quinta-feira, 28 de outubro de 2010

CARTA ABERTA ÀS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

 CARTA ABERTA ÀS FAMÍLIAS BRASILEIRAS



     No último dia 01.10 pp., ante-véspera das eleições gerais no país - e dia da estréia deste blog, graças à Deus! - o respeitabilissimo Wall Street Journal publicou em sua matéria de capa uma reportagem com o sugestivo título: "EX-GUERRILHEIRA À BEIRA DO PODER NO BRASIL" ... (?)... Precisa-se dizer mais? Ou será que o mundo, as comunidades internacionais estão mais empenhadas em descobrir qual será nosso futuro político do que nós, brasileiros? Infelizmente, quem viaja ou tem acesso as publicações estrangeiras, sabe que esta é a verdadeira imagem que o Brasil tem além de nossas fronteiras verde-amarelas (ou, atualmente, não serão vermelhas?): um país - diferentemente do que o PT quer fazer acreditar - à beira do caos, do colapso político, moral e social. De um apagão que cobrirá de trevas demoníacas a nação de norte a sul, do Oiapoque ao Chuí. E não àquela falsa imagem - vendida pelos orgãos oficiais de imprensa - de um chefe-de-Estado recebido por outros estadistas com fogos de artifícios. Ora! Todos os ex-presidentes brasileiros foram - e muitos continuarão sendo - convidados ilustres na Casa Branca, Casa Rosada (agora sem o seu verdadeiro condutor, o falecido Nestor, esposo de Cristina), palácio de Buchinghan, Vaticano, porque são chefes-de-Estado e não porque é Sarney, Collor, Itamar, FHC ou Lula. Fáz parte do cerimonial, das relações exteriores, ou seja, da política da boa-vizinhaça entre as nações. Serra ou Dilma, seja qual deles for eleito, receberá cumprimentos, congratulações de todo o mundo. O diferencial é que muitos deles falam de igual para igual, sem tradutores. Ele (Lula) tem a seu favor o carisma que lhe é peculiar - e inegável! - além de um intrigante talento para hipnotizar pequenas e grandes platéias, principalmente agora nos comícios e carreatas que se atropelam dia após dia nas ruas do país. Outros estadistas, por estarem desde sempre acostumados aos bastidores do poder e da liturgia do cargo, não se preocupavam com os flashes dos fotógrafos, como quem diz: "Olhe, eu tô aqui! Conversando, trocando figurinhas com Obama, a rainha Elisabete, Bento XVI". (Se Lula disser ao eleitorado que passou a noite passada conversando sobre a semana de moda com Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis ou a própria "papisa" da elegância mundial em todos os tempos, Lady Dy, o povo vai acreditar). O povo, sem maturidade política - e bom senso, discernimento - acredita em tudo que o palácio do Planalto, através da sua poderosa máquina publicitária, disser. "Compra a idéia" mesmo, achando que o governo petista é (perdoe-me a comparação vil) o Todo-Poderoso. Que tem aval na alta cúpula da política internacional. E tem, sim! Mas, sabe quem? O Estado brasileiro e não um determinado representante. O Brasil é respeitado na comunidade internacional há muito tempo e não somente agora por causa do lulismo ou dilmismo. O Brasil já era - e se tornou mais ainda - respeitável com a eleição de Tancredo Neves (1985) - logo após a derrocada da ditadura militar e seus famosos generais - a Constituinte de 1988, na qual o PSDB teve participação preponderante e o PT quase nenhuma, o impeachment de Fernando Collor de Melo (1982), entre outros fatos significativos e históricos. O Brasil, últimamente - pergunte a quem chega do exterior - só é comentado nos outros países como a nação dos intermináveis escândalos, da corrupção. Estamos sendo ridicularizados, confundidos como personagens (o povo) de um folhetim barato e jocoso (a novela Brasil), com capítulos inteiros (os escândalos) dedicados a Eletrobrás, Correios, mensalão, dossiês fabricados para desmoralizar desafetos, a dinheirama em meias e cuecas... Está tudo aí, diáriamente, na imprensa escrita e falada, para quem quiser ver. O único - até quando não se sabe! - orgulho nacional é, justamente, um palhaço (Tiririca), o qual foi eleito com impressionantes mais de hum milhão de votos. E sabe porque? Porque o nosso querido palhaço (?) cometeu - ou não - o mais irrelevante dos erros: ser analfabeto. E a Justiça decidirá - com uma simples folha de papel e uma prosaica canetinha - se o mais indecente para o Brasil é não distinguir o "O do fundo da garrafa". (E o que tem por aí de "diplomados" nas mais diversas áreas sem nenhuma competência para colocar o preto no branco!)... Enfim, Tiririca não pecou. Quem errou foi o idealizador, ou idealizadores, do bolsa (porta níquel) escola que não teve esta idéia na época dele.
     As cores de nossa bandeira estão sendo maculadas. Onde está o orgulho pelo branco, azul, verde e amarelo? A boca maldita do povo responde Brasil afora: está, vergonhosamente, descendo esgoto abaixo nas águas fétidas e apodrecidas do vermelho-sangue que estão lavando as ruas do país. 
     Cristãos, estejais alerta! Mostrai a força de sua fé. Alertai-vos contra verdadeiros "lobos em pele de cordeiro", os quais se fingem de carolas (de última hora) para mascarar sua verdadeira fé: a fé do poder, status, governabilidade. Certos partidos (e seus coligados), como um verdadeiro trator desgovernado, está atropelando e esmagando impiedosamente a nossa dignidade moral e religiosa, fortificada e fundamentada nos princípios cristãos. Estão, o que é pior, desafiando, afrontando Deus. Somente uma coisa poderá deter esse veículo: o nosso dedo. Nas teclas (números) certas. Como David enfrentando Golias, um simples dedinho terá o poder de destronar o oportunismo, o orgulho e arrogância do "já ganhamos". A exemplo das profecias bíblicas, o Brasil parece estar vivenciando seus "mil anos" de domínio satânico. E a única arma que temos em mãos para prender este anjo-mau no cárcere do ostracismo político, é o voto. Afinal, 13 não é o número da má sorte? Não é, desde os tempos de Cristo, um número amaldiçoado? Não foi Judas, o Iscariotes, o décimo-terceiro à mesa da Santa Ceia, o traidor, o falso, àquele que apunhalou Jesus pelas costas?
     Dilma Rousseff tem-se mostrado contrária - agora que os católicos e evangélicos descobriram suas verdadeiras ideologias - a polêmica "quase" lei sobre o aborto. Mas, veja o que ela disse em sabatina no jornal Folha de São Paulo e também em entrevista a revista Marie Claire (2007): "Acho que tem de haver a descriminalização do aborto. No Brasil é um absurdo que não haja"... (?)... Então? Como é que uma candidata, a qual se vangloria em suas entrevistas de ser coerente com suas verdades, vai mudar de opinião assim, de uma hora para outra? Para conquistar o voto dos religiosos, das pessoas decentes, de princípios morais inabaláveis, tementes a Deus - e não àquelas irresponsáveis que engravidam depois de uma noitada no remelexo das baladas - o PT, querendo perpetuar-se no poder, diz que quer (eu falei QUER e não VAI)  tirar o aborto do seu programa. Isto são fatos. Basta pesquizar, ler, procurar nos arquivos. Em abril de 2005, no Segundo Relatório do Brasil sobre o Tratado de Direitos Civis e Políticos, apresentado ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Nova Iorque, EUA, o PT comprometeu-se a legalizar o aborto. Esta forma de desrespeito à Vida, aos mandamentos divinos ("não matarás") não pode estar agradando aos céus.  A grande preocupação de todas as Igrejas, seja ela qual for, é seguir no caminho da retidão moral, respeitar e preservar o bem mais precioso que nos foi dado: viver. Como, então, pode-se explicar a decisão de um cristão (?) que vai votar, eleger uma candidata que, declaradamente, segundo a imprensa, é a favor do aborto? Tal atitude demonstra cumplicidade com um crime hediondo, sem perdão aos olhos de Deus. É assim, eleitor e cidadão, que você quer se salvar? Condenando sua própria alma? Imagine a cena: você, depois de morto, diante de Deus, pedindo perdão pelos seus pecados. E o que Ele irá, sábiamente, responder? "Como você quer que Eu lhe perdoe, se você não perdoou?" Do que adianta ao homem "ganhar o mundo se vier a perder sua própria alma"? O fim dos tempos, cristão, está próximo. Arrependei-vos e crede somente no Evangelho. Enquanto é tempo. Escapamos de 2000, mas 2012 se aproxima. 
     Esta discussão polêmica em torno da questão do aborto não está resolvida - ao menos aos olhos dos cristãos - à favor da candidata petista, como o governo quer fazer crêr. Ao contrário: a máquina governamental conseguiu apenas "abafar", deixar a "conversa para depois", quando, aí sim, no alvorecer de janeiro, será tarde demais para "chorar pelo leite derramado". O problema é que eles sabem como camuflar isto, hipnotizando, manipulando a opinião pública a seu favor. Conversas com bispos e pastores evangélicos, ida ao Santuário Nacional de Aparecida, não podem - e não deve - enganar a boa fé de uma nação reconhecidamente cristã, de um povo que, veementemente, repudia esta postura.
    São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espirito Santo, Goiás, Vitória da Conquista... Depende de vocês a eleição certa, na hora certa para "acertar" o relógio do Brasil. Aposentados, deixem no domingo o comodismo de seus lares e façam valer seus direitos de cidadãos, de pessoas experientes na vida, votando à favor de um Brasil decente, habitável, à favor da fé em Deus. Jovens, experiência de vida e política, óbviamente!, vocês ainda não tem, mas reflitam: o Brasil está na iminência de "quem sair po último apagar a luz do aeroporto", então, o que vai ser do meu futuro? Funcionários públicos, urna não fala, é um túmulo de discrição. Jamais seus chefes saberão em quem vocês votaram. Mas a sua consciência e, principalmente Deus, sabe. Seus filhos e netos dependerão do seu poder de decisão (o voto) para ter um futuro digno e abençoado. Além do mais, no aqui e agora, seus vencimentos estão bons? Existe um plano de carreira para àquele com capacidade e competência assumir cargos de chefia ou vocês tem de assistir, impotentes, a promoção dos "apadrinhados"? Mulheres, que idéia sem sentido é esta de votar em Dilma porque ela é mulher? Vote nela, sim, se vocês se identificarem com o plano de governo dela, as ideologias políticas, e não porque ela - também - veste saia. O tempo urge, eleitor brasileiro. Domingo será o divisor de águas no destino político, social, moral e religioso do país. Cabe a todos nós decidirmos que futuro teremos nos próximos quatro anos.
     Serra ou Dilma, seja qual for que assuma o gabinete presidencial apartir de janeiro, esqueçam as mazelas políticas-partidárias e lembrem que existe uma nação, um povo que dependerá de suas decisões. Boa sorte a vocês. E a todos nós. Que Deus nos ilumine (na hora do voto) e abençõe.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                          SANFERR, 28.10.2010

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

CHEGOU A HORA (E A VEZ!) DE UM GRANDE LÍDER.

  JOSÉ SERRA

   CHEGOU A HORA (E A VEZ!) DE UM GRANDE LÍDER.


     A fotografia que ilustra o alto deste artigo pode ser profética. Observem a postura, a dignidade e lesura de caráter (estampada na face) de um autêntico chefe de Estado. Os que não são da área podem dizer que não tem importância, mas isto é relevante, sim, pois - na eleição presidencial americana de 60, nos EUA - Richard Nixon, por estar mal iluminado, péssimamente maquiado (ou sem), perdeu a eleição num debate da TV para o representante da tradicionalíssima família Kennedy - John Fitzgérald - o qual se elegeu novo inquilino da Casa Branca.
     O segundo turno se aproxima. Brasil, 2010. Estamos curiosos diante de uma pergunta que não quer calar desde o último dia 03: se o presidente Lula tem 82% de aprovação popular, como se explica os 46% de Dilma Rousseff - sua aluna e afilhada - no primeiro turno? Estou ficando burro (matemáticamente falando) ou, então, é verdadeira a minha tese que as pesquisas não condiz com a realidade e são manipuladas para "fantasiar", forjar um cenário político que não existe, é utópico, apenas para dar como certa a preferência do eleitorado pela candidata petista. Tal situação repercute negativamente na cabeça dos menos esclarecidos (que se deixam enganar com as mentiras do PT), dos jovens (que se deixam seduzir pelas orientações tendenciosas de certos "educadores" comunistas nos cursinhos pré-vestibulares), daqueles que não tem maturidade política (e se deixam enganar por um falso progresso, a falsa promessa que o PT vai tirar o país da pobreza - ou não seria tirar eles próprios?) e, portanto, não sabem votar com consciência. E o que é pior: repercute drásticamente na mentalidade (ou falta dela) de outros que pensam errôneamente "se Dilma vai ganhar, meu voto é que não vou perder". (E depois, nos quatro anos vindouros, vão chorar pelo leite derramado!). E é aí que os idosos devem fazer o máximo de esforço para ir às urnas para defender a aposentadoria que Serra quer aumentar (e não deixar o PT fazer "graça" com seus projetos "engana tolos" retirando dinheiro para sustentá-los justamente dos nossos velhinhos); é aí que os cristãos, católicos e evangélicos, devem deixar suas diferenças religiosas de lado e se unirem para retirar os votos de uma mulher (?) que é a favor do aborto; é aí que as famílias decentes, de bem, que tem a ética e a moral como bandeira, não permitir que a vergonheira dos escândalos petistas perpetuem-se por mais quatro anos. 
     Brasil, somos uma nação de homens ou um covil de ratos?
     A coordenação de campanha, os marqueteiros de Dilma Rousseff, estão apresentando a candidata como uma deusa, a "salvadora da pátria", a super-mulher, ou melhor, a própria Diana Prince (a Mulher Maravilha, lembram?). Só que àquela do seriado americano da década de 70 tinha poderes e brilho próprios. Não era influenciada, comandada por terceiros, não era uma marionete. Dilma Rousseff pode ser simpática, boa de conversa (orientada, claro), levar o povo "no gogó", mas não é - e nem nunca será - uma líder nata (tanto que na única oportunidade que teve na vida de gerenciar um negócio, faliu sua loja - e o Brasil não pode ir à falência! - uma fada madrinha com sua vara de condão prestes, a um simples toque, resolver nossos problemas. Falta-lhe, ao contrário de José Serra (PSDB), experiência política e administrativa, competência e estrada, anos e anos à frente de um governo. Uma coisa é chefiar - e deu no que deu - a Casa Civil. Outra, completamente diferente, é comandar uma nação. (Corre em São Paulo uma piada pronta na boca do povo: Casa Civil? Você não viu? Boca piu!... E agora, como se não bastasse, a PF (e olhem que a sigla não significa prato feito na mesa dos "bolsistas") anuncia para todo o país que descobriu os autores - e mandantes - da quebra de sigilo fiscal na Receita Federal contra os familiares de José Serra e integrantes da alta cúpula do PSDB. E o presidente Lula, numa tentativa desesperadora - e revoltante! - de encobrir, mais uma vez, os erros do PT e, consequentemente, dos responsáveis pela campanha de Dilma Rousseff, tenta amenizar esta situação gravíssima, jogar para debaixo do tapete (desta vez da Polícia Federal), os podres de pessoas que querem, a qualquer preço, imortalizar-se no poder. Brasileiro, abra o olho. Só não vê quem não quer. Quem vai causar mal, arruinar, destruir o Brasil? Dilma ou Serra? Quem passa tranquilamente pela PF no setor de embarque de qualquer aeroporto sem receio do bip-bip? O partido dos escândalos que envergonha o país diante do mundo ou o PSDB que sempre foi respeitado internacionalmente por sua integridade moral e política?
     Outro tópico interessante que temos de observar e refletir, é o seguinte: quem votou em Dilma ou Serra no primeiro turno vai honrar o compromisso no segundo, claro! Salvo raríssimas excessões, a depender do posicionamento de cada um deles sobre diversos temas (aborto, Correios, Eletrobrás, Casa Civil, Erenice e seus filhos, meias e cuecas recheadas de dinheiro) nestes dias que antecedem o pleito eleitoral. Sabe-se que Dilma perdeu, e muito, com relação a polêmica instalada pela discussão sobre a legalização do aborto, já que os cristãos jamais votarão numa mulher que se diz a favor desta barbaridade. (E Dilma não tem como negar que é a favor da abortagem generalizada, porque deu entrevista a revista Marie Claire em 2007. É só pesquisar os arquivos). O importante agora são os votos dos indecisos. E, principalmente, dos simpatizantes de Marina Silva (PV), a qual, sábiamente ou não, decidiu ficar "em cima do muro", não se comprometer, vislumbrando com esta atitude uma possível candidatura em 2014. Tal posicionamento da representante ecológica não me surpreendeu nem um pouco. Eu já dizia, em bate-papos com políticos, família e amigos, que ela ia se fazer de cega, surda e muda para não desagradar ninguém. Aliás, já observaram que as mulheres de valor, as "cabeças pensantes" (intelectuais) que um dia fizeram parte do PT, a exemplo de Marina e Heloísa Helena, abandonaram o barco? Coincidência? É óbvio que não. Está mais para revolta e indignação com este lamaçal, essa onda de escândalos. É para se pensar, pois nem todas as mulheres são iguais, são comprometidas - a exemplo de Marina e Heloisa - com a ética e a moral. Sabendo-se disso, temos de ser coerentes. Marina Silva rompeu com o PT por discordar sobre diversos temas e a ideologia do partido, provando assim não ter vínculo algum com o lulismo, dilmismo ou "trezismo". Ela pulou do barco (batizado como PT) antes desse mar de lama, da corrupção, do favorecimento ilícito (quem não se recorda do mensalão, das meias e cuecas?), do nepotismo (Erenice e seus rebentos), levar para o fundo do lago Paranoá em forma de uma tsunami maldita, os Correios, a Casa Civil e a Eletrobrás. Marina sentiu, de longe, o mau-cheiro de um bolo petista estragado, azedo, fartamente recheado com ingredientes podres, ou seja, os "fichas sujas". E agora, para piorar ainda mais a situação do PT, Dilma diz no programa eleitoral do rádio/TV que "o homem em si é mais sintético(?) e a mulher sabe cuidar melhor das coisas"... (?)... Esta frase infeliz da presidenciável colocou numa tremenda saia justa os homens do PT e das coligações que lhe dão suporte, a exemplo dos governadores Jacques Wagner (BA), Sérgio Cabral (RJ), dentre outros. O que, afinal, ela quis insinuar com isso? Que eles não vão cuidar bem de seus governos? Então é esse o grupo dela? Dos incompetentes? Olhe só, eleitor, em que barca furada você vai embarcar.
     Com o PSDB e, por conseguinte José Serra, não teremos "bagaceira no pé da ladeira". O affair de Marina Silva não passou do "olá, como vai?" e um simples beijinho de cortesia, respeito, para depois não saírem por aí dizendo - os petistas despeitados,  ex-parceiros - que ela é traidora.
     Muitos alardearam, levianamente, por aí que o PSDB, José Serra, FHC, Aécio Neves, Geraldo Alckmim, etc., são da velha guarda, fazem a velha política. Inconcebível! Então, neste caso, qual é a nova? A política da utopia, do ilusionismo, do hipnotismo? Será que o maior estado do país (São Paulo) está iludido, hipnotizado? Certamente que não. Os paulistas, e paulistanos, sabem o que é ter um governo competente, transparente, verdadeiro e que não ilude, hipnotiza, como o PT fáz em determinadas regiões do país, principalmente o norte/nordeste. O PSDB é um partido como outro qualquer, sujeito a erros e acertos. O diferencial - e todos sabem disso, mesmo àqueles que não vão votar em Serra - é que apresentou como candidato à presidência um homem decente, íntegro, capaz de governar com dignidade. Já o PT, escândalos e corrupção vem de décadas, de geração em geração, não se passando um dia que não fiquemos constrangidos - diante do mundo - com o aparecimento de um novo tititi envolvendo seus representantes. E com o Serra? Cadê as baixarias, a não ser aquelas produzidas, inventadas com o intuito de desestabilizar sua candidatura, por pessoas mentirosas, invejosas, que não admitem seu talento político. (Agora, num ato tresloucado, militantes petistas - industriados, claro! - tentaram bagunçar a passeata de José Serra na zona oeste do Rio de Janeiro, e a notícia chegou a São Paulo, ao Brasil e ao mundo, causando-nos revolta e indignação). 
     Ao contrário de Dilma Rousseff, Serra não pergunta a "seu chefe": o que é que eu faço, falo? Ter sido presa e torturada pelo regime militar não é pré-requisito para assumir o governo de uma nação. Serra foi obrigado a deixar o país. Isto - ter vivenciado na própria pele esta fase negra, vergonhosa, de recente história do Brasil - não é credencial para subir a rampa do Planalto. Se fosse asim, seria incalculável o número de possíveis futuros candidatos... Caetano Veloso viveu anos no exílio. Precisou até que a cantora Maria Bethânia, sua irmã, num gesto audacioso, batesse à porta do presidente Ernesto Geisel ou Emílio Garrastazu Médici (não me recordo) implorando que fosse concedido ao compositor o direito de vir ao Brasil participar das bodas de ouro de d. Canô e seo Zezinho. Mas, nem porisso, Caetano jamais se candidatou ao cargo máximo do poder executivo federal. Porque, inteligente e culto, ele sabe que governar um país não é "brincar de bonecas", gerenciar uma lojinha de brinquedos; é complexo, precisa-se saber onde "tem o nariz", conhecimento de causa. Governar um país não é brincadeira de "Alice no país das maravilhas". 
     Enfim, o Brasil vive nestes últimos dias, seus terríveis momentos de paciente terminal na UTI. Poderá vir a sobreviver ou falecer dependendo da medicação (o voto) que seus milhões de médicos (os eleitores) irão injetar na veia (a urna) durante o procedimento cirúrgico (a eleição) do próximo dia 31. O roupão verde (e aqui recordamos mais uma vez o PV) não pode ser maculado com o vermelho-sangue (a bandeira do PT) num corte brusco na veia aorta (o palácio do Planalto) que levrá o paciente (Brasil) a uma morte lenta e dolorosa. O padre, ou o pastor, poderão ser chamados e aí... lembrar-se-ão da polêmica (bastante pertinente) sobre a mortandade dos "anjinhos": o aborto.
     José Serra tem como aliados homens e mulheres que não se agridem, se ofendem mútuamente, como fez Ciro Gomes - antes de ser chamado para coordenar a campanha petista - com o vice de Dilma, Michel Temer, chamando-o de "chefe de um ajuntamento de assaltantes". (Sem comentários, of course").
     Com esta eu deixo você, leitor, a pensar com "seus botões", botando a cachola para funcionar e a ponta do dedo - nos dígitos da urna eletrônica - para decidir o futuro do país.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem e, na próxima quinta-feira, se Deus quiser, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                  SANFERR, 21.10.2010

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

   


DILMA ROUSSEFF
                       O BRASIL VAI "AVERMELHAR" (DE VERGONHA!) SE O VERDE-AMARELO VOCÊ RENEGAR.


     "Deixai vir à mim as criancinhas porque delas é o reino dos céus", disse Jesus há mais de dois mil anos. Hoje no alvorecer de uma nova era, o século XXI (coicidentemente também um bebê recém-nascido, já que estamos na primeira década), a candidata petista ao governo federal, Dilma Rousseff - a qual nos últimos dias tem se mostrado tão patéticamente religiosa (?) e com uma fé inabalável, sólida, capaz de matar de inveja qualquer santa do alto do seu andor de procissão - parece não saber disso. Ou, então, antes desta espantosa explosão de religiosidade vir à tona, ela queria mesmo era levar a frase ao pé da letra despachando, sem passagem e sem passaporte, as indefesas criancinhas direto para o céu antes delas terem o direito de vir ao ao mundo e enxergar (infelizmente!) a luz vermelha - e olhe que o Brasil ainda não é um bordel - de um país quase à beira de um iminente colapso moral, social e religioso. Quando eu disse queria estava me referindo ao fato dela ter esta constrangedora e polêmica opinião acerca de um assunto que assusta, preocupa e envergonha toda a sociedade cristã, além principalmente,das mulheres decentes, de caráter ilibado: a legalização do aborto. Agora, depois da repercussão mundial (negativa, é claro!) que o tema causou e depois de ter perdido milhões de votos. Por conta disso, o PT e Dilma tentam, à todo custo, remendar a saia justa. Pessoas decentes, de caráter, tementes as leis divinas, com maturidade política e social, jamais votarão numa mulher que se diz a favor do aborto. Nestes últimos instantes de campanha, como num passe de mágica, influenciada talvez pelos poderes do ilusionista Harry Houdini visando espertamente angariar a simpatia de "gregos e troianos", cristãos de todos os segmentos religiosos e, enfim, toda a sociedade, Dilma Rousseff declara-se contrária à idéia que durante anos de militância "vermelha" defendeu com veemência. E todos sabem, até o mais simplório e influenciável dos eleitores, que os partidos políticos que tem a Rússia e Cuba como espelho, são contra os principios morais e religiosos, de qualquer igreja, seja católica ou evangélica. Ora! Uma atitude no mínimo estranha. Só prova uma total falta de maturidade - social, política e religiosa - para alguém que pleiteia ser presidente de uma nação reconhecidamente cristã como o Brasil. Se eleita, ela vai - e o povo não terá mais como "chorar pelo leite derramado" - mostrar a sua verdadeira face, traindo a confiança daqueles que, porventura, confiar nela. Trocar de opinião, idéias, assim do nada, de uma hora para outra, como quem troca de tailleur, ou melhor dizendo de sapato (perdoe-me, scarpin!) não condiz  com o perfil de uma presidenciável. É óbvio que se trata de uma manobra, uma estratégia política de última hora para conquistar o grande número de votos dos seguidores de Cristo. O que se pode dizer, afinal, de uma mulher que se diz a favor do aborto? Imagine, então, o que ela, sendo eleita, não poderá fazer à frente de um barco - prestes a naufragar - chamado Brasil? Estamos à beira de um precipicio e vamos quebrar a cara, ou melhor, o salto (neste caso baixissimo!) da dignidade humana, da moral, da ética. Coinicdentemente ou não, o Espirito Santo e a cidade de Vitória da Conquista (Ba) estão radicalmente contra ela. O Estado que leva o nome de uma das três Pessoas da Santíssima Trindade e a cidade - Conquista - que deseja conquistar dias melhores, o direito de suas crianças virem ao mundo e se tornarem seres-humanos como ela (e tantos outros que são a favor do aborto) é. Deus lhe deu com a vida o direito de nascer, crescer e hoje ser uma candidata a presidência. Será que estas pessoas (a favor do aborto e, portanto, criminosas) nunca parou para refletir: "E se eu não tivesse nascido"? Aborto é um dos piores crimes da humanidade, quiçá o mais hediondo deles. Adolf Hitler, com toda sua demência e malignidade, com todo holocausto e campos de concentração, é "ficha limpa" diante de um crime contra um ser indefeso, que nem ao mundo veio. Surpreendentemente, a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), segundo os orgãos da imprensa escrita e falada, diz que vai apoiar a candidatura da petista no segundo turno. Cadê a coerência religiosa? É assim que eles temem a Deus, são comprometidos com Seus mandamentos? Ou o que eles querem é ficar ao lado de quem (aparentemente) vai vencer a eleição e assegurar para sua comunidade evangélica cargos no primeiro e segundo escalão da república? Em troca de status, poder, esses "irmãos" (assim, desse jeito, felizes dos únicos), esses "abençoados" traem o próprio Deus? (Imagine um amigo!). O Brasil sempre foi - e deverá continuar sendo - verde e amarelo. E não vermelho-sangue do aborto. Certas meretrizes tem tanta moral e fé em Deus, que se recusam a abortar...
     Lembre que voto é secreto e urna não tem boca, não fala. Não tenha receio de votar contra as orientações de seus pastores e bispos, porque eles não saberão jamais em qual candidato você votou. Mas Deus sabe.
     Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor. E a nossa, até então, só não vê quem não quer, era um país governado por homens verdadeiramente religiosos, tementes a Deus e não descrentes, inimigos de Suas leis. De uns tempos para cá, o que tem acontecido com a natureza? Coisas que jamais se ouviu falar, como, por exemplo, tremores de terra. E não venham me dizer que a culpa é do aquecimento global, camada de ozônio, blá-blá-blá. Também. Mas, principalmente, porque quem está no poder, no comando da nação, são homens sem conhecimento da palavra fé, sem noção dos ensinamentos divinos. Deus, certamente, não deve estar aprovando, gostando do Brasil nos últimos tempos. O que antes se via acontecer apenas no exterior, as reações da Mãe Natureza, estão ocorrendo agora aqui, em solo brasileiro. E o que é preferível? Está com ou contra Ele? Menosprezar as leis do Todo Poderoso por causa de umas tais "bolsas não sei de que", as quais não passam de porta-níqueis, "ouro de tolo"? A decisão é sua. (Escapamos de 2000, mas 2012 está às portas).
     O eleitorado brasileiro, nesta época especifica de eleições, está sendo enganado, ludibriado na sua boa fé por dias melhores, fazendo papel de bobo - e bobo hipnotizado, o que é pior! - numa corte que não tem nada de engraçada. Presidenciável é para ter idéias próprias, projetos relevantes nascidos de sua cachola, fruto de sua competência, porque sendo assim - autoral - estes mesmos projetos serão colocados em prática com prazer, entusiasmo, certeza de que está se fazendo a coisa certa. (É a mesma coisa de se colocar o preto no branco, como este colunista fáz). Presidenciável não deve ser papagaio de repetição no horário politico: "Vou continuar fazendo o que o mestre mandar". O que é isso, pelo amor de Deus? A presidenta vai governar um país ou ser aluna, aprender na sala de aula - o palácio do Planalto - como deve administrar? Isto está me cheirando a um novo apagão. O apagão do país. Se ao menos fosse apagão lá no Rio Grande do Sul, tchê!... Tal situação me fáz recordar uma célebre frase que muito se ouviu falar nas décadas de 70/80: "Quem sair po último apague a luz do aeroporto", lembram? Eu era adolescente (ainda tinha cabelo na cabeça), o país vivia, sim, sob o comando dos generais, no apogeu da ditadura militar, enfim, os tempos eram outros. E os motivos para se deixar o país no blecaute, no apagão, também, of course! (Em Nova Iorque costuma-se perguntar: "O Brasil tá nas escuras?"). Parece que agora, infelizmente, o jovem que naquela época ainda nem era um feto ameaçado pelo aborto, poderá fazer uso desta frase profética no primeiro dia do ano vindouro. (Se votar incoerentemente, inconsequentemente, apenas por achar, deduzir, que o PT é o salvador da pátria). E não adianta depois chorar, não, porque o AIR LULA vai decolar - para um destino ignorado - e o Brasil, cá embaixo, afundar. À ver... nuvens ao vento!?
     Realmente, cada povo tem o governo que merece. Estão satisfeitos com o crescimento vertiginoso do tráfico de drogas, as mortes nas portas dos hospitais depois de meses de sofrimento e humilhação ao bel-prazer de funcionários mal-humorados e mal pagos, menores assaltando à luz do dia com pose - e coragem! - de adultos, idosos perecendo à míngua porque a aposentadoria (outra vergonha nacional) não deu para ultrapassar a primeira semana do mês, mesmo com a (pasmem!) distribuição gratuita das tais "bolsas não sei de que". (O gratuito sai caro, já que quem "paga o pato" com essa caridade, essa esmola, são justamente àqueles que muito já deram de si pela nação). Se ao menos fossem bolsas Hermès, Victor Hugo, Dior, Givenchy, Dolce & Gabanna, adquiridas na 5th. Avenur (New York); mas são porta-níqueis (da famosa butique das calçadas, a Le Camelôt) furados que não conseguem guardar as míseras moedinhas neles colocadas pela geração ISMO (antes o lulismo e agora o dilmismo) como, reitero, esmola e caridade, para bobalhões que ficam de "dentes arreganhados" com a "bolsa", mas depois de, no máximo, sete dias amargam o desespero de perceber que a "ajuda do governo popular" não deu para matar a fome de sua família. Isto tudo porque o único ISMO que deu certo - e todo o país sabe disso - foi o carlismo na Bahia. Porque ACM, o falecido e inimitável senador, papa da política brasileira, jamais foi aluno de quem quer que fosse. Ao contrário, nasceu - politicamente falando - mestre. Mestre de idéias e obras. Ele tinha o poder para fazer e a força do querer. E não era "força na peruca". (Se é que me entendem!). ACM e vários políticos de sua geração tiveram a religião como farol em suas decisões políticas, sempre - no poder ou não - frequentando a igreja, participando de suas celebrações, comungando (ou participando de cultos, no caso dos evangélicos); nunca foram políticos religiosos (?) de carregar andor até o momento da apuração do último voto... Nunca usaram a palavra fé como chamariz para votos. É para os cristãos, evangélicos ou católicos, observar e avaliar esta repentina religiosidade.
     Estamos às vésperas de uma nova eleição. Milhões de brasileiros vão às urnas no dia 31 de outubro com um desejo (mudar o Brasil para melhor) e uma incerteza (se fará a escolha certa). Muitos, sem cultura, inteligência e, por conseguinte, bom senso - salvo raríssimas excessões - votarão no PT sonhando que são "Alice" e estamos "no país das maravilhas". Bobos! Tolos! Não conseguem enxergar "um palmo à frente do nariz". A não ser que estejam esperando, apartir de janeiro, o BMW buzinar á sua porta, o guarda-roupa repleto de griffes francesas e saltos (!) de Milão, trocar a cervejada por champanhe borbulhante, o sambão das barracas de praia por um aconchegante happy-hour bebericando um legítimo 12 anos, a mega-sena, o principe encantado (falso e traidores, como todos eles são!), a cura de todas as doenças... O partido dos tolos vai resolver tudo isso. Basta a fada-madrinha levantar a varinha de condão!... Acordem. O Brasil está mais para uma arena, os brasileiros para mártires e o PT, a exemplo de Nero, que ateou fogo em Roma, o imperador autoritário, arrogante. 
     É inconcebível saber que muitos dos nossos compatriotas irão às urnas votar em Dilma Rousseff porque é mulher. Ora! Nem todas as Anas, Rosas, Dorotéias, Daisy, são Marina Silva. Uma guerreira, no sentido literal da palavra, que soube lutar até com seu ex-chefe, seu ex-partido, para defender suas ideologias e não se deixar conquistar por um poder efêmero, utópico, marginalizado por sucessivos escândalos camuflados debaixo dos tapetes da Casa Civil. Oxalá Marina não decepcione os milhões que votaram nela, acreditando em sua correção e lesura, sua competência, aliando-se (novamente0 ao grupo que, sábiamente, soube se afastar na hora certa.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!.


                                                                                            SANFERR, 14.10.201O


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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

BENTO XVI
UM NOVO (E CONSERVADOR?) ROSTO PARA A IGREJA

A igreja (verdadeira e única!) fundada pessoalmente pelas palavras do próprio Jesus – quer queiram ou não outras crenças e religiões – há mais de dois mil anos num rápido, mas bastante expressivo e histórico diálogo entre Ele e Simão Pedro (Mateus, 16, VS. 13-20), é a católica. Se fosse diferente, as palavras ditas na tal conversa não teriam sentido e Pedro não seria o primeiro papa. Muitos, hoje e outrora, desde sempre, querem esquecer os fatos vivenciados físicamente pelo Cristo. Martinho Lutero foi um deles. Talvez – por ansiar esconder esta verdade – tenha sido o mais demente, revolucionário e rebelde líder religioso que já se ouviu falar. Agora, em pleno século XXI, mais precisamente de cinco anos para cá, a igreja católica tem tido um representante à altura da responsabilidade confiada pelo Filho do Homem ao sucessor de Pedro, ao “pescador de homens” e não “caçador” de fortunas, como em certas religiões que proliferam vergonhosamente, assustadoramente por aí visando únicamente a conquista de bens materiais, pouco se lixando com o maior ensinamento de Cristo: o amor ao próximo, a salvação das almas. Este ser iluminado pelo Espírito Santo é o santo Padre, Sua Santidade, o papa Bento XVI, sucessor do inesquecível e – também “santo” (pelas sementes que plantou) – o inconfundível João Paulo II. Bento XVI tem noção do dever à cumprir, da herança que recebeu com a morte de João Paulo II, como chefe da igreja milenar e, porisso mesmo, tem correspondido satisfatóriamente a todas as expectativas que os fiéis católicos depositaram em suas mãos desde que foi escolhido pelo colégio cardinalício para sentar na cátedra de Pedro.
Num momento delicado, constrangedor, no qual o Vaticano sofre com as notícias escandalosamente divulgadas mundo afora sobre a má conduta de alguns de seus comandados, o papa tem se mostrado firme e justo – não poderia ser diferente sendo representante de quem é – agindo com coerência aos seus princípios morais e religiosos, além de sociais, para “exorcizar” do seio da Santa Madre Igreja essas “ovelhas desgarradas do rebanho”. E aí, neste exato momento, não é o papa quem age; mas sim o homem de bem, o chefe de Estado respeitado, o cidadão de origem alemã. Críticas e ataques ao seu pontificado nunca abalaram a serenidade que lhe é peculiar e a confiança absoluta n’Aquele que orienta todos os seus passos à frente da igreja: o Espirito Santo. Claro! Ele sabe que é, digamos assim, o primeiro-Ministro de Deus na terra. O único entre os homens que reis e rainhas, cabeças coroadas, se curvam. (E em qual outra religião temos um líder com esta importância?).
Meticuloso – e, como todos os sábios – ouve mais do que fala. (Mas tem, coitado!, de ouvir cada pergunta, cada comentário infeliz de certos interlocutores, certos “entrevistadores” (?), os quais deveriam se informar mais sobre assuntos teológicos antes de abrir a boca). Por outro lado, quando se faz ouvir é objetivo tocando “sem dó e nem piedade” na ferida de quem está acamado, ou seja, os pecadores. (Todos nós!). Vai direto ao assunto, doa a quem doer, defendendo veementemente suas convicções, seus pontos de vista, sempre pertinentes, relevantes. É assim com a questão do aborto, do uso dos preservativos, dentre tantos outros temas que a igreja combate radicalmente e o povo – como sempre! – alheio as graves conseqüências futuras que tais atitudes podem trazer às suas vidas, começa a questionar, criticar. O que o povo quer? Se auto-proclamar um novo Martinho Lutero? Afrontar o papa, desafiar a Santa Sé? Ou quer, então, uma nova Reforma? Não é para se duvidar disso, já que tudo pode acontecer numa sociedade tão mística e profana como a que convivemos. Não é novidade para ninguém que hoje funda-se igrejas como quem inaugura uma casa comercial, um buteco de esquina e neles se vende de tudo: águas miraculosas, óleos santos que curam doentes terminais, ou até mesmo um lote no céu. Não é de admirar que tais “igrejas” – as quais falam mais no diabo do que no próprio Deus em seus cultos – cheguem ao cúmulo de afirmar que, em troca de alguns reais, que fecharam as portas do inferno, do purgatório, e todos (que comprarem a passagem, óbviamente!) irão direto para o paraíso, banquetear-se na ceia divina, entre Deus e Jesus, sob o olhar atento da pomba do Espirito Santo. Longe, claro! – já que, segundo eles, Ela lá não se encontra – do olhar piedoso da Mãe de Deus, a sempre (para nós) e nunca (para eles) Virgem Maria. Blasfemos! Como podem pensar que estão agradando a Deus se, por outro lado, xingam e desrespeitam a Sua Mãe?
Mas os problemas que Bento XVI tem enfrentado diariamente no seu gabinete papal não são apenas estes. Outros acontecem dentro da própria igreja. Por exemplo, o falso católico. E aí vocês perguntam: e tem esse também? Só tem. Aqueles indefinidos, que acendem uma vela para Deus e outra pro diabo, dançam por aí de saias rodadas e engomadas com um charuto do tamanho do mundo no canto da boca fingindo que estão incorporados, do que mesmo? Ah, lembrei! Dos “santos” (?). Como se alguém que passou pela terra com um comportamento de vida edificante, santificado, fosse “baixar” em terreiros para incorporar em qualquer um trambiqueiro ignorante que se diz “pai de alguma coisa”... O falso católico não sabe o que quer: vive pulando de um lado ao outro como macaco safado nos galhos de uma vida religiosa profana. E o pior que se dizem, afirmam categóricamente, que são católicos. Pergunte a eles o que é homilia, eucaristia, santos sacramentos, etc. Mas, enfim, não se pode fazer nada, já que não existe religião mais democrática e menos preconceituosa que a fundada por Jesus. Todos são aceitos e respeitados, jamais questionados assim que chegam com perguntas cretinas do tipo: “quer se entregar a Jesus?”. Ora! E desde que nascemos e, principalmente, fomos batizados e passamos de criaturas para filhos de Deus, somos – segundo eles – filhos de quem? De satanás? Se o próprio Cristo derramou seu precioso sangue para nos salvar, estes cristãos (?), nossos irmãos evangélicos, nunca ouviram falar em fé, esperança e caridade. Falso católico dá lugar as outras religiões atacarem, jogarem pedra na nossa, quando – sem a menor confiança no Todo Poderoso – buscam seitas e crenças à margem da Verdade para, entre um feitiço e outro, oferecer animais em sacrifício, buscando resolver assim seus problemas com o “preto veio”. Este, coitado!, está tão velho, caduco, que nem os próprios problemas consegue resolver, quanto mais os alheios. Eis aí, afinal, o retrato fiel do falso católico, que vai a Missa, comunga, adora (?) a Virgem Maria – quando na verdade Ela é para ser venerada – e, no final, entende muito mais de mandingas, sortilégios e advinhações sobre o futuro, do que o evangelho. É catedrático na arte de poluir rios e lagoas, contaminar as matas com seus “despachos” para prejudicar terceiros. Servem assim dois senhores ao mesmo tempo, sem lembrar que um deles – o pior – vai cobrar um preço alto demais no final das contas.
Bento XVI tem, a exemplo de Paulo de Tarso, um longo e espinhoso caminho diante de si até conseguir – se é que irá! – evangelizar estes católicos oportunistas. (E não estou julgando: são fatos, é a realidade). Discreto, Bento XVI não aparece com freqüência na mídia, não é um papa pop. Deveria, pois muitos crentes, católicos ou não, estão precisando urgentemente entender o significado real da palavra fé. Ele prefere agir nos bastidores da igreja, longe dos holofotes, ao contrário de outros líderes religiosos – inclusive alguns padres e bispos – os quais transformam suas celebrações em espetáculos digno de estelas do show-business. Com a desculpa que estão evangelizando, dão vez (e voz!) a seu egocentrismo, seus espírito frustrado de estrela decadente, correndo na contramão dos verdadeiros evangelizadores, a exemplo de São Francisco de Assis, Santa Tereza D’Avila. Santo Inácio de Loyolla, dentre outros, os quais fizeram da humildade uma plataforma política para fins religiosos. E o pior é que alguns fiéis do rebanho desses super-stars vão as igreja agindo como se estivessem num teatro adorando – não a Santíssima Trindade e venerando Maria –mas, sim, os astros dos altares. Afinal de contas, igreja é lugar de bíblia e terço ou de máquinas fotográficas, celulares com câmera? Justamente na hora do santo Evangelho? Da consagração da hóstia e do vinho na carne e no sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo? Óbviamente, o papa não deve aprovar tal comportamento, esses métodos “espetaculosos”, “carnavalescos” para evangelizar, atrair fiéis para a igreja.
Bento XVI sabe –e, certamente, deve dizer isso frequentemente aos seus bispos e padres – que igreja é a casa de Deus e não teatro: que púlpito não é palco e sacristia camarim. Quem deseja estar contrito com Deus, comungar dos seus ensinamentos, vai aos templos sem esperar encontrar lá batuque, remelexo, um quase samba-pagodeante (?) beirando a profanação, aquém do silêncio respeitoso que a casa d’Ele exige. Nada contra os carismáticos que – por conta dessa atitude – podem ser confundidos com antipáticos, mas uma pergunta básica se faz necessário: Deus é surdo? (E isto vale também para os cristãos evangélicos que berram ao invés de orar). Com o carisma que lhe é peculiar, Bento XVI vai tentar, aos poucos, mudar este cenário, sabendo usar as palavras certas, na hora apropriada, para não melindrar ninguém. E todos, católicos verdadeiros, falsos, simpatizantes ou não, darão o devido valor as palavras de quem tem o que dizer. Afinal de contas, estamos vivenciando um tempo ecumênico, num país onde vários credos e crenças andam de mãos dadas num autêntico namorico que começou bem lá atrás com o papa Joâo Paulo II.
Assim como seus antecessores, Bento XVI não é um líder comum, de decisões e atitudes previsíveis. Já teve, claro!, seus momentos difíceis, melindrosos no comando da Santa Sé, sempre se saindo bem, diplomáticamente. Conhecedor profundo da fé dos problemas sociais que atingem a sociedade moderna, ele poderia ser um papa coluna do meio, moderador. Mas, sendo alemão, não poderia ser diferente.
Oxalá – e não estou me referindo ao sincretismo religioso, vejam bem! – que nosso papa, conservador ou não, continue à frente da igreja milenar por muito tempo ainda. O povo de Deus agradece.
Au revoir para todos que me criticam ou aplaudem e, se Deus quizer, na próxima quinta-feira aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C’est La vie!
                                                                                                                                       SANFERR,7.10.2010
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