quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O ILUSÓRIO, METEÓRICO E AMARGO SABOR DA VINGANÇA.



DÉBORA FALABELLA.
NUNCA SE SABE O QUE O (FALSO) SORRISO DE UM
PERSONAGEM (SUBSERVIENTE) É CAPA
DE ESCONDER.


     O que é mais importante? O perdão e a paz de espírito? Ou a vingança e o desejo incontrolável de perseguir, destruir - e, consequentemente se regozijar com o sofrimento do outro - que adoece o corpo e, principalmente, a alma... (?) ... Não resta dúvida que estamos vivenciando a era do "toma lá, dá cá". Voltamos aos primórdios da civilização - e todos os nossos instintos sangrentos mais primitivos e odiosos - quando a lei "olho por olho, dente por dente" derrubava por terra o "outro lado da face" para o segundo tapa. Estamos na era dos fortes, dos poderosos (será?) orpimindo os mais fracos. Pseudos fortes e poderosos que não aceitam perder, "ser passado para trás" (?), serem humilhados - como se a nossa própria condição humana (e muitas vezes até moral) já não fosse uma prova cabedal de que vivemos correndo de encontro a pior das humilhações, a sepultura - pelo outro. E, sendo assim, também estamos - agora mais do que nunca - na era da hipocrisia, da falsa aparência, falando-se em amor, fé, caridade, generosidade e, essencialmente (mesmo que a essência desta grande palavra não seja entendida por muitos) humildade, como se estivessemos nos expondo na ilusória vitrine das "boas qualidades" no mercado (cada vez mais falido, quase fechando as portas) das "boas intenções". Palavras tão fortes e significativas, mas que nem a própria língua que as pronuncia tem condições (morais?) de suportar este peso; mesmo sendo um "peso morto". Outra palavra usada frequentemente por todos que se auto-intitulam (falsamente, of course!) "gente boa" e "do bem", muito usada nos lábios da hipocrisia, mas escondida no coração da sinceridade, é perdão. Só que ela (esta palavra magnânima) torna-se pluma, perdendo-se ao vento e achando-se na cara-de-pau de quem se diz digno, honesto, correto.
     A vingança vem de longas datas na história da humanidade e, certamente, Caim - ao matar seu irmão Abel por inveja - foi o seu criador, provando, desde então, que, infelizmente, não existe raça (até mesmo entre os animais mais assustadores, violentos, os quais só agridem quando estão com fome ou, lógicamente, para se defender) mais perigosa e dissimulada que a humana. (E todos são honestos, sinceros, gente boa, do bem. Imagine se não fosse!). Muitos apregoam que a vingança é um "prato que se come frio". Eu digo que nem quente, morno e muito menos frio, pois, ao contrário, ela só fáz aquecer, esquentar os ânimos de quem fáz uso dela para extravasar seu ódio. Como se não bastasse os (péssimos) exemplos que vemos acontecer diáriamente na vida real, uma novela (Avenida Brasil, TV Globo), em horário nobre - apesar do tema não ser nada nobre - está dando o que falar quando a sinopse nos apresenta a vingança da protagonista (ou não será antagonista, a vilã mais odiosa, baixa, desclassificada, cínica, dissimulada e perigosa dos folhetins?) Rita/Nina (Débora Falabella) como o fio condutor, o plot (quem não é do ramo procure saber o que significa) central, a trama-mór que provoca uma sucessão de estragos sociais, morais (e até mesmo físicos) nos demais personagens. Parece uma avalanche. À princípio, nos capítulos iniciais da primeira fase da trama escrita por João Emanuel Carneiro (hoje badalado, bajulado, mas antes de ter a chance de mostrar seu talento, seu valor, menosprezado, deixado de lado, "à espera"), todos nós nos emocionamos e ficamos indignados, revoltados, com o que Max (Marcelo Novaes) e Carminha (Adriana Esteves) fez com a pequena Rita (interpretação surpreendente da garota Mel Maia), orfã de Genésio (Tony Ramos), a qual foi levada para viver num lixão (horror dos horrores) sob a "custódia", digamos assim, do (também) maquiavélico e asqueroso personagem Nilo (José de Abreu). Até entendemos que - depois de ter sido adotada por uma rica família argentina - Rita (se passando por Nina) voltasse ao Brasil para fazer justiça. E aí é que começa a falta de discernimento do personagem, confundindo justiça com vingança, pois é notório que a justiça é divina e a vingança diabólica.
     A interpretação de Débora Falabella, nascida em 22.02.1979 na cidade de Belo Horizonte, é uma verdadeira mina de ouro, prata e todas as demais pedras preciosas, já que poucas atrizes - mesmo com o excelente nível que as brasileiras tem - conseguem fazer o telespectador entender o que se quer transmitir apenas com um simples olhar. A vingança do personagem está além do texto e das nuances de interpretação de Débora. Está (básicamente) no olhar dela, na sua força de transmitir impassívelmente, sem um "ai" sequer, o que João Emanuel quis dizer somente com seus belos (e vidrados) olhos de cobra peçonhenta. (Os olhos de Nina, hein!). Anos e anos batalhando por uma carreira hoje vitoriosa, depois de ter cursado por pouco tempo (e abandonado, feliz decisão, já que na área que escolheu não teria a visibilidade que tem como atriz) a faculdade de Publicidade, Débora pode dizer que fez a escolha certa ao trocar a segurança do diploma e uma carreira comum, como a maioria das pessoas abônimas que batem ponto cedo e não são reconhecidas nunca, pelo talento que fez o público lhe aplaudir em trabalhos inesquecíveis como, por exemplo, Um Anjo Caiu do Céu, O Clone, Um Só Coração, Senhora do Destino, JK, Sinhá Moça, Duas Caras, Escrito nas Estrelas. No teatro deu o ar da graça (e bota graça nisso!) em A Serpente (de Nélson Rodrigues), Noites Brancas (F. Dostoievski), além da estréia, ainda em BH, em Flicts (Ziraldo). Débora usa o talento para interpretar de olhos fechados, com o útero. (E o dela não está, nunca esteve e jamais vai estar inflamado). E, se possível fosse, nem precisaria de um texto para dar vida a perigosa, vingativa e desequilibrada emocionalmente Rita/Nina. Assim como nós, colunistas, não precisamos - na maioria das vezes - estar diante do artista, entrevistar pessoalmente, para saber traçar um perfil sobre ele, desenvolver um texto sobre sua carreira. Talento é um bolo que só precisa de dois ingredientes: competência e perspicácia.
     Débora Falabella, atualmente, é, sem dúvida alguma, a personificação da vingança (através, claro, do personagem) no pior sentido moral e psíquico que a palavra possa transmitir. Lógicamente esta "onda" vai passar quando a novela chegar ao seu the end, mas, por um bom tempo, todos nós lembraremos dela (Nina/Débora) quando se falar em vingança. A vingança, mesmo no sentido mais brando, light, na vida real tem o olhar que Débora imprime ao personagem da ficção. A vingança é mesquinha, sórdida e leva quem a tem dentro de si para um poço sem fundo, do qual nunca mais vai conseguir sair.
     O autor João Emanuel mostra através das maldades que Rita/Nina está fazendo com Carminha - depois de outras tantas que ela lhe fez bem lá atrás - que a ficção é a cópia fiel da vida real. Temos milhões de "Ninas" por aí usufruindo dos prazeres (?) das pequenas e grandes (?) vinganças, para satisfazer o ego. Mas, que ego é este? Será que ele se sente saciado com o doce (para mim amargo) sabor da vingança? Será que este tal ego não vê que não adianta revidar todo o mal que nos fizeram? Quem se vinga não é nada melhor do que a pessoa que praticou o mal; ao contrário, é um ser bem inferior, abaixo de qualquer classificação humana. A vingança - assim como Rita/Nina se transformou - é um monstro, um bicho que se alimenta do ódio. Nina se diz - como a maioria das pessoas - "do bem", "gente boa", que só quer fazer justiça. Mas de justiceira ela não tem nada e já provou ao longo da trama da novela que é igual (ou até pior1) que Carminha. Justiça é "dar tempo ao tempo". E vingança é "acelerar os acontecimentos". E ninguém é dono da verdade, acima do bem e do mal, com moral para criticar, julgar e condenar quem quer que seja. E, como todos que se vingam, Nina vai se dar mal. A não ser que o novelista seja (também) vingativo na vida real como ela.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                  RENÉ SANFERR, 30.08.2012

a ESFINGE:
     "Talento não precisa de diploma para ser apresentado. Ao contrário do diploma que precisa do talento para ser respeitado".

                                                                                                                                                                  RENÉ SANFERR, 10.09.2007

"Esconda hoje o seu tostão e amanhã ele vai aparecer como milhão". - SANFERR, 10.12.2011

"Todos vivem para comprar e mostrar. Muitos morrem sem pagar e honrar". - SANFERR, 09.10.2000

"Se você for você, não vai ter outro que consiga fazer você ser outro que não seja você". - SANFERR, 10.05.2010

"A fama é uma árvore que demora a crescer e só dá bons frutos se for adubada com talento". - SANFERR, 16.07.1983

"O estudo fáz o doutor. Mas o consultório quem dá é o talento". - SANFERR, 13.09.2008

"O pensador escreve muitas vezes o que vê e poucas o que ouviu dizer". - SANFERR, 07.09.2009

"Quem planta com talento, colhe com fama e reconhecimento". - SANFERR, 18.10.2000

"Não se ache melhor do que ninguém pelo que tem, se não tem perna para dar um passo maior e ser alguém". - SANFERR, 19.09.2007

"Um trabalho qualificado e extremamente competente será eternamente lembrado por ter sido pelo autodidata realizado, ao contrário de um diplomado incompetente que logo será ridicularizado pelo talento que não lhe foi dado". - SANFERR, 21.10.2005

"Junte as pedras que lhe jogam para fazer um muro de proteção no roseiral que brota do seu coração". - SANFERR, 19.07.2010

"Prefira ter um profissional convencido do que àquele que não convence nem como amador". - SANFERR, 01.05.2004

"Não realize um trabalho que todos possam fazer. Faça um trabalho que poucos possam realizar". - SANFERR, 01.05.1999

"O bom músico arranja e tem a glória e o ruim dessaranja e tem o arrocha". - SANFERR, 12.07.2011

"Enquanto perdem tempo falando de mim que faço o que presta, eu não perco tempo em falar de quem não fáz nada que preste". - SANFERR, 19.05.2012

"Se você é bom porque trabalha naquilo que eu também posso fazer, eu sou ótimo porque faço o trabalho que você não pode fazer". - SANFERR, 09.03.2011

"Me esqueça porque eu nunca lembrei que você finge já ter me esquecido". - SANFERR, 09.04.1989

"Se hoje eu sou tostão, você nunca será um Pelé para ganhar milhão". - SANFERR, 06.06.2010

"Enquanto a minha auto-estima está nas alturas, quem não lhe estima lhe coloca no beco da amargura". - SANFERR, 09.07.2012

"A minha maior alegria é puder escrever para muitos. E a maior tristeza é muitos não puder compreender". - SANFERR, 20.02.2012

"Não desça do pedestal apenas para ser simpático e igual, se ele é que lhe fáz ser o diferencial". - SANFERR, 10.01.2010

"A pior coisa do mundo é você passar pelo mundo e não parar para conhecer o mundo". - SANFERR, 18.12.2000

"Quem sabe prova que não precisa de prova para provar que sabe". - SANFERR, 18.06.2007

"Você pode ter quantos nomes achar que deve. Só não pode achar que deve ter duas caras". - SANFERR, 09.01.2005

"Ninguém é amigo de ninguém, a não ser que este amigo seja alguém". - SANFERR, 20.07.2008

"Não ande ao lado de seu amigo somente quando ele estiver de pé. Se abaixe para ficar ao lado quando ele estiver caído". - SANFERR, 09.08.1987

"Amigo que é amigo divide o que tem e não dá o que sobra". - SANFERR, 16.04.2001

"Tudo na vida muda. O difícil é a vida mudar". - SANFERR, 19.02.2011

"Seja antipático e verdadeiro. Mas não simpático e falso". - SANFERR, 12.09.2008

"Não queira saber da estória do outro. Procure fazer a sua história". - SANFERR, 01.04.2002

"Todo gênio é tido como louco e o idiota como bobo". - SANFERR, 07,12.2009

"A verdade da amizade não é a amizade de mentira que conhecemos". - SANFERR, 10.02.2004

"Rico ri porque não tem com o que gastar o choro". - SANFERR, 17.06.1988

"Não queira ter nada no mundo. Queira ser tudo para o mundo". - SANFERR, 17.07.2004

"Marketing é a mentira dos inteligentes". - SANFERR, 08.02.2005

"Amigo divide o muito que tem e soma com o outro o pouco que possui". - SANFERR, 16.01.1999

"Amigo não espalha o pouco que fez. Ele junta o muito que precisa ser feito". - SANFERR, 09.12.2004

"Aplaudir o amigo é fácil. Difícil é aplaudir o inimigo". - SANFERR, 06.09.2011

"A fama é tão inimiga e falsa, como falso e inimigo é o famoso com medo de perder a fama". - SANFERR, 01.12.2006

"Se você é do bem mostre que não é do mal fazendo o bem para quem lhe fez o mal". - SANFERR, 10.12.1985

"Amigo defende quando todos acusam". - SANFERR, 20.07.2010

"Amigo não visita o doente. Ele leva o médico para fazer uma visita". - SANFERR, 17.04.1984

"Cuidado com quem anda de porta em porta abrindo as janelas da casa do outro". - SANFERR, 21.07.2003

"O meu imaginário me leva aonde a sua realidade não pode lhe levar". - SANFERR, 03.12.2007

"Amigo não se preocupa se você está bem. Ele se preocupa em fazer tudo para você viver bem". - SANFERR, 09.11.1989

"Não espere ter amigos quando a necessidade for a sua melhor amiga". - SANFERR, 20.07.2000

"O pagamento do talento é alto por que o trabalho é feito com sabedoria, cultura e conhecimento". - SANFERR, 30.12.2011

"Quem fala depois não pode dizer que pensou antes". - SANFERR, 14.06.2012

"Não se importe de ser criticado. O importante é ser falado". - SANFERR, 09.03.2011

"Se todos fossem amigos como dizem que são, irmão não consideraria mais o amigo do que o próprio irmão". - SANFERR, 24.01.2009

"Se a inveja fáz dizer que o outro lhe copiou, prove que não o invejou quando mostrar o que antes dele criou". - SANFERR, 06.12.2004

"O outro é perigoso quando mostra o perigo que você é". - SANFERR, 16.10.2010

"Em festa de rico, pobre não é convidado para se divertir. Mas contratado para servir". - SANFERR, 09.05.2002

"O ser humano não gosta de si próprio quando diz que não gosta de quem mente". - SANFERR, 01.04.1988

"Você gasta o que pode para ser ao lado dos amigos feliz, mas não fáz feliz o amigo que não pode gastar". - SANFERR, 08.08.1986


RENÉ SANFERR, 30.08.2012



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                                                                      P    A     T     R     O     C     Í     N     I     O                                                   


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O ROSTO MATINAL DA NOTÍCIA GLOBAL.



CHICO PINHEIRO.
COM DISCRIÇÃO, ENTRE UMA NOTÍCIA E OUTRA, NAS ENTRELINHAS
ELE DÁ SEU RECADO.



     A notícia deve ter sido inventada quando Eva levou Adão para o caminho da perdição e foram expulsos do paraíso ou, então, quando Caim matou Abel. Mas, já que foram os primeiros habitantes do paraíso, o qual depois se transformaria em inferno (ops!), perdão, digo, terra , então quem foi o primeiro jornalista da história da humanidade? Deus? E para quem Êle noticiou a desobediência de Eva, a fragilidade (e irresponsabilidade) de Adão, além do crime de Caim? Para Êle mesmo... (?)... Assim como ninguém sabe até o presente momento quem nasceu primeiro, se o ovo ou a galinha, da mesma forma não se tem notícia do primeiro fofoqueiro da história. Seja como for, de um jeito ou de outro, isto prova que a notícia - às vezes verdadeira e outras mentirosa, oficiosa (?) - é tão velha como as barbas de Matusalém. (Aliás, para sabermos que ele tinha barbas, alguém falou)... E este "diz-que-diz jornalístico" sempre teve expoentes da escrita, da comunicação em si, que souberam como ninguém traduzir para as palavras, colocar "o preto no branco", as fofocas que ouviam "aqui e acolá", com mais ou menos relevância, contanto que o fato não permanecesse "arquivado" (apenas) na memória visual e auditiva de quem o presenciou, passando-o para milhares de pessoas que quizessem - através de seus textos, reportagens, matérias e artigos - saber o que realmente tinha acontecido, a verdade (ou não) dos fatos. Nomes de brasileiros que deixaram marcas na comunicação fizeram escola para quem hoje precisa ouvir para só depois passar adiante, como, por exemplo, David Nasser, Millôr Fernandes, Samuel Wainer, Júlio de Mesquita Filho, Carlos Castello Branco, Barbosa Lima Sobrinho, Carlos Lacerda, Sérgio (Stanislaw Ponte Preta) Porto, e tantos outros, e outras, óbviamente. (Depois dizem que gosto de passado. Mas se o passado é história e fáz o presente? Se, atualmente - não abrangendo, claro, todos - a mediocridade impera em todas as áreas e somente no passado grandes "mestres" se fizeram presente?). Todos são a prova viva - no caso (olha o passado aí, gente!) de muitos, infelizmente, morta - que o Brasil sempre "deu" bons jornalistas. Diplomados ou autodidatas. Aliás, diga-se de passagem, é só observarmos que a escola (apesar dela ser imprescindível em todas as profissões, of course!) de Jornalismo não fez falta para muitos deles e o famoso "diploma dependurado na parede" caiu. Literalmente. Não foi à toa que em 17.06.2009, o STF (Supremo Tribunal Federal), quase por unanimidade, decidiu a sua não obrigatoriedade para escrever em jornais e revistas. Sábia decisão, pois, quem sabe usar (bem) as palavras não precisa de diploma. Precisa, claro, da escola para aprender, se aperfeiçoar, mas - e vão me criticar por isso - diploma é irrelevante, já que não existe universidade para escritores. Ou existe? Quem sabe escrever bem precisa de papel, caneta ou, atualmente, o teclado do computador. O famoso "quem sabe prova com o preto no branco"...
     O jornalismo pode nos surpreender (e chocar) como no excelente relato jornalístico escrito por V. S. Naipaul sobre a África intitulado "A Máscara da África - Vislumbres das Crenças Africanas" (Cia. das Letras). Nesta reportagem, com formato literário, Naipaul explorou de forma apavorante em certos trechos sua recente visita a alguns países do continente africano, transportando para as páginas um texto ultra sofisticado. Para quem não é dado à leitura - mas se mostra interessado pela história (e as várias estórias) da África - recomendo este livro. Nele descobrimos que a África sempre foi violenta, infeliz e absurdamente miserável, além de percebermos claramente que Naipaul escancarou para o mundo "civilizado" as crenças africanas e a catequese cristã e islâmica, as quais deixavam o povo sem saber para que lado do muro tombar. Com o continuar da leitura também descobrimos que os povos de diversos países da "mãe África" costumavam queimar pessoas vivas por razões religiosas. Enfim, é jornalismo investigativo, pura e simplesmente. Outro grande livro-reportagem necessário ao jornalista que quer escrever bem é "O Silêncio e o Escorpião", de Brian Nelson, jornalista norte-americano que decidiu ir morar na Venezuela por que, segundo ele, era - era? - um devoto admirador de Hugo Chávez. O texto trata dos acontecimentos de 2002. A revista britânica "The Economist" o escolheu como um dos melhores do ano, pois Nelson foi fundo desvendando o que realmente aconteceu. E, em termos de Brasil, para "coroar" o trabalho dos profissionais das palavras, temos uma verdadeira bíblia sobre a reportagem com o sugestivo título de "As Melhores Primeiras Páginas dos Jornais Brasileiros". Organizado por Judith Brito e Ricardo Pedreira, o livro foi lançado pela ANJ (Associação Nacional de Jornais) e trata sobre as primeiríssimas páginas de diversas publicações nacionais que fizeram história, como o suicídio de Getúlio Vargas (1954), a comemoração do centenário da Independência (1922), o impeachment de Fernando Collor (1992), e por aí vai...
     Hoje, em pleno séc. XXI, a internet - sites e blogs - tem nos revelado (por mais que  certos "diplomados" se recusem a aceitar o óbvio, o que estão vendo e lendo) novos talentos, profissionais (mesmo sem vínculo empregatício, ganhando "o pão nosso" dos leitores, como acontece nos países mais civilizados do mundo, que doam suas contribuições para os sites e blogs) que provam do que são capazes. Como é o caso da (famosa e perseguida) blogueira cubana Yoani Sánchez, criadora do blog "Geração Y". Polêmica, sem "papas (e nem bispos) na língua" - doa a quem doer, até os Castros - Yoani passou por vários momentos difíceis na sua carreira, principalmente no ano passado quando o portal "Desde Cuba" - que engloba vários blogs independentes - foi retirado da rede pelo regime daquele país. O regime "castrista" (?), como diria, se vivo e real fosse, o bom e velho Odorico Paraguassú. Castrista no nome dos dirigentes políticos e (também) nas castração dos direitos e liberdade de expressão de pessoas gabaritadas - que, verdadeiramente, provam sua capacidade escrevendo "o preto no branco" e esfregando na cara dos incapazes que os chamam de mentirosos - que sabem onde enfiar o nariz e meter a caneta para escrever. (Com dor e sem dor, na ferida, nunca cicatrizada, das ditaduras). Se é que me entendem!...
     Mas nós, brasileiros - apesar dele estar últimamente mais comedido, sem os arroubos da juventude, do início da carreira - temos (também) o nosso "papa da notícia sem papas na língua"... Ou, melhor dizendo, o responsável pela liturgia noticiosa das manhãs globais, chamado Francisco de Assis Pinheiro, popularmente (desde os tempos de vereador) conhecido como Chico Pinheiro, dono, ao lado da bela Renata Vasconcelos, da bancada do Bom Dia Brasil, os quais dividem as "fofocas verdadeiras (e não oficiosas) com Zileide Silva, Carla Vilhena (ex-mulher de Chico e mãe dos seus filhos, Clarrissa, Pedro e Marcelo), sem falar no elegantérrimo, classudo e culto Renato Machado, agora falando AO VIVO - e não como os mestres do passado, "mortos" do jornalismo de outrora - de Londres. Chico é gaúcho de Santa Maria, nascido em 17.06.1953 e formado pela PUC de Minas Gerais.
     Seu trabalho competente responde por ele e qualquer mera biografia - por mais fatos e "fofocas" que possa haver (brincadeira!) - é desnecessária para um profissional que tem talento, além do diploma. (Porque muitos tem diploma e falta talento!). Chico sabe que escrever, fazer jornalismo, não é uma simples opção na hora do vestibular. É uma religião, quase uma devoção. (Como todas as profissões). Só que para escrever, o diferencial é que não é necessário apenas estudo, provas. O escritor-jornalista (ou vice-versa) tem de provar que o ato de escrever já é (em si) um estudo... (?) ... Uma tese de mestrado eterna, diária, que nasceu com a pessoa, foi se aperfeiçoando ao longo dos anos, texto após texto. A vida física do cidadão está nas mãos do médico, dentista, etc. Mas a vida cultural e intelectual de todos está na cabeça do escritor, pensador, jornalista, colunista, roteirista, novelista, poeta, letrista, dramaturgo, contista, etc. Pura e simplesmente. E o seu texto - às vezes como o autor - é imortal.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                           RENÉ SANFERR, 23.08.2012

a ESFINGE:
     "Ter sob seus pés uma casa é o máximo da mediocridade que todos nós da vida merecemos obter. Mas ter sob seus pés o mundo até na morte, é o mínimo da genialidade que poucos merecem receber".
                 (Em homenagem aos 100 anos de nascimento de Jorge Amado. O maior gênio baiano, um dos dez do Brasil e um dos vinte do mundo, na arte da palavra, da literatura, em todos os tempos).
                                                                                                                                                                          RENÉ SANFERR, 11.08.2012


de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores (patrocínios, doações):

     Cuidado, Brasil. Você está à beira de uma guerra civil!!!

                                                                                                                                                                         RENÉ SANFERR, 23.08.2012


"Não adianta ter a casa bem arrumada, se a sua casa é mal cuidada". - SANFERR, 18.06.2004

"O que não foi dito, nunca poderá ser bem ouvido e muito menos mal compreendido". - SANFERR, 06.06.2010

"Muitos são mentirosos. Principalmente quando dizem que tudo de verdade que o outro mostra fazer, é mentira". - SANFERR, 21.09.1987

"Feliz daquele que mora com os pais. Prova que seus pais são felizes por morar com ele". - SANFERR, 13.02.2000

"Quando você for, se lembre de quem lhe deu valor quando você não era. E deixe na espera quem lhe desvalorizou". - SANFERR, 09.12.2010

"Existe trabalho para quem precisa trabalhar. E emprego para quem tem um bom trabalho para mostrar". - SANFERR, 01.05.1999

"A droga é uma droga por que não passa de uma droga e se algum idiota permitir o uso da droga, o mundo vai se transformar numa droga". - SANFERR, 07.12.2003

"Cada qual sabe o tamanho do seu rabo e como sobre ele vai viver sentado". - SANFERR, 19.03.2010

"Se você é incompetente e marca passo em seu trabalho, tenha inveja de quem mostrou ser competente ao trabalhar para criar o marca-passo". - SANFERR, 01.05.1988

"Cada um fáz de sua vida a droga que quizer, mas transformar o mundo numa droga, é tratar a vida alheia como uma droga qualquer". - SANFERR, 10.02.2010

"No dia que se encontrar na rua um mendigo abraçado com um amigo bem vestido, pode ter certeza que é um rico disfarçado e brincando com o inimigo". - SANFERR, 13.05.2003

"Se pensar fosse prova de existir, muitos não conseguiriam provar que existem". - SANFERR, 04.06.2008

"Se a nossa realidade é triste, porque não inventarmos outra para sermos felizes?". - SANFERR, 12.12.1985

"Não tenha inveja de quem sabe. Saiba fazer inveja em quem não sabe". - SANFERR, 23.11.2004

"O homem só valoriza quem tem o valor que ele precisa". - SANFERR, 16.05.2010

"O amigo do peito dá um chute na bunda e uma cusparada na cara, quando na lama os pés o outro afunda". - SANFERR, 17.01.2000

"A doença é o remédio (?) que nos fáz repensar - e curar - a vida". - SANFERR, 17.04.2008

"Estude para ser um doutor e escute para ser um escritor". - SANFERR, 19.02.1997

"Eu não guardo ressentimento de quem me apunhalou, pois Deus me abraçou e tirou o punhal colocado por quem não tem d'Ele conhecimento". - SANFERR, 08.08.2010

"A vida nos dá muitas vitórias. Mas a glória só a morte". - SANFERR, 15.08.2012

"Se você é religioso, mas não da igreja do santo copo e da safadeza, você é doido". - SANFERR, 01.01.2003

"Não dê má informação de alguém, se não tem ninguém que vá dar boa recomendação de você". - SANFERR, 07.07.2010

"Todos são honestos. Até o calo doer e a honestidade correr".- SANFERR, 21.09.1987

"Quem hoje olha de cima para baixo na vida por não estar como o outro no buraco, amanhã na morte vai olhar de baixo para cima para o outro que está fora do buraco". - SANFERR, 09.06.2010

"Falar mal é fácil, basta invejar e inventar. Difícil é provar e ter como sustentar". - SANFERR, 21.06.2010

"Quanto mais eu quero, mais eu provo que me supero". - SANFERR, 08.12.2010

"O que um é capaz de escrever brincando, vários são incapazes de fazer trabalhando". - SANFERR, 01.05.1987

"Ao ler um bom pensamento, pense em repensar seus maus pensamentos". - SANFERR, 17.04.2007

"Muitos são capazes de usar os braços para carregar peso, mas incapazes de usar a cabeça para pesar o que a língua vai falar, já que pensar não é seu forte". - SANFERR, 09.06.2008

"Se conhece o sábio quando conosco ele falar. E o burro quando ele abrir a boca para com o outro falar". - SANFERR, 20.02.1989

"Ninguém dá má informação daquele que não incomoda e chama bem a atenção". - SANFERR, 07.07.2010

"Eu perdi um amor verdadeiro para quem tinha um falso para me oferecer". - SANFERR, 09.10.2010

"Não tente derrubar quem está acima de você. Ele vai cair sobre sua cabeça e lhe empurrar para baixo". - SANFERR, 10.07.2012

"O idiota pode conviver ao lado de um gênio, mas não ser gênio para perceber que o outro não é idiota". - SANFERR, 04.08.2012

"Julgue uma pessoa pelo que ela fáz. E nunca por quem a julga dizendo que ela fez". - SANFERR, 06.06.2010

"Nigrinha quando ri escancara até o íntimo da calcinha". - SANFERR, 06.09.2006

"O brega deixou de escandalizar no salão da casa da indecência com as putas, para arrochar com as prostitutas na sala das casas e da nossa paciência". - SANFERR, 04.03.2012

"Não vivo para ser o que o outro quer. Vivo para ser o que os outros não querem que eu seja". - SANFERR, 12.12.2011

"No carnaval, o Pierrot foi por mim escanteado e de Colombina me encontraram". - SANFERR, 02.02.1988

"Se você é burro para entender e ouvir um pensamento, não queira colocar suas orelhas no asno que é de sua amizade e do seu conhecimento". - SANFERR, 09.12.2007

"Não escreva para agradar a quem não interessa. Escreva para ensinar a quem se interessa". - SANFERR, 10.10.2001

"Já provei tudo que tinha para mostrar. Agora é o outro mostrar que tem alguma coisa para provar". - SANFERR, 10.05.2012

"Não diga que eu sou metido à besta, se você até calado consegue sem um burro convicto". SANFERR, 18.06.2004

"Ninguém é amigo de ninguém. Se fosse, o rico dividiria o que tem com o amigo mais pobre, para não vê-lo sofrer com a má sorte". - SANFERR, 20.07.2009

"O falso amigo me empurra querendo derrubar e difamar, mas O verdadeiro não me deixa tropeçar, fazendo-me levantar para diante dele me abraçar". - SANFERR, 09.07.2010

"Do jeito que o estudo está, muitos vão se formar e apresentar o DIPROMA para conseguir TRABAIÁ, enquanto poucos vão provar o que são capazes de ensinar". - SANFERR, 13.08.2012

"Não se pode ensinar bem, se aprendeu a falar e escrever mal". - SANFERR, 03.12.1988

"Todos querem estudar para aprender, mas, sem querer, estudam para desaprender". - SANFERR, 14.08.2012

"Prefiro amar demais e não de menos". - SANFERR, 08.12.2011

"Muitos sabem escrever certo, mas para o outro conseguir ler, precisa escrever errado". - SANFERR, 08.09.1987

"Faça do seu diploma orgulho para seu estudo. E não o estudo vergonha para seu diploma". - SANFERR, 12.12.1987

"Não queira falar língua estrangeira, se nem a sua você aprendeu inteira". - SANFERR, 10.05.2011

"O amor não vai conseguir ser sepultado, enquanto a paixão não sair do cemitério da recordação e consolação". - SANFERR, 02.11.1987

"Infeliz de quem hoje achou o amor e o rejeitou com medo de amanhã o perder e deixar de ser feliz". - SANFERR, 30.05.1983

"O amor é para ser vivido enquanto ele está vivo. E não sofrido depois dele ter partido para nunca mais por você ser visto". - SANFERR, 04.06.2010

"O mundo está cheio de lixo e doidos varridos. E todo mundo varrendo os doidos para o hospício, enquanto o mundo não vira uma lata de lixo". - SANFERR, 03.03.2006

"Não ria de quem é culto e sabe. Chore por ser burro e nada fazer para aprender". - SANFERR, 09.08.1987

"Quem critica prova que o outro muito significa". - SANFERR, 02.03.2012

"Prefira morar bem sózinha do que viver mal acompanhada". - SANFERR, 15.07.2009

"Não acorde para reprisar o mesmo dia de ontem. Desperte para criar um novo dia hoje". - SANFERR, 21.12.2010

"Quando julgar o outro por um erro, não se esqueça de todos os seus comentar". - SANFERR, 29.05.2000

"Se você só enxerga os erros alheios, peça ao espelho que faça você se enxergar, enquanto ele mostra os seus". - SANFERR, 19.08.1995

"Se quem você não gosta prova ter mais competência, goste mais de você e não prove sua incompetência". - SANFERR, 21.10.1998

"O gay de família é uma mocinha à moda antiga". - SANFERR, 28.06.1996

"Tenha humildade ao olhar para o lado e não arrogância ao olhar para baixo". - SANFERR, 18.04.2012

"Tire um quilo de quem fala o que não prova de alguém, se este que inventou é um ninguém que não pesou meio quilo daquilo que falou e não provou". - SANFERR, 10.07.2012

"Não viva para juntar a cada dia. Viva para gastar e aproveitar todo dia. Nunca se sabe o dia que se vai parar". - SANFERR, 17.03.2009

"Ninguém pode ser marginal sem uma ficha policial". - SANFERR, 19.09.1987

"A mentira não pode ser ouvida, enquanto a verdade estiver sendo dita". - SANFERR, 19.01.2000

"Vagabundear é trabalhar sem nada de útil criar para o mundo deixar". - SANFERR, 01.05.1998

"Muitas vezes o que se fala de uma pessoa é mentira. Até que possamos conhecer a verdade e o que ela diz". - SANFERR, 15.08.2010

"Tem pessoas que falam por prazer daquele que nada viu fazer só para desmerecer. E depois nem se preocupam em saber o castigo que irão receber". - SANFERR, 19.07.2010

"O gay dá e o homem recebe". - SANFERR, 28.08.1985

"O poder orgulhoso está na criação e o vergonhoso na difamação". - SANFERR, 21.05.1997



                      Muito obrigado pelos e-mails, SMS e alguns telefonemas sobre os pensamentos.
                      Continuo lembrando que todos estão devidamente registrados.

                                                                                                                                                                                           RENÉ SANFERR, 23.08.2012

                                                                         


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