TOWN

  

                                                     COLIN FIRTH, 
                 CONDECORADO PELA RAINHA, APLAUDIDO PELO POVO,
                         UM ATOR DIGNO DO BANQUETE DO OSCAR 2011.

     Às vezes o cinema hollywoodiano nos surpreende e proporciona raríssimos (e preciosos) momentos de intelectualidade, cultura - fora do terrível (e, infelizmente, com bilheteria garantida) padrão violento e sanguinário - quando os roteiristas colocam os neurônios para funcionar (e trabalhar à favor do bom gosto) transformando verdadeiras obras-primas da literatura mundial, em filmes dignos, senão do Oscar, mas, no mínimo, de outras importantes premiações da sétima arte. Eu estava esperando acabar de ler "O Discurso do Rei" - com o sugestivo sub-título "Como um Homem Salvou a Monarquia Britânica", de Mark Logue e Peter Conradi, publicado aqui no Brasil com o respeitado selo da José Olympio Editora - para comparar o livro com o filme e escrever esse artigo (antes que as "bocas malditas" digam que o Oscar aconteceu bem lá atrás e somente agora estou falando no assunto). O livro é excelente e o filme fáz jus a história, literalmente falando. A narrativa literária é recheada de dados históricos, a qual serviu de base para um dos melhores roteiros já escritos, tanto que (também) foi premiado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, além de outras estatuetas (importantíssimas) para Melhor Direção e Melhor Ator para o britânico Colin Firth.
     O título acima - Um Perfeccionista na Boca do Povo - traduz todo o trabalho (britânicamente preciso na concepção de um bom ator) e o resultado alcançado por esse intérprete de primeiríssima grandeza ao ponto de ser recentemente homenageado pela rainha Elisabeth II com o título de comandante da Ordem do Império Britânico. Uma justa homenagem, já que Colin se superou dando vida a um dos personagens mais emblemáticos da recente história da realeza inglesa: o rei George VI, pai da atual rainha. A estória relatada no livro com detalhes assombrosos (e até, de certa forma, picantes), interpretada na telona por grandes nomes do teatro é simplesmente emocionante: na década de 30 - por causa do escândalo que envolveu seu irmão mais velho, Edward VIII, o qual havia abdicado do trono para se casar com uma plebéia, a socialite americana (tão feiosa como elegante, culta) Wallis Simpson - o princípe Albert (depois George VI) foi coroado como rei da Inglaterra apesar de gago, introvertido e sem o menor carisma. Mas, ajudado por sua mulher, a rainha Elisabeth (mãe da atual, já falecida) e pelo fonoaudiólogo Lionel Longue, ele transformou-se no rei que levou a Inglaterra à modernidade, sendo aplaudido e respeitado por seus súditos. No filme, Colin Firth fáz o papel do monarca britânico, Geofrey Rush (Lionel) e Helena Bonham Carter (a Rainha Mãe).
     Sempre gostei de frequentar o escurinho do cinema (no bom sentido, Rita Lee, chupando - ops! - drops de anis e tudo!) e últimamente, por conta desta coluna, tenho ido com mais frequência, principalmente nas pré-estréias e avant-premiéres. Sinto que - apesar do que dizem as tais "bocas malditas" (olhe elas aí de novo, meu povo!) - tanto o cinema nacional (temos bons exemplos recentes com Cilada.com e O Assalto ao Banco Central, ambos em exibição, sendo que o último é um excelente trabalho de estréia como cineasta do diretor de TV Marcos Paulo) como também o internacional, estão vivendo dias de glória. Bons filmes foram apresentados ao público nos últimos meses como "Bravura IndÔmita" (True Grit, Eua, de Ethan e Joel Coen) com Jeff Bridges, Matt Damon e Josh Bolin, "Abutres" (Carancho, uma co-produção da Argentina, Chile, França e Coréia do Sul, de Pablo Trapero) com Ricardo Tarin, "Comer, Rezar, Amar" (Eat Pray Love, de Ryan Murrphy) com Julia Roberts, Richard Jenkins e Javier Bardem, baseado - também li o livro - no romance de Elisabeth Gilbert, além de "Lixo Extraordinário" (documentário de João Jardim, vencedor dos prêmios Sundance e Berlim). Sem falar na imperdível comédia romântica "Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos" (You Will a Talk Dark Strenger) de Woody Allen, com Antonio Banderas e Anthony Hopkins. Desde - nossa, quanto tempo! - "Bar Esperança, o Último que Fecha" (1983) e "Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia" (não me recordo o ano), o primeiro de Hugo Carvana, com ele próprio, Marília Pêra e Silvia Bandeira no elenco, pouquissimos roteiros (adaptados ou originais) mereceram o aplauso - de pé! - dos cinéfilos. A maioria dos cineastas - talentos ou não, querendo imitar, mas sem conseguir, a genialidade do baiano Glauber Rocha - "pecam" pelo excesso de panorâmicas em locações fantásticas, belíssimas, esquecendo-se do essencial: a estória, os diálogos. (Se bem que, no caso da telona, a imagem conta bastante; mas nunca ter a pretensão de colocá-la acima das palavras, senão o filme torna-se seco, vazio, dando-nos a impressão que voltamos a pré-história cinematográfica).
     "The King's Speech" ou, traduzindo, "O Discurso do Rei", magistralmente dirigido por Tom Hooper (um diretor de extremo bom gosto e perfeição artística, técnica) é um desses filmes que ficarão guardados na (boa) memória de quem sabe o que é cinema por séculos, milênios, justamentes por que o ator e o personagem principal completam-se, confundem-se, como se um não existisse sem o outro. Como se isto fosse possível numa estória não ficcional. (Se é que me entendem!). Outros exemplos - de atuações únicas, inigualáveis - o cinema já nos deu com Humprey Bogart (Casablanca), Vivien Leigh (...E o Vento Levou), Roger Moore (OO7), Anthony Hopkins (Canibal), Johnny Weissmuller (Tarzan), Elisabeth Taylor (Quem Tem Medo de Virginia Woolf?), Richard Harris (Abraão), Colin Feore (o excelente Julius Caesar de Império), Charlton Heston e Yul Brynner (Os Dez Mandamentos), Laura Soltis (Amizade Criminosa), Fernanda Montenegro (Central do Brasil), Marilia Pêra (Pixote), Sônia Braga (Gabriela e A Dama do Lotação) e Leonardo Villar (O Pagador de Promessas), além de outros.
     Colin Andrew Firth, casado com Livia Giugglioli, não é apenas mais um ator britânico com formação clássica em dramas e comédias que ganhou notoriedade por causa do Oscar. Ele tem história, anos e anos de batalha, obstinação, "correndo atrás" de quem lhe desse uma oportunidade desde que iniciou em 1984. Uma carreira que inclui sucessos como Bridget Jone's Diary (O Diário de Bridget Jones), Bridget Jones: The Edge of Reason (Bridget Jones no Limite da Razão), The Importande of Being Ernest (A Importância de ser Ernesto), Nanny Mcphee (A Babá Encantada), dentre outros. É óbvio que a premiação com a estatueta mais poderosa da sétima arte lhe trouxe o tão merecido (e suado) reconhecimento e glória, mesmo ele já tendo sido indicado em 2010 pelo filme A Single Man com Julianne Moore. O súdito de Sua Majestade, a rainha Elisabeth II, certamente ainda dará mais orgulho aos ingleses, já que àquele país sabe dar valor, homenagear e endeusar quem ultrapassa suas fronteiras mostrando talento. O tempo - e os filmes que virão - mostrará que "sir" Laurence Olivier, com toda sua genialidade e técnica teatral, não foi o único a seduzir as câmeras.
     Au-revoir para todos que me criticam e aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                    SANFERR, 28.07.2011

a ESFINGE:
     "Todos os dias são do caçador. Só o último dia do caçador é o da caça".

                                                       STANISLAW PONTE PRETA (1923-1968) escritor e dramaturgo carioca.


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quinta-feira, 21 de julho de 2011

A VOZ DO ( BOM E VERDADEIRO ) SAMBA


                                                         ALCIONE,
              UM ENCANTO DE PESSOA, A ESTRELA MAIOR DO SAMBA..


     Que o nordeste foi - e sempre continuará sendo, graças à Deus - uma terra abençoada, cultural e artísticamente falando, um celeiro de grandes astros e estrelas, especialmente com relação a nomes de peso da MPB, todos nós sabemos. Ainda mais quando lembramos que São Luís do Maranhão é o berço de uma das maiores sambistas que o Brasil nos deu nos últimos tempos, a qual tem levado esse ritmo tipicamente nacional para além de nossas fronteiras cantando em palcos consagrados dos EUA, Europa, África, Oriente Médio e Japão desde que foi descoberta (e lançada para os holofotes da fama) no programa "A Grande Chance" do (já falecido) apresentador Flávio Cavalcanti. Melhor início Alcione, a nossa Marrom, não poderia ter tido, pois, para passar com reconhecimento, glória e circunstância pelo crivo do competente júri daquele programa, só mesmo quem tinha talento - e talento abundante, não bundante - e, no caso de Alcione, ritmo nos pés e samba na alma, na voz. (A dela, de ouro e não de latão, "gralha", como muitos por aí). Se Flávio fosse vivo hoje em dia muitas porcarias que tocam por aí nas rádios, shows vizinhanças não teriam se criado para denegrir, desmoralizar o bom nome da MPB. Certamente muitos caminhões-lixeiras já teriam tomado o caminho certo abarrotados de CDs quebrados pelas mãos rigorosas do famoso mestre, o qual não veria neles valor artístico algum, a não ser um atentado a arte milenar chamada música. É comum quando vai-se estrear uma peça os atores dizerem uns aos outros: "muitas m... para você". Frase que - e muitos irão concordar comigo - deveria ser dita ao público quando certos cantores (?), bandas e afins fossem subir ao palco ou se apresentarem em programas de televisão. (Aliás, o que leva os produtores a mostrarem esses talentos (?) que não acrescentam nada a cultura? Se eles soubessem que muitos controles remotos são usados nesta hora "histórica" da música para trocar de canal!...) Se bem que, a depender da capacidade intelecto-cultural de certas pessoas, muitos se sentiriam em casa e sentariam-se confortávelmente no trono da mediocridade e ignorância artística para "aplaudir" com entusiasmo  - e conhecimento de causa - o show (?) no camarote da falta de bom gosto.


     Alcione Dias Nazareth, nascida em 21.11l.1947, com os (bons) ensinamentos musicais aprendidos com o pai, o militar e professor de música João Carlos Dias Nazareth, mostrou desde cedo que a moreninha brejeira e faceira da terra de São José do Ribamar não veio ao mundo à passeio. Tinha o samba não somente nos pés (e no coração) mas, principalmente, no gogó; aliás, um gogó de ouro, prata e bronze que atinge com extrema facilidade todas as notas musicais fazendo-se ouvir com uma nitidez impressionante, mesmo sem a ajuda do microfone (se fosse o caso), na última fileira do teatro. Quando ela descobriu esse dom e que dele faria a sua vida, seu "ganha pão", que escreveria sua história como uma das maiores intérpretes da MPB, outras já tinham trilhado o mesmo caminho e faziam sucesso nas rádios e long-plays (lps) da vida, a exemplo de Elza Soares, outra morena que, com talento e balacubaco (nossa! que expressão mais antiquada!), já encantava platéias e seduzia Mané Garrincha, as pernas mais poderosas do futebol brasileiro de todos os tempos. Ao longo de sua discretíssima vida afetiva - talvez decepcionada com a falta de lealdade, a traição que corre nas veias de todos os homens - a Marrom mais branca que já vi em toda minha vida não se preocupou em cantar (e encantar) um único fã, mas milhões de admiradores que desejavam - e ainda desejam, of course! -  serem embalados por sua voz singular, inimitável. Alcione é uma deusa, um mito, uma verdadeira lenda viva da MPB e, mesmo antes de subir ao palco e soltar a voz, percebe-se nos bastidores todo seu carisma, a luz que emana do seu ser elegante e perfumado. Ela brilha como pessoa e esse brilho transforma-se numa luz intensa, forte, que ofusca qualquer um que se apresente com ela. Alcione não rouba a cena. Ela é a cena. Antes, durante e, principalmente, na apoteose do espetáculo quando todos se levantam para aplaudí-la, praticamente ignorando os outros artistas que se apresentaram ao seu lado. Mesmo sendo outra mulata de talento reconhecido nacional e internacionalmente como Margarete Menezes. Esta, "com muita honra" dividiu o palco com a maranhense no show "Canto pela Paz" no último domingo (dia 17) aqui no - para mim - Teatro (Municipal, deveria ser pela grandiosidade e importância, só falta as frisas e camarotes) Castro Alves. Apesar de algumas imperfeições técnicas (disfarçadas aos olhos dos leigos, desatentos) e deslizes na atuação de um ou outro que dividiu o palco com elas, Alcione "deu" com (muita) generosidade artística e grandeza de alma um pouco de sua luz para a "maga" baiana. Esta, por sua vez, não decepcionou e, como sempre, deu um "banho" de (boa) musicalidade baiana.


     Com uma personalidade forte e determinada a se fazer respeitar por seus próprios méritos, sem desejar espelhar-se (ou imitar) quem quer que fosse, Alcione mostrou para a platéia de Flávio Cavalcanti e para todo o Brasil um jeito novo de cantar o samba  com uma postura impecável de "prima donna" (?) do ritmo, a qual também sabia - como o sabe muito bem até hoje - tocar um dos instrumentos mais complexos que existe: o trompete. Para desagrado de dona Felipa, sua mãe, a qual desejava que a filha se tornasse uma exímia pianista. Quis o destino, sábio como sempre, que Alcione mostrasse à mãe que estava certa em sua escolha musical e lhe desse muito orgulho tornando-se - além de cantora - uma das maiores compositoras e instrumentistas que São Luís exportou do Maranhão para o Brasil e, consequentemente, o mundo. Tanto que recebeu ao longo da carreira - depois de anos batalhando por "um lugar ao sol" - títulos e honrarias como a Ordem do Rio Branco, a mais alta comenda do país, e a Medalha Pedro Ernesto da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Quem disser que não gosta de samba e pagode - o bom e verdadeiro - nunca assistiu um show de Alcione, ouviu um de seus discos ou presenciou teatros e casas de espetáculo, daqui e de fora, levantar em peso para requebrar os quadris ao som de suas músicas. Canções - verdadeiras obras-primas do samba - que fazem parte da sua discografia, desde A Voz do Samba (1975) até Acesa (2009), passando por preciosidades como Morte de um Poeta, Pra que Chorar, Alerta Geral, Gostoso Veneno, E Vamos à Luta, Dez Anos Depois, Fogo da Vida, Da Cor do Brasil, Emoções Reais, Promessa, Profissão: Cantora, Valeu - Uma Homenagem a Nova Geração do Samba ( que lhe rendeu o disco de ouro em 1997), Nos Bares da Vida (ao vivo) e Raridades, dentre outros. Uma larga experiência, depois de anos de obstinação e trabalho, que lhe deu o direito de interpretar (em 2007) o papel da cantora americana Lady Brown na minissérie global "Amazônia, de Galvez a Chico Mendes".


     O Brasil tem muitos que (dizem) fazem samba. Mas (qause) nenhum deles, ou delas, são verdadeiramente sambistas como a Marrom. Ao vivo ou não, se fazendo presente ou, simplesmente, sendo homenageada em qualquer evento, Alcione é um dos poucos nomes da MPB que consegue lotar os espaços dedicados à boa música em qualquer dia da semana. Não foi à toa que na década de 70, ao lado de Paulo Moura, inaugurou o legendário Teatro João Caetano, no Rio (um espetáculo de casa) com o excelente projeto "Seis e Meia".


     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!



                                                                                                                                                                          SANFERR, 21.07.2011

a ESFINGE:
     "As garotas são românticas quando novas e se tornam realistas quando tem filhos. Os homens, ao contrário, ficam mais românticas e sentimentais quando envelhecem".

                                       GRACE KELLY (1929-1982) atriz e princesa de Mônaco.


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quinta-feira, 14 de julho de 2011

O ASTRO OU O SEMI DEUS DA TELEVISÃO?


                                                   DANIEL FILHO,
                       AMADO POR UNS, ODIADO POR OUTROS, INVEJADO,
                                   EIS UM TALENTO INCONTESTÁVEL!


     O Brasil parou em 1977. Não por causa de um (futuro) presidente, Tancredo Neves, que haveria de morrer misteriosamente antes de tomar posse (e o povo pranteava mais ainda do que a perda física, a esperança de ver o sonho de liberdade e democracia plena, irrestrita, adiado mais uma vez) ou muito menos por um retirante nordestino (Lula) e uma mulher que foi presa, sofreu no cárcere durante quase quatro anos as atrocidades da ditadura militar (Dilma) que assumiriam o comando da nação anos depois. Mas, por conta de uma outra mulher e outro homem, os quais - mesmo numa área tão diferente da politicagem que se fazia (e será que ainda não se fáz) naqueles idos atormentados pela referida ditadura - uniram seus talentos para virar o país de "cabeça pra baixo", causar um rebuliço geral em todos os setores da sociedade, em todas as famílias, de norte a sul, do Oiapoque ao Chuí, com uma estória envolvente, apaixonante, de amor e ódio, ciúme e traição. Seus nomes? Janete Clair e Daniel Filho, a "usineira de sonhos" como foi batizada pelo mestre Carlos Drummond de Andrade e o "mago das oito", responsáveis como criadora e diretor de "O Astro", a telenovela que mexeu com os hábitos noturnos dos brasileiros, alcançou altos índices de audiência no Ibope e foi um estrondoso sucesso (até) de crítica, sempre tão reticente e preconceituosa com esse tipo de cultura popular do nosso país. De socialites ao povão, dos empresários aos trabalhadores e (novamente até) os intelectuais, ricos e pobres, famosos ou anônimos, sem distinção de classes, credos e (pasmem!) religião, todo o Brasil aguardava com ansiedade Cid Moreira e Sérgio Chapellin darem o "boa noite" (depois de apresentarem, com toda elegância e fleuma britânica, as trágicas notícias do dia no Brasil e no mundo) para assistir e emocionar-se com o romance do mago trambiqueiro Herculano Quintanilha (Francisco Cuoco) e a romântica Amanda Assunção (a saudosa Dina Sfat). Até a cantora Maria Betânia exigia em seus shows uma televisão no camarim para não perder o capítulo da novela, pois, além dela, outras pérolas, diamantes e esmeraldas da MPB (bons tempos àqueles que nossos ouvidos não eram prostituídos por músicas decadentes) como Bete Carvalho, Vanusa, Clara Nunes, Emílio Santiago, Rita Lee, Djavan, Francis Hime, Elza Soares e outros, faziam parte da trilha sonora. Cuoco e Dina Sfat lideravam um elenco estelar formado por nomes de peso da teledramaturgia como Toni Ramos, Elisabete Savalla, Eloísa Mafalda, Heloísa Helena, Hélio Ary, Flávio Migliaccio, Ida Gomes, Isaac Bardavid, Cleyde Blota, Telma Elita, Sílvia Salgado (estreando) e tantos outros, os quais, em grandes ou pequenos (?) papéis transformaram o texto de Janete num sucesso retumbante, inesquecível. Um elenco que deveria servir hoje em dia como exemplo e escola para muitos rostos e corpinhos bonitos, verdadeiros talentos "bundantes" e de uma nota (ops!), quer dizer, um papel só. (Se é que me entendem!)...
     Com essa nova versão que estreou anteontem (terça, dia 12) comparações surgirão - e talvez, mesmo inconscientemente, eu esteja fazendo algumas - mas serão inevitáveis. Por exemplo: gosto e admiro o trabalho de Thiago Fragoso, mas, infelizmente, nestes dois capítulos iniciais, nas cenas que ele deveria ter explodido em interpretação com a emoção do personagem Márcio Hayalla, ficou à desejar. O fato é que perguntas se fazem necessárias depois de 34 anos da exibição da novela original. (A nova geração, óbviamente, não saberá o que foi, o que significou O Astro da década de 70).  Será que a estória não sofrerá cortes abruptos, já que a novela foi compactada de 185 para 60 capítulos? Mauro Mendonça Filho, à frente da direção geral e diante do próprio Daniel Filho não sucumbirá a tentação de pedir orientação, conselhos ao mestre? (O que seria até normal - e prudente - diga-se de passagem!). E, finalmente, o elenco atual - não menos talentoso, competente - fará jus a responsabilidade de "ressuscitar" personagens como Herculano, Amanda, Márcio, Salomão, Clô, Samir e Youssef Hayalla, tia Magda, Felipe, Neco, Beatriz, Mello Assunção, Joze, etc. e tal? Não duvidando, naturalmente, da capacidade de fenômenos da interpretação como o próprio Daniel Filho, Regina Duarte, Rosamaria Murtinho e todos os demais. Só que, por exemplo - mesmo sendo a rainha das atrizes de televisão brasileiras - Regina Duarte não fará uma Clô Hayalla como Teresa Rachel. Da mesma forma que nenhuma outra atriz faria a rainha Valentine (da novela Que Rei Sou Eu?) como (também) Teresa o fez na trama assinada na década de 80 por Cassiano Gabus Mendes. Cada ator tem seu estilo próprio (e imprime isso ao personagem), seu tempo de interpretação e, quando o personagem já foi apresentado ao público, fica (quase) impossível separar o primeiro do segundo. Como, por outro lado, a viúva Porcina e Sinhôzinho Malta (Regina Duarte/Lima Duarte, em Roque Santeiro), Odete Roitmann e Maria de Fátima (Beatriz Segall/Glória Pires, em Vale Tudo) são atuações únicas, inigualáveis. Daqui há alguns anos, se fizerem o remake de Insensato Coração, ninguém chegará aos pés do nível de interpretação de Gabriel Braga Nunes como Leonardo. O olhar, os gestos, a entonação... Um grande ator! Com relação a O Astro, o telespectador (inteligente, observador) vai notar as diferenças e, mesmo sendo uma recriação dos excelentes roteiristas Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, vai ficar sempre um gostinho de "será que?..." Não tem como não ser assim. Esse é o "pecado capital" (sem trocadilhos) dos remakes. (Não seria mais prático - financeira e artísticamente falando - reapresentar as versões originais das novelas?)...
     "Toma que o filho é teu, Daniel" ou, melhor dizendo, o Cecil B. de Mille tupiniquim, nascido em 30.09.1937 no Rio de Janeiro como João Carlos Daniel, filho do ator catalão Joan Daniel Ferrer e da atriz argentina Maria Irma Lopez (Mary Daniel). Por ser uma família circense, Daniel Filho não teve uma vida comum, fácil e, desde cedo, mostrou ser diferente, ter um talento, digamos, ousado (e abusado!) em comparação aos garotos de sua idade. Aos 12 anos (pasmem!) teve um filho com a empregada da casa de seus pais, o qual recebeu o nome de João Carlos Macedo e foi criado longe dele. Somente cinquenta e seis anos depois foi reconhecido por Daniel num exame de DNA, quando os dois ficaram frente à frente e pouco (ou nada) tinham a dizer um ao outro. Não devemos julgar jamais os atos - e mistérios - insondáveis da vida de quem quer que seja, pois na maioria das vezes tiramos conclusões precipitadas pelas aparências, o diz que diz popular e não somos justos. Daniel Filho, segundo quem o conhece na intimidades - como as ex-mulheres Dorinha Duval, Bete Faria e Márcia Couto - além de Olivia Byington, com quem se casou em 2008 e os filhos Carla Daniel (atriz) e João, é um homem de conduta irreprovável, amante à moda antiga (de mandar flores, bombons, abrir a porta do carro), pai e avô carinhoso, "coruja". Ator, diretor, produtor de cinema e televisão, Daniel vai deixar seu legado como cidadão e sua herança de talento artístico para os netos Lys, Antonio, Valentina e João Paulo. Homem de personalidade forte, diz o que pensa sem a preocupação (ou intenção) de parecer agradável, simpático e, sendo assim, tornou-se admirado como pessoa, respeitado como profissional e, principalmente, bajulado por ser um dos executivos mais poderosos da Rede Globo, ocupando atualmente o previlegiado cargo de diretor-artístico da Globo Filmes. Para Daniel - segundo os próprios artistas, técnicos e funcionários da TV Globo, dos porteiros ao pessoal dos escritórios, tanto na sede da emissora na rua Lopes Quintas (Jardim Botânico, zona sul) como na Central Globo de Produção (Projac) - não existe (profissionalmente falando) ex-mulheres, filhos e muito menos "apadrinhados", se os mesmo não preencherem o principal requisito exigido por ele: talento.
     O extenso currículo do "mago das oito" é invejável e começa na década de 60 quando, ao lado de Jece Valadão, estourou as bilheterias dos cinemas com Os Cafagestes (1962) e Boca de Ouro (1963). Seus trabalhos mais recentes na telona foram A Partilha e Se Eu Fosse Você 1 e 2, sem falar no trabalho como ator em "Querido Estranho", de Ricardo Silva e Pinto. A televisão, por sua vez, hoje não teria o status de ser uma das melhores do mundo se não fosse a preciosa assinatura dele na direção de sucessos como A Rainha Louca, Sangue e Areia, Rosa Rebelde, A Cabana do Pai Tomás, Véu de Noiva, Irmãos Coragem, O Homem que Deve Morrer, Selva de Pedra, Pecado Capital, O Casarão, Duas Vidas, Espelho Mágico, Dancing Days, Brilhante e Suave Veneno, sem contar os seriados, minisséries e Casos Especiais.
     Desde anteontem ao ligar a tv às 23 hs. e ouvir, de terça a sexta, a música "Bijuterias" (João Bosco), sinta-se na obrigação de reverenciar um dos maiores diretores e atores do país. Ontem, hoje e sempre.
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                                                                                                                                                                     SANFERR, 14.07.2011

a ESFINGE:
     "Todo mundo perdoa tudo, menos o talento".

                                                    Oscar Wilde (1856-1900) escritor, poeta e dramaturgo irlandês.

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

AVE-CESAR!?



    ACESSOS
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  (MÊS 09 - PERÍODO)
     01.06.2011 a 01.07.2011
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                                                      HUGO CHÁVEZ,
                    UM DEUS (?) FRÁGIL E HUMANO. ATÉ OS FORTES SUCUBEM.


     Todos sabem - principalmente por conta de suas atitudes nada populares e cruelmente anti-democráticas - que o temido e respeitado (nem que saiba por medo de represálias, por uma obediência imposta à milhares de seus "súditos") presidente da Venezuela Hugo Chávez é um político - se é que ele dá o direito de fazer-se (boa) politica em seu país - polêmico, truculento (física e verbalmente falando), além de presunçoso, causando reações adversas, desde a mais simples antipatia e simpatia - vai-se entender o que se passa na cabeça de certas pessoas - escárnio ou, o que é quase unanimidade, até mesmo o ódio "hitleriano" (inconcebível imaginar-se alguém igualmente desumano, oportunista, perigoso e desprezível quanto o alemão) em todas as esferas da sociedade civil e militar (por "debaixo dos panos", of course!) venezuelna, sociais e econômicas do mundo inteiro. Arrogante, destemido (como todos aqueles que se acham), Chávez não tem "papas na língua" e, muitas vezes, "mete os pés pelas mãos" nos seus comentários e pronunciamentos, exibindo-se e achando-se como um verdadeiro deus - ou não seria o anti-profeta? - idolatrado por alguns e execrado, menosprezado por tantos outros que o chamam de megalomaníaco, insano e, consequentemente, imprudente em suas decisões governamentais as quais levam o país a inúmeras e constrangedoras "saias justas", isolando-o (e também a nação) do resto do mundo.
     Na recente história da humanidade, líderes (?) se tornaram - e muitos ainda o são, infelizmente - ditadores, usando e abusando da repressão, cleptocracia e poder militar, levando-os ao final de sua triste trajetória como chefes de um povo que não gostaria de ser comandado por eles, posteriormente a rejeição (e a reação) das massas ensandecidas que promovem atos revoltosos em forma de greves, passeatas, protestos, ou, o que é pior, guerras civis incontroláveis e duradouras, além do repúdio de outras nações (e povos) que anseiam pelo pleno exercício da democracia. Nomes famosos nesta lista negra não faltam, como, por exemplo, dentre vários outros, Muammar Gaddafi (que ainda resiste como pode, e quer, na Líbia) e Hosni Mubarack, o qual, mesmo não tendo sido um ditador com histórico próprio - já que foi sucessor de Gamal Abdel Nasser (1918-1970) - foi deposto no início deste ano depois de ter iniciado sua carreira na Aeronáutica e se manter por 30 (terríveis!) anos no poder graças ao militarismo que ele mesmo montou no Egito. Outro que vem perpetuando-se no governo - nem que saiba agindo nos bastidores, já que delegou ao irmão suas funções "oficiais" ´é Fidel Castro, de Cuba, a ilha onde Hugo Chávez buscou refúgio no último mês para tratar um tumor maligno. Aliás, a amizade entre os dois governantes, de Cuba e da Venezuela, vem de longas datas. Em 2009, Fidel Castro e Chávez assinaram um acordo - para a entrada de Cuba no bloco da ALBA (Alternativa Bolivariana para as Américas) - sem saber que o texto final havia sido redigido por Washington, agenciado pelo então (na época) presidente de Honduras, Manoel Zelaya. Este, mesmo pertencendo ao grupo dos presidentes Daniel Ortega (Nicarágua), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) continuava sendo um fiel aliado dos EUA. Mas, o acordo exigia uma condição para a entrada de Cuba no bloco: Fidel deveria aderir aos princípios da OEA (Organização dos Estados Americanos) para ser aceito pela ALBA. O desfecho dessa "historieta" - mistura de história política com (quase) mutreta - todos conhecem. (Coisas da politica e politicagem!)...
     Dono de terras, fábricas e supermercados, o ambicioso governo Chávez quer cada vez mais o controle total. De tudo e de todos, se possível, como aconteceu em maio de 2010 com a nova lei de terras, a qual proíbe os arrendamentos. Trocando em miúdos, o plano de desenvolvimento socialista (2007-2013) prevê que a Venezuela terá controle absoluto das atividades produtivas estratégicas, mesmo com o governo já controlando 75% da produção de café, 42% da farinha de milho e 47,5% da produção de leite.
     Ditadores são ditadores em qualquer época e lugar, desde o tempo dos césares e faraós; jamais serão bem aceitos, respeitados - a não ser pela hipocrisia de subalternos que carregam na alma (e no corpo) marcas indeléveis do medo, da crueldade imposta por eles - e a única coisa que sabem fazer é deixar seu povo à deriva (no mar do caos, da miséria) sem saber como agir, para onde ir e muito menos o que pensar, tornando-se alienados, culturalmente falando - totalmente dependentes de seus atos irresponsáveis. Por tal razão, em muitos países acontece cada vez com mais frequência os famosos "golpes de Estado". Geralmente sem sucesso, como aconteceu recentemente com o próprio Chávez. Em 2002 ele foi deposto e 48 horas depois conseguiu retornar ao poder, tornando-se ainda mais poderoso, quando todos pensavam (errôneamente) que ele estava por baixo, destruído. Dentro e fora do país (acreditem se quizer). O jornalista norte-americano Brian Nelson escreveu no livro "O Silêncio e o Escorpião" (uma verdadeira aula de política internacional) que a breve saída de Hugo Chávez do poder não obedeceu a um golpe de Estado premeditado. Os EUA não estava envolvido (na trama) e as milícias armadas controladas por Chávez foram as principais causadoras das mortes que ocorreram naquele dia. Em resumo, tirar Chávez do poder não é tarefa das mais fáceis, pois a cada dia - com ou sem doença - ele se julga mais onipotente, oniciente e onipresente. (Deus que me perdoe por essa comparação absurda, essa heresia, esse pecado mortal!)...
     Os próprios governos, consequentemente o povo (tão massacrado em alguns países pela tiranis de certos malucos) e as "cabeças pensantes" - intelectuais que tem algo a dizer e fazer de relevante - são prejudicados em igual intensidade pelo regime maldito, a ditadura. Não fáz tanto tempo assim, a blogueira Yoani Sánchez teve seu blog bloqueado pelo (inconsciente) governo cubano, dos Castro. Graças à Deus, em 9 de fevereiro deste ano, ainda exilada num quarto de hotel em Havana, Yoani pôde, finalmente, acessar o "Geração Y". Outros sites também foram perseguidos, a exemplo do portal "Desde Cuba" e a página "Vocês de Cuba". (Ainda bem que sou blogueiro/colunista brasileiro, um país livre!). Por essas e outras que a relação afetiva entre o governo cubano e Chávez se estreita cada vez mais, já que são simpatizantes (e adeptos) dos mesmos métodos de coação política, intelectual, social, econômica e (até!) psicológicas...(?)... O todo-poderoso chefe supremo do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) não poderia ter escolhido país melhor para se tratar e repousar - como vimos na edição desta última segunda-feira (dia 04) do Bom Dia Brasil (TV Globo), ele passeando com as duas filhas antes de voltar para seu país para reassumir o cargo com festança popular na véspera dos festejos de 200 anos da independência da Venezuela - pois para os dois caciques (Chávez e Fidel) democracia é palavra perigosa que não existe (no dicionário deles) e nem deveria existir (nos outros países).
     Mesmo sofrendo derrotas fenomenais nas urnas - e foram três  nos últimos quatro anos, apesar do chavismo (com toda sua malandragem) ter eleito mais deputados que a oposição - Chávez não perde (e pelo visto jamais perderá) a pose. Ele cai (?), mas cai "de pé" com toda elegância, pompa e circunstância que só os poderosos (?) conseguem ter, negando até o último instante que foi derrotado, usando logo a seguir certos "mecanismos" para reverter a situação e prejudicar seus desafetos, saindo-se sem pre bem, numa boa de qualquer situação embaraçosa, deixando seus inimigos "à ver navios". Foi assim em 2007 quando os venezuelanos não apoiaram "o seu sonho" de reeleição ilimitada (pelos séculos dos séculos, amém!). Em retaliação, ele suspendeu o repasse de verbas federais para as administrações regionais que estavam nas mãos de seus opositores. Só que - com o referendo de 2009 - ele viu o "seu sonho" tornar-se realidade. (Depois de dois anos de muita angústia e uma espera inquietante que martelava em sua cabeça como a "pior derrota de sua vida"). Agora, só Deus - o verdadeiro - poderá decidir se o povo venezuelano irá continuar sorrindo ou chorando. Se, enfim, o "presidente (quase) emérito" tomará noção de sua real (sem duplo sentido) responsabilidade como chefe-de-Estado e agirá como um verdadeiro rei, que governa olhando os interesses do seu povo e não para o seu próprio umbigo.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                          SANFERR, 07.07.2011

a ESFINGE:
     "A insignificância, mediocridade e falta de valor de um homem se mede pelo trabalho comum que ele exerce".

                                                                                    Vitorino Martins Ferreira (1895-1973) professor e poeta.

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