quinta-feira, 26 de maio de 2011

TOP GAY, UMA HOMOSSEXUAL NO PODER

                                                                                                 
                                         JOHANNA SIGURDARDOTTIR,
             O SÍMBOLO (UNIVERSAL) DO PODER QUE O GAY PODE EXERCER.


     Certamente, um dos fatores responsáveis pelo fracasso de determinadas ações - e reações - em diversos segmentos da sociedade (ex-masculina, ex-machista, ex-patriarcal) moderna é o preconceito diante de uma classe que vem conseguindo notoriedade nos meios políticos, culturais e até sociais: os homossexuais. Sempre polêmicos e folclóricos (nas outras famílias) e alegóricos (quando os temos na nossa), em sua maioria esses meninos e meninas "diferentes" (?) são simpáticos, extrovertidos - porisso o nome gay, ou seja, alegre - carismáticos (uns nem tanto) e inteligentes, cultos (nem todos, contrariando a opinião duvidosa de terceiros que afirmam que "gay burro nasce morto"). Quando o gay não vem batizado com talento, cultura e competência necessários para sobressair-se, fazer um trabalho relevante que fique para sempre na história, para a posteridade - como, dentre centenas de outros renomados, Oscar Wilde, Angela Rorô, Denner, Clodovil Hernandez, Jean Wyllis, Clóvis Bornay, Bruno Chateaubriand, Versace, Aguinaldo Silva, Yves Saint-Laurent, Kenzo, Gilberto Braga, Ney Matogrosso, Jorge Fernando, sir Elton John (reverenciado pela nobreza européia), Rogéria, Michael Jackson, Roberta Close (o transsexual orgulho da nação, muito mais mulher que muitas por aí, intelectual e físicamente falando), aqui na Bahia os inesquecíveis Cary e Ney Galvão - no mínimo ele segue uma carreira não tão brilhante assim, comum, que não exige um QI mais profundo e é coadjuvante no seleto métier dos gays intelectualizados, de relevante desempenho na sociedade, os quais poderiam ser classificados como TOP GAY. Mas, geralmente, culto ou não, refinando ou espalhafatoso, de nível (decente) ou caricato, o homossexual (quase) sempre procura um meio de fazer-se notar (e respeitar) na área que escolheu para atuar, por menos importante que seja, ter seus quinze segundos de fama. Não é à toa que nos últimos tempos os homossexuais, tanto masculino como feminino, estão "roubando" a cena, tirando a coroa da decadente superioridade (?) política, social e cultural dos orgulhosos heterossexuais. Assim como as personalidades citadas acima, muitas outras figuras notáveis, dentro e fora do Brasil, deixaram de ser simplesmente pessoas, um anônimo, para tornarem-se nomes de prestígio por seus feitos e conquistas, ao contrário daqueles (e daquelas) que vivem apontando o dedo, criticando do alto de sua mediocridade e insignificância, vangloriando-se por honrar (?) suas calças e vestidos. Temos vários exemplos desses por aí, em cada esquina, em cada família, em cada ambiente de trabalho.
     Um caso recente do valor que muitos gays tem nos foi dado pela Islândia, país europeu que está vivendo dias de tensão e alerta por causa de um vulcão. Johanna Sigurdardottir foi indicada em 2009 para Primeira-Ministra, além de ser a primeira Chefe de Estado declaradamente lésbica da história. Nascida em 4 de outubro de 1942, em Reykjavir, esta senhora elegante, cultíssima e simpática da fotografia acima, filiou-se ao Partido Social Democrata antes de tornar-se quem é, foi Ministra de Ação Social (1987), integrou o Comitê da Indústria e o Comitê dos Assuntos Exteriores. E aí, senhoras e senhores preconceituosos de plantão, o que dizer, com que cara (de pau, envernizada pela humilhação e vergonha) vocês ficam diante deste fato histórico, dessa realidade que afronta (e questiona) todos os seus (pre) conceitos de moralidade e arrogante conservadorismo? Diga-se de passagem, um conservadorismo falso, hipócrita, já que todos nós temos telhado de vidro, ninguém fica em cima do muro - sempre tomba para um dos lados - sem direito de julgar quem quer que seja. "A pessoa pode achar que sua conduta é certa, mas é Deus quem examina as consciências". Provérbios, 16-vs.2.
     Aqui no Brasil, há poucos dias, todos os Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), por unanimidade, votaram à favor dos direitos (constitucionais) dos homossexuais...(?)...
     O mundo está (mal) acostumado a olhar os homossexuais com escárnio, olhares desconfiados ou de repúdio, boca retorcida e pedras (simbólicamente falando, mas muitas vezes são pedras mesmo) que atingem (quase sempre) em cheio o ego, a auto-estima e a dignidade de quem quer apenas viver em paz, respeitando para ser respeitado. Comportamento antiquuado, políticamente incorreto, quando estamos vivenciando o apogeu tecnológico do século XXI, no qual - mesmo viajando em moderníssimas aeronaves e se comunicando com a rapidez dos SMS e dos e-mails - a sociedade teima em retroceder ao tempo das cavernas quando se trata das relações humanas. Até a TV Globo já se curvou ao sinal dos tempos e tem colocado o homossexualismo como tema relevante em várias novelas, minisséries e seriados. Então, prezados leitores, por que insistir em voltar à Idade Média e queimar nas fogueiras inquisicionistas nossos meninos e meninas alegres? Ou, então, como no século passado, imitar o que fez o diabólico, demente, megalomaníaco e repulsivo Adolf Hitler que, numa verdadeira caça às bruxas, submeteu milhares de gays a terríveis experiências científicas? Na verdade, o que "Adolfina" queria era disfarças, desviar a atenção do mundo para sua própria homossexualidade, as orgias que aconteciam no seu QG entre generais e soldados da Gestapo.
     Está em nossas mãos a chance de darmos um BASTA, um "chega pra lá" na perseguição injusta, infame e vergonhosa que os homossexuais sofrem diáriamente. Precisamos mostrar que o homossexual é capaz, encorajar tantos por aí a deixarem de lado seus casamentos "normais" (?) fracassados, sem amor, sem realização pessoal, econômica e social - apenas por medo de ser taxado de gay - e investir num novo relacionamento, desta vez com quem gosta de verdade e trancou por conveniência no armário da discrição, escondendo da família, dos amigos e colegas de trabalho. Aliás, medo e vergonha são duas tristes palavras que devem ser expulsas de nosso dicionário. Medo de ser coerente com a sua verdade? Vergonha, de que? De estar ao lado, ser companheiro(a) de um(a) homossexual de destaque na sociedade? É mais fácil e digno viver intensamente a felicidade de um amor com alguém do mesmo sexo, que conviver dia após dia com a angústia, a tristeza de um casamento hetero, de aparência, sem amor, apenas para se camuflar dos comentários e dedos apontados.
     Johanna Sigurdardottir é uma lésbica, sim, senhor. Mas uma lésbica que, ao contrário de muitas mulheres por aí, vai deixar seu nome na história porque tem valor, talento e quis se destacar, não ser apenas mais uma qualquer. Ela teve coragem e jamais medo, vergonha. Chegou ao topo, sendo respeitada e admirada mundialmente, mostrando que aonde ele arrasta a sola do sapato, muitos "normais" não tem capacidade de colocar a ponta do nariz. Provou que - não por sua opção sexual, que é uma questão apenas dela - com talento, competência e capacidade, administrou (e muito bem) o que para muitos heterossexuais seria (e sempre será) impossível: o governo de um país. Johanna é a prova que o  homossexual (em sua maioria, exceto raras excessões, infelizmente!) veio ao mundo para ser especial, uma marca (na história) e não apenas mais um nome no recenseamento. Que o gay é sabidamente superior, está acima do mesmismo, do trivial, do "feijão com arroz", do cantado - e (quase) decadente - casamento entre pessoas de sexo diferentes. Não é à toa que os líderes deste imenso país (ainda tupiniquim em diversos aspectos), as cabeças pensantes - ou, no mínimo, poderosas - estão batalhando para mudar a lei e transformar o casamento num "casamento entre pessoas".
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                      SANFERR, 26.05.2011

a ESFINGE:
     "Vocês, ancestrais da espécie humana que se perderam por uma maçã... O que não fariam por um peru trufado?"

                                           Anthelme Brillat-Savarin (1755-1826), advogado e político francês, autor de "A Fisiologia do Gosto".




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                                                        P    A     T     R     O     C     Í     N     I     O

18 comentários:

  1. TÔ adoentado e domingo recebi a visita de Sanferr. Esse é o brother e amigo que todos nós não cansamos de elogiar. "Alê".

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  2. o artigo de hj é polêmico. PP, da Nova.

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  3. Gosto de mulher, mas se fosse diferente e tivesse gostando de um gay, já tinha ido em frente. O importante é ser feliz. Um abraço. Washington.

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  4. Tenho amigos homens, mas homens mesmo, de mulher e tudo, só que também curtem gays. E daí? O que tem demais? Se eles gostam, o importante é ser feliz. Antonio.

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  5. Toninho tá com um pequeno problema na mão e, talvez, não consiga digitar. Como irmão dele aceitei numa boa quando ele, cansado da aparência, apenas para dar satisfação a sociedade, decidiu se separar de Ariane e assumir que, mesmo sendo aquele homem todo, o tipão másculo paquerado pelas mulheres e invejado pelos homens, tava gostando de um gay. É muito difícil, mas nós da família, os amigos, todo mundo, deu o maior apoio. Depois de um casamento de 10 anos, hein! É porisso que eu adoro meu mano. Quero que ele seja feliz com esta pessoa, que mesmo morando em outra cidade, tá enlouquecendo meu mano de amor e paixão. Nunca o vi tão feliz. Saulo, SP.

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  6. As pessoas adoram criticar, zombar, malhar o homossexual, mas eu acho que deve ser raiva, despeito, porque não podem ter o talento, a criatividade e maneira objetiva, real e futurista de encarar a vida. É difícil ver-se um gay que não seja inteligente, com um QI acima de todas as médias. Existem, mas são poucos. Os homens falam, apontam, mas se esquecem de olhar pro próprio umbigo, da vida dupla que muitos caras levam por causa do "seu" gay, entenderam? Falei e tá falado. Junior.

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  7. Aprovei a decisão do STF, porque, como mulher da Justiça (MP), óbviamente, não posso concordar com injustiças. Chegou a hora das pessoas mostrarem suas verdadeiras faces, quem são, o que fazem e gostam, e deixar de ficarem apontando, criticando quem não está nem aí para sua opinião pessoal. Preconceito, jamais. Amor, verdade e felicidade, sempre. "Wallace".

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  8. Brother, pra que esculhambar com os gays? Deixem os manos viver a vida deles, não prejudicam e nem incomodam ninguém. E o que tem de homem, de cara por aí, casado ou não, que fala mal, mete a bronca, mas depois vai lá atrás deles, dos gays... É melhor assumir que gosta do gay, separar da mulher e deixar ela pra mim, né, e os outro brother que também gosta da fruta, valeu? "A", da ilha.

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  9. É melhor ter um pai, um tio, um irmão, um primo, papagaio e cachorro gay, que um homem cachorro em nossas vidas, nos apunhalando pelas costas, traindo como amigo. Valeu? Rafa.

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  10. A história universal está cheia de homossexuais. Homens e mulheres que tiveram a coragem de assumir sua escolha sexual, claro que enfrentando problemas, barreiras, mas, no fim das contas, foram respeitados por ter a coragem de encarar de frente a falsidade, a hipocrisia de homens adúlteros, promíscuos e mulheres safadas, verdadeiras Messalinas com ares e pose de bem casadas, direitas. Francisco,

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  11. Dá-lhe, Sanferr! Vc tá se firmando mesmo como um dos melhores blogueiros da atualidade. E o que é mil vezes melhor: com conteúdo. O colunista da internet é vc e não tem outro. Afinal de contas, a internet é a mídia que vai comandar geral daqui há pouco. Vc, brother, tá fazendo escola e seguindo pelo caminho certo. Amigos, continuem acessando o blog e recomendando a todo mundo, porque SANFERRPRESS é cultura. Domênica.

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  12. Já tive o prazer de conversar com a mãe de SANFERR pelo telefone e senti i quanto ela adora o filhão que tem, único por parte de mãe. Ela teceu os maiores elogios, principalmente quando disse que ele agora está mais ajuizado, pensando no futuro, procurando construir dias melhores, sem extravagâncias, nem exageros. É isso aí. Nós todos aqui em casa (SP) gostamos muito dele e todas as vezes que ele está aqui, vem nos visitar e é uma festa. Sentimos muito a falta dele quando demora a aparecer. Um abraço a todos. Rogério, SP.

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  13. Sem comentários. Cada qual fáz de sua vida o que bem entender, mesmo quando ficamos tristes e preocupados pelas pessoas seguirem por caminhos tortuosos. Mas não recrimino ninguém. Quem sou eu pra julgar, pois, mesmo servindo ao Senhor, também tenho meus pecados, minhas falhas? PastoraTT.

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  14. Vou dar meu testemunho sobre o tema de hj: homossexualismo. Fui casada com Toninho por muitos anos e posso garantir que ele é homem em todos os sentidos, mas não deu certo, o que posso fazer? Agora ele está mais feliz do que antes. É a vida. Ariane, hj de SP.

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  15. Casamento entre homem e mulher, casamento entre homem e um homossexual, que diferença fáz? Se eles se gostam, se amam, o importante é ser feliz e não provar, comer o que não se gosta apenas para não desgostar, não afrontar a família, os amigos, vizinhos e colegas de trabalho. Meu negócio é homem e se chama Márcio, o meu gatão. Sanferr o conhece porque no ano passado viajamos juntos numa excurssão. Mas, se fosse mulher, eu já tava casada com ela há muito tempo e o mundo que se danasse. Débora, Fortaleza.

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  16. Como jornalista, convivo com dezenas de amigos, dos dois sexos, que são homossexuais. Indiscutivelmente, são talentosos, competentes e possuem um QI de dar inveja. A decisão que um hetero leva 10 minutos para tomar, o gay toma em 5. Então, o que dizer? Porque tanto preconceito idiota, sem fundamento? Solange, Jornalista.

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  17. Eu não admito que em pleno século XXI ainda percamos tempo discutindo as relações pessoais, íntimas, do próximo. Qual é, meu povo? Vamos perder tempo com outras prioridades, como a miséria, a saúde, a educação, as doenças e não com quem casou com quem, se fulano ou sicrana é ou deixou de ser. Mirem-se no exemplo desta mulher que Sanferr retratou hj aqui na coluna. é lésbica, mas tem nome, valor e posição. E os homens, as mulheres heterossexuais que vivem de criticar, apontar o dedo? Quem são? O que são? Então, meu povo. Vamos ser mais caridosos, generosos com o nosso irmão e não criticá-lo. KK, Ilhéus.

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  18. Johanna Sigurdardottir é, realmente, o símbolo do que o homossexual é capaz de fazer em todos os segmentos da sociedade. Aqui na Europa não temos mais esse tipo de preconceitos baratos. Fabricio, LISBOA (Portugal).

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