quinta-feira, 31 de março de 2011

O PECADO (DISSIMULADO) DAS FOGOSAS "BELAS DA TARDE"




DÉBORA SECCO,
Muitas mulheres tem uma "surfista" dentro de si.

"Não se detenha na beleza, porque da roupa sai a traça e da mulher a malícia feminina. É melhor a maldade do homem do que a bondade da mulher: a mulher cobre de vergonha e chega a expôr ao insulto". Eclesiástico, 42-vs.12


Para encerrar com chave-de-ouro o mês no qual, internacionalmente, comemora-se o Dia da Mulher (08/03), nada melhor que retratar aqui na coluna uma personalidade sempre polêmica e bastante carismática como Débora Secco ou, melhor dizendo, "Bruna", a mal-amada, incompreendida, a despudorada surfistinha? (Para os desavisados do esporte náutico, a modalidade praticada por ela - Bruna - nas Olimpíadas de alcova, motéis e similares, não tem nada a ver com "pegar onda"). O difícil mesmo, quase impossível, é distinguir uma da outra, como é compreensível muitos acharem que Natalie Lamour (Insensato Coração, TV Globo) é Débora Secco, ou vice-versa, já que tem personagens que se encaixam perfeitamente no perfil do intérprete. A personagem real (Raquel Pacheco) do filme de Marcus Baldini foi tão bem vivida por Débora - a qual sempre demonstrou em seus papéis, com raríssimas excessões, uma vocação para ninfeta ou, então, a imitação (quase) perfeita de Sônia Braga do século XXI - que muitos continuam fazendo a pergunta: quem é quem?
O filme que está causando inquietação (nos moralistas de plantão) e excitação (nos don Juans por opção) tráz em seu cast homes de peso como Cássio Gabus Mendes e Drica Moraes, além do atacante do Corinthians (Dentinho), o qual - não por sua atuação como ator, mas por sua performance como um dos clientes de Bruna - tem exibido "dotes" nunca antes imaginado por uma legião de fãs enlouquecidas, insaciáveis, que dariam (ops!) uma mão para estar com ele no lugar de Débora. Mesmo com a estória fascinante de Raquel, o filme não tem a originalidade e qualidade artística, a poesia de "Dona Flor e Seus Dois Maridos", "A Dama do Lotação" e "Bonitinha, mas Ordinária", sucessos de público e crítica nas décadas de 70/80, quando o sexo era exibido na telona com um certo refinamento - deve ter nascido aí a folclórica desculpa do "nú artístico" - e não beirando a (quase) imoralidade, a pornografia de hoje em dia. A cena clássica de Sônia Braga transando com Roberto Bonfim (atualmente na reprise de "O Clone", TV GLOBO, fazendo o papel de Edvaldo) no cemitério (A Dama do Lotação) tinha um quê de elegante, um charme erótico (?), sem mencionar a profundidade emocional - e carnal, of course! - tão explicita que fazia muitos casais suspirar de amor e não ter vontade de transar ali mesmo no escurinho do cinema. Tanto o personagem Solange (fictício) como Raquel/Bruna (real) tem aparentemente o mesmo perfil: bem situadas socialmente, que se entregam a qualquer um apenas pelo prazer. "Bruna Surfistinha", óbviamente, tem apelo comercial, mercadológico, mas não se sustenta como cinema-arte (e nem poderia), a não ser pelas impecáveis interpretações de Débora e seus colegas globais. Nada contra o argumento deste "Lolita" tupiniquim desenvolvido por Antonia Pellegrino e Karim Ainouz (O Céu de Suely, 2006) mas - e quem leu irá concordar comigo - o roteiro fica devendo (e muito) ao bestseller "O Doce Veneno do Escorpião: o Diário de uma Garota de Programa" escrito pela própria Raquel (Bruna) baseado nos relatos postados por ela mesma num blog autobiográfico. No texto literário (?) e no diário do blog - certamente iriam interessar ao Departamento de Estudos sobre Mulheres, Gênero e Sexualidade, da Universidade de Yale (New Haven, Connecticut, EUA) - tem passagens que fariam ruborizar renomados "desportistas de alcova" como, por exemplo, Messalina, marquês de Sade e Calígula, mestre do "surfe" sobre ondas femininas. E masculinas também. (Ou não!). Trechos do livro e do blog teriam inspirado o (já falecido) autor Moacir Scliar em "Manual da Paixão Solitária" (2008), vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Livro do Ano de Ficção, em 2009? É que tanto no excelente tratado do famoso escritor sobre o popularíssimo "cinco contra um", como no ousado relato de Raquel/Bruna as relações sexuais - participativas ou solitárias - são o tema central das aventuras (e desventuras) de seres-humanos que se sentregam aos prazeres carnais sem culpas, desde que o mundo fez Adão e Eva descobrir o "sétimo céu" que existe em cada um de nós logo abaixo do umbigo.
Apesar de Marcus Baldini ter relutado em escalar Débora para o papel - e só se convenceu que ela era a escolha certa depois de vê-la semi-nua numa camisola provocante, jogando sensualmente o cabelo para a frente - a atriz provou, mais uma vez, por que é unanimidade entre todos os representantes da classe masturbatória, digo, masculina. Sem desmerecer o talento (artístico) de La Secco (ou molhada, como queiram) o fato é que, a exemplo de umas e outras por aí, também o talento bundante de Débora ficou mais uma vez evidenciado. (E como!). Resumindo, sua interpretação - na vertical e horizontal - estourou (não a camisinha) a boca do balão detonando, tanto prezerosamente como financeiramente, as bilheterias de todo o país. Temos a nítida impressão, sem falso moralismo interiorano, que o livro/blog foi escrito por Raquel e vivenciado por Débora entre um orgasmo e outro.
O mundo comtemporâneo está passando por mudanças radicais. Velhos (pre) conceitos - de tão caducos, senis - estão sendo sepultados no túmulo do ostracismo. A sociedade está (passivamente) aceitando o amor de homens (mesmo sendo a maioria deles heterossexuais, para desespero das mulheres!) por gays, de mulheres com outras, a substituição dos cabarés da nossa adolescência, altar-mór das mulheres de vida (nada) fácil por motéis (atualmente) "bem" frequentados pelas moças de família...(?)... Mudanças tão visíveis que, pela primeira vez na história, uma chefe-de-Estado (Johanna Sigurdardottir, da Islândia) é assumidamente homossexual, expondo seu lesbianismo para o mundo sem medo de ser execrada, apedrejada em praça pública, como em alguns países muçulmanos. Sinal dos tempos ou fim do mundo? Não. Eu diria que é o início de uma revolução - feminista e feminina - na qual as mulheres (com todo o direito) estão mostrando talento, competência e capacidade para andar ao lado dos homens e não atrás deles, mesmo com algumas - medíocramente subjugadas pelo estigma do beijar, deitar, abrir as pernas e parir, simplesmente - teimarem em ser ainda arrastadas pelos cabelos como no tempo das cavernas.
Não é de hoje, voltando à temática principal do artigo, que atrizes como Brigite Bardot, Catherine Deneuve, Silvia Kristel, Nastasha Kinski, Sônia Braga, Lucélia Santos, Vera Fischer e várias outras - em épocas não tão liberais como agora - foram exibidas ao mundo pela sétima arte em cenas e posições picantes, as quais, atualmente, poderiam ser classificadas para menores de 14 anos como a "lua de mel de Branca de Neve".
Mulheres, aprendam que mais interessante do que ser as "belas da tarde" na horizontal é ser mulher (no sentido bíblico, afetivo e socialmente falando) na vertical, com dignidade, cabeça erguida e não, literalmente falando, de quatro rendendo-se ao poderio dos homens. Homens que tem de ter beau-geste (bom gosto) para tratar as mulheres como elas realmente merecem. (Se é que me entendem!)...
Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

SANFERR, 31.03.2011

de SANFERRPRESS para todos os leitores:


O Brasil está de luto porque se despede hoje de um grande político, um grande Homem. Como disse uma autoridade ontem no JN, José Alencar "ganhou o mundo sem perder a alma". Queira Deus que muitos, renomados ou não, parem, pensem e posicionem-se perante à vida tomando esse termo bíblico como lema.
Tancredo Neves, ACM, JK e agora José Alencar. Políticos que não passaram, Vão ficar para sempre. Em nossas lembranças.

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quinta-feira, 24 de março de 2011

UM PAÍS NA EMERGENCIA UM LOUCO NA UTI


GADDAFI,
O ditador bem que poderia (vestido assim) estar num bloco afro.


"Os fracos nunca perdoam. O perdão é um atributo dos fortes", disse Ganhi (1869-1948). Esta frase, sábiamente proferida pelo maior pacifista da história da humanidade depois de Jesus Cristo, deveria estar em moda nos aflitivos (e sem fé) dias de suspense e temor que o mundo está vivenciando, em todos os sentidos e lugares, especialmente na Líbia, onde os fatos recentes dão provas concretas que o homem está cada vez mais distante dos objetivos de paz do indiano. Por causa de um único homem, centenas, talvez milhares de vidas inocentes estão sendo ceifadas na Líbia. Este homem, ou melhor dizendo, esse ser-humano megalomaníaco, tirano é, consequentemente, como todos os tiranos, louco. O "cachorro louco", expressão usada nos anos 80 pelo (então) presidente Ronald Reagan para definir o "dog" líbio Muammar Gaddafi, depois do atentado ao avião da PAM AM que vitimou 270 pessoas, em 1988. O mundo nunca esteve tão assustado com os latidos de um cão que luta desesperadamente para não largar o osso, ou seja, o poder. Um poder que, à custa de um verdadeiro banho de angue, está perpetuando-se há mais de quarenta longos (e atrozes) anos. Chefes-de-Estado de todo o planeta estão se manifestando contra o líbio e algumas nações, a exemplo dos EUA, França, Inglaterra, dentre outras, uniram-se contra do ditador, bombardeando - com o apoio logístico da ONU e da OTAN - as instalações militares de Gaddafi desde sábado. Hoje está agendada uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, mesmo com Barack Obama sendo duramente criticado por estar pedindo (por demais) a opinião da ONU e da Liga Árabe. Até mesmo antigos aliados (e amigos) como o premier Silvio Berlusconi, da Itália, estão tomando posição, depois dele ter dito no final de fevereiro que "parece que Gaddafi não contêm mais a situação na Líbia". Todos (por mais minimamente informado que seja) sabem que Berlusconi era (?) um parceiro fiel do ditador e o recebeu com honras miliates em Roma, em agosto de 2010. Sem falar no (polêmico) presidente da Venezuela, Hugo Chavez, outro forte aliado, o qual - colocando-se em cima do muro - disse diplomaticamente: "Não posso dizer que poio suas decisões, mas, sim, apoiamos o governo"... (?)... Vai-se entender o que se passa nessas mentes dominadas pela "liturgia" de cargos poderosos.
Gaddafi tem o perfil de um verdadeiro tirano, obcecado, apaixonado pelo controle absoluto - como um Deus - do seu país. Em 1969, aos 27 anos, derrubou o rei Idris e assumiu o poder na Líbia. Foi casado com Fathia, com quem teve um único filho (Mohamad), separando-se dela seis meses depois para unir-se, então, a Safia, com a qual teve sete filhos: Saif al Islam, Saadi, Mutassim, Hannibal, Ayesla (única mulher da prole), Saif Al Arab e Klamis, além dos adotados Milad e Hanna, esta morta no ataque dos EUA a Tripoli, em 1986. Realmente, um perfil interessante que fascina qualquer um que queira se aprofundar nas pesquisas sobre sua trajetória de vilania, poder e sangue. A relação dos seus "feitos" é longa e assustadora: financiou o terrorismo (apoiando o IRA), atacou uma discoteca em Berlim, fora o boeing da PAM AM explodiu outro avião (francês) no deserto do Saara, assasinou presos de Abu Salim e, agora, depois de quatro décadas de horrores, luta bravamente para perpetuar-se no cargo, deixando atrás de si milhares de cadáveres. Um homem (?) assim é uma lenda viva. Da truculência, ferocidade e bestialidade. Um psicopata, um pária que fáz tremer a terra e revoltar o povo líbio; um povo que não tem Constituição, sendo que a força de Muammar vem das tribos que compõem a base do regime. E, diga-se de passagem, uma força relevante, já que a Líbia possui mais de cem tribos. (Não é à toa a sua ridícula - e deselegante - indumentária, um verdadeiro "atentado terrorista" ao bom gosto de Valentino, Lacroix, Liberace ou Dior). Um exército disposto a doar a própria vida para defender esse descompensado, sem noção, de todos (os países) que possam ameaçar seu reinado. Um reinado de poder (quase) utópico, inconsequente, mas que se auto-proclama acima do bem e do mal, capaz de jogar (Gaddafi) seus próprios filhos uns contra os outros. Então? É ou não, apesar de nefasto, terrível e temível, um personagem sui generis, merecedor de toda atenção e preocupação?
A fortuna de Muammar Gaddafi vem do petróleo, o qual "deu" ao ditador uma injeção de bilhões de dólares nas contas secretas (dele e dos filhos) nos bancos de Dubai e outros países do Golfo Pérsico. Uma injeção nada dolorosa se levarmos em consideração que US$ 100 bilhões não dói no bolso de ninguém.
Ao longo da história, revoluções - como esta que está acontecendo agora na Líbia - promovem grandes mudanças na vida de um povo, a exemplo do que aconteceu com a Revolução Francesa em 1789 e a Revolução Russa de 1917. Todos os povos e países tem o direito de serem livres, contanto que tal liberdade não seja conquistada a base de baixas na população civil, principalmente entre idosos, mulheres e crianças indefesas. Até quando teremos de suportar tantas atrocidades em nome de uma paz que pode nascer dentro de nós mesmos, apenas com a aceitação de uma simples palavra: perdão? Jesus Cristo, Gandhi, Martin Luther King, madre Tereza de Calcutá, João Paulo II e tantos outros renomados, ou anônimos, não lutaram em vão pelo lema "paz e amor". Ou lutaram? O tempo - senhor absoluto de toda razão - e a história, certamente, responderá à altura ao choro de quem enterra seus mortos.
Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

SANFERR, 24.03.2011

de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores (patrocínios e doações):

O mundo amanheceu de luto. Morreu Elisabeth Taylor, ou, para os íntimos, Liz Taylor, a dama dos olhos cor de violeta.
Assim como Jacqueline Bouvier Kennedy Onassis, Evita Peron, Diana Spencer (Lady Di) e tantas outras celebridades-eternas, Liz marcou toda uma época. Época essa que irá perpetuar-se na memória de todos nós. Mulheres, mirem-se no exemplo desta que foi - e sempre será - uma MULHER de verdade. Digna, e não do tipo de mulherzinha que mete vergonha às demais, mulheres sem valor, importância, medíocres, que vivem por que vêem os outros viverem. Mulher de verdade é aquela que cria, produz, deixa seu nome para a posteridade. A mulher não começa e termina com uma aliança no dedo. É muito mais do que isso. É Taylor, Lady Di, Evita, Jacqueline.
La Taylor, descanse em paz.


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quinta-feira, 17 de março de 2011

O PRIMEIRO HOMEM NA TERRA DO SAMBA, FUTEBOL E CERVEJA




BARACK OBAMA,
 O marco zero de uma nova (?) sociedade americana.

     É notório, do Ocidente ao Oriente, que as três personalidades mais importantes do mundo, são: o presidente dos EUA (Barack Obama), o papa (Bento XVI) e a rainha da Inglaterra (Elisabeth II). Os dois primeiros com poderes amplamente conferidos em todo o globo terrestre (quer queiram ou não alguns religiosos de plantão) e a última - uma infeliz coincidência por tratar-se de uma mulher (numa sociedade comtemporânea onde as descendentes de Eva mostraram - e estão mostrando cada vez mais - poder de decisão, a exemplo de Dilma Rousseff, Ellen Johnson, Cristina Kirchner, Tarja Halonen, Pratibha Patil, Mary Mcaleese, Laura Chinchilla, Dália Cpybauskaite, Angela Merkel, Johanna Sigurdardottir, Kamla Persad-Bissessar e Jadranka Kosor) - apenas como, digamos, mera figura decorativa no reino dos reis e rainhas disfarçado como conto de fadas no mundo do poder. Dois brancos tipicamente europeus e um mulato com um pé (por conta do pai) nos países de origem predominantemente negra. Mera coincidência (providencial) do destino? Certamente que não, já que a América do Norte, desde os tumultuados e históricos tempos de Martin Luther King, estava necessitando de um homem como Barack Obama para desestabilizar antigos preconceitos e a arrogância racial (?) de um povo que ainda não aprendeu a conviver com as diferenças. Principalmente as da cor da pele. Ou, então, aprendeu, e - por orgulho, falsa superioridade ariana herdada do povo germânico - não quer admitir que somos todos iguais diante de Deus. Barack Obama é o meio-termo entre o incendiário Malcolm X e o pacifista Martin L. King. Desde 1865, com a abolição da escravatura nos EUA, negros de coragem (e polêmicos!)  fizeram a história daquele país. Homens como Colin Powel, que comandou o Exército e, mais recentemente, o professor universitário Walter Williams, de 74 anos, um ativista radical que leciona Economia na Universidade George Manson, da Virgina. Cada um deles - e dezenas de outros mais - à sua maneira luta ou lutou pela igualdade na América do Norte.
     A fotografia que ilustra o artigo de hoje - distribuída internacionalmente pela agência Reuters, em 10.10 pp - ilustra perfeitamente isso, mesmo depois das autoridades americanas terem sugerido (na época) que tratava-se apenas de "um autor fanático por Obama", o qual queria que o homem mais poderoso do mundo lesse sua obra, um pequeno (em tamanho e insignificância) livro de bolso. Será mesmo? Particularmente, eu tenho cá minhas dúvidas do mesmo jeito que uns e outros correspondentes internacionais, os quais acham que tenha sido a maneira que um branquelo conservador e extremamente preconceituoso, do tipo que tem horror por pessoas de cútis escura, achou para expressar sua revolta por ter um negro no comando da maior nação do planeta. A verdade nunca iremos saber, pois o Serviço Secreto Americano não divulgou o teor do interrogatório com o suposto "terrorista literário", liberando-o logo após o incidente (?) como mais "um louco querendo notoriedade às custas do presidente".
     Homem simples, vindo literalmente dos braços do povão, de origem negra, cresceu na política audaciosamente, do tipo que sabe "cutucar a ferida" e casou-se com Michelle, sendo hoje pai de duas meninas. Com uma personalidade forte, controversa, apesar de aparentemente tranquilo, Obama sabe o poder que tem nas mãos, mas, por outro lado, também saber ser extremamente democrático ao ouvir e dialogar, sabendo mais ainda posicionar-se contra (se for o caso) em defesa dos interesses da humanidade. Foi assim no polêmico episódio do acordo firmado pelo Irã com o Brasil e a Turquia, em maio de 2010, para o envio de urânio com baixo grau de enriquecimento para o exterior, onde o papel do Brasil e da Turquia era apenas fazer a mediação. Os EUA ignorou o acordo e apresentou um projeto de resolução no Conselho de Segurança da ONU que previa sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear. (Hoje, com os terríveis acontecimentos no Japão, vemos que as nações têem de repensar a questão usina nuclear). É esse Obama - aberto a todas as questões mundiais - que o Brasil conhecerá de perto quando ele pousar por aqui na manhã de sábado à bordo do Air Force One. Durante o vôo, certamente ele dará (de próprio punho) os retoques finais no pronunciamento público que fará ao povo brasileiro no largo da Cinelândia, centro do Rio, como o fez no Cairo (Egito) em junho de 2009 e no parque de Tiergarten (Berlim, Alemanha) em 2008, antes mesmo de ser eleito. Naquele evento, Barack Obama discursou para 200 mil pessoas. (Acredito que, sendo o Brasil apaixonado e obcecado por tudo que vem da terra do tio Sam, esse número ultrapasse a marca dos quinhentos mil ouvintes). Infelizmente, além da cidade maravilhosa, o casal Obama só visitará Brasília onde a presidente Dilma Rousseff deverá passar por seu primeiro grande teste como anfitriã, recebendo o intelectual Barack e a charmosa, e não menos inteligente, Michelle.
     O teor do discurso na Cinelândia é uma incógnita, mas, segundo a imprensa internacional, Obama falará sobre o relacionamento do EUA com a América Latina e a atual situação dos povos indígenas. A Casa Branca é simpatizante da causa e aprovou o posicionamento de La Rousseff com relação as violações aos direitos humanos no Irâ (caso Shakinne, lembram?, perdoe-me se escrevi errado, mas é aquela mesma que foi condenada à morte por apedrejamento), como também as críticas ao tratamento dado a dissidentes cubanos. O certo é que Obama é um divisor de águas no cenário político mundial, um marco na história recente da White House, desde JFK. Um homem que não conseguiu se eleger presidente por ser herdeiro de uma grande fortuna ou por ter um nome de peso, mas, sim, por seu talento, competência e credibilidade. Ele tem provado ao longo de seu governo que não é apenas um mero administrador público, mas um líder nato desde os tempos de Senador, que soube tirar proveito das adversidades da vida para atingir seus objetivos em prol de uma sociedade justa, igualitária. Mesmo que esses objetivos sejam conquistados à base de baixas na sua equipe de governo, como aconteceu no caso do general James Jones (assessor de Segurança Nacional da Casa Branca), depois dos comentários dele feitos ao jornalista Bob Woodward no liviro "Obama's Wars", ou, traduzindo ao pé da letra, "Guerras de Obama". O certo é que Jones nunca foi de fato um homem da inteira confiança da Obama, muito ao contrário. É só ler o livro de Woodward (excelente, diga-se de passagem!) que veremos que o general nunca se relacionou bem com outras "cabeças coroadas" do gabinete presidencial, como, por exemplo, Robert Gibbs, porta-voz da Casa Branca. Mas, como um (socialmente) gentlemann e (politicamente) diplomata, Obama afirmou na saída de Jones: "Trabalhar como assessor de Segurança Nacional é uma das funções mais difíceis do governo, mas Jim (Jones) tem sido um funcionário público dedicado e um grande amigo para mim"... (?)...
     É esse estadista capaz de separar "o joio do trigo", o "alho dos bugalhos", que a nação tupiniquim, cópia (quase) perfeita da maior potência econômica, terá p prazer de conhecer - e ouvir - num final de semana que promete tornar-se inesquecível - política e socialmente - na história do Brasil desde a abolição da Escravatura. (Se é que me entendem!). Enfim, welcome dear mrs. and mr. Obama. A casa é de vosmicês, vixe? Sem demagogias, puxa-saquismos ou, o que é pior, oportunismos financeiros. Afinal de contas, já se foi o tempo que dólar era dólar e real... irreal. Só não permitam que o tio Sam e miss Liberty continuem nos classificando como "the good, the bad and the ugly".
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                                        SANFERR. 17.03.2011


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     Gostaria de externar minha solidariedade com o povo-irmão japonês, desejando que Deus tenha compaixão e dê paz, tranquilidade e resoluções rápidas para um problema tão grave e urgente. Deus é a Única solução neste exato momento. Confiemos n'Ele.

                                                                                                                                                                                                         SANFERR
                                           

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quinta-feira, 10 de março de 2011

DESPIDO DO FARDÃO, O IMORTAL DE CHINELO E BERMUDA.

                                

                                  "Doutor" João Ubaldo Ribeiro,
                           Um cidadão baiano à serviço das letras! 

  


     A Bahia, como todos sabem, não é somente um Estado disfarçado de gravadora ou um celeiro de artistas. (Bons ou medíocres, diga-se de passagem ao gosto de cada um, é só relembrar os últimos dias de folia momesca). Temos, graças à Deus - para não macular as cores de nossa bandeira - "cabeças pensantes", criadores, intelectuais. Escritores e não "escrivão", como me disse outro dia um estudante (imagine se não fosse!) que conheci no ônibus, travamos uma rápida conversa sobre o trânsito congestionado, aproveitei para falar do blog e ele (tão simplório como educado, gente boa!) telefonou dois dias depois radiante, entusiasmado, querendo me elogiar: "o senhor é um excelente escrivão"... Mais não foi dito e nem precisava. O certo é que nos tornamos "novos velhos amigos de infância". O que vale é a intenção, sem trocadilhos ou rimas, of course!.Bom, escrivão ou não, a terra do Senhor do Bonfim, de Todos os Santos e, no caso deles, dos orixás, teve - e sempre terá - dois expoentes de uma literatura genuinamente "abaianada". (Meu querido amigo leitor do coletivo, please!, não confundir com marca de doce de banana, bananada, ok?). Um deles - o inesquecível, e também imortal Jorge Amado, autor de "São Jorge dos Ilhéus", "Gabriela, Cravo e Canela", "Mar Morto", "Tereza Batista Cansada de Guerra", "Dona Flor e Seus Dois Maridos", etc. - já nos abandonou há alguns anos, deixando como substituto João Ubaldo Ribeiro, seu compadre e igualmente imortalizado nos salões suntuosos da ABL (Academia Brasileira de Letras).
     Autor de vários livros, sucesso de público e crítica,  dentre os quais os premiadíssimos "Sargento Getúlio" e "Viva o Povo Brasileiro" com o Jabuti e Camões, sendo este último o mais importante da língua portuguesa, João Ubaldo ainda nos presenteou com "Vila Real" (1979), "O Sorriso do Lagarto" (1989) - transformado em minissérie global - "O Feitiço da Ilha do Pavão" (1997), "A Casa dos Budas Ditosos" (1999) e "O Albatroz Azul" (2009). Nativo de Itaparica, aqui na Bahia - muitos "intelectualizados" por aí descobrirão que a Bahia não vive só de axé, arrocha, pagode e talentos bundantes - nasceu em janeiro de 1941 e hoje, do alto da sabedoria e experiência literária que os setenta anos de reconhecimento público lhe confere, João Ubaldo poderá responder à altura a todas as críticas, depreciações e votos contra dos preconceituosos, com o lançamento do próximo livro, o qual certamente calará a boca maldita de quem duvida da capacidade e quer desmerecer os conterrâneos talentosos de Rui Barbosa e Castro Alves.
     Sua vida, ao contrário do que muitos pensam, não tem nada de excepcional. Apesar de ser um imortal, João Ubaldo vive modesta e confortávelmente com a esposa num apartamento (de cobertura) no elegante e "artístico" bairro do Leblon, na zona sul do Rio de Janeiro. Ela é a única que tem permissão para lhe assistir no momento mágico da criação, quando - trancado em seu escritório, diante da tela do computador, o qual, segundo ele, é lento demais (?), apesar de prático na hora da correção do texto - ele dá vida a personagens como a misteriosa senhora CLB, o Sargento Getúlio, Barão de Pirapuama, nego Leléu, o Cônego que esculhamba tudo e todos, dentre outros de maior ou menor importância em seus enredos magistrais. Caseiro, gosta de ficar em casa lendo ou, naturalmente, escrevendo, só "dando o ar da graça" quando é convidado para eventos importantíssimos, como acontecerá no próximo mês de julho na FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty). Avesso as badalações do métier, João Ubaldo gosta mesmo é de se despir da fama, do peso do fardão da ABL e desfilar pelas ruas, praças e orla marítima da bucólica (até quando?) ilha de Itaparica, usando bermuda e calçando sandália hawaiana. O bate-papo com os velhos amigos e turistas curiosos é de lei. Homem tranquilo, até certo ponto introspectivo, João Ubaldo só "rodou a baiana" uma única vez, em 2004, quando - nesta mesma FLIP - irritou-se profundamente ao sentir-se desprestigiado, relegado a segundo plano na divulgação do evento. Nomes menos conhecidos, irrelevantes, sem o peso que a griffe João Ubaldo Ribeiro tem na literatura  nacional, tiveram um desmerecido destaque e ele chamado de "outros". Soltou um sonoro e raivoso "outros o caralho!", deu as costas para o famigerado evento e voltou para o (quase) silêncio sepulcral de seu gabinete, afogando a mágoa, o ressentimento, em meio as centenas de livros que possui. O tempo passou, este "equívoco histórico" ficou adormecido para sempre em sua lembrança e agora, sete anos depois, a FLIP terá a honra de contar com sua participação.
     Um homem das letras, mestre na arte de colocar "o preto no branco", merece todo o respeito e jamais - não por arrogância, estrelismo - poderia se sujeitar a ser coadjuvante numa festa onde ele teria (e sempre terá) de ser o protagonista. João Ubaldo não é um "autor brasileiro que só escreve merdinhas que a gente lê na ponte aérea", como disse certa vez o (então) editor da Nova Fronteira, Pedro Paulo Sena Madureira.
     João Ubaldo Ribeiro é um ícone, uma lenda viva da literatura brasileira comtemporânea e, quiçá, mundial. Ele usa sua capacidade criativa, suas palavras cirúrgicamente bem colocadas num texto primoroso, para transformar a arte de escrever em porta escancarada para o mundo da fantasia. Ele, e tantos outros que fazem do dificílimo ofício de transpôr para o papel suas idéias e personagens, acredita que a literatura nunca irá perder sua força. Ou, então, se não fosse assim, por que diríamos incansávelmente que "a vida imita a arte"?
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                                      SANFERR, 10.03.2011




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quinta-feira, 3 de março de 2011

AS RAINHAS DA FESTA E OS BOBOS DA CORTE!



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                                     SANGALO, LEITTE e MERCURY,
                              As belas e as feras (os bastidores da ilusão!)


     As soberanas do reino de Momo - um rei que, ao menos por aqui, aparece menos que suas rainhas - me perdoem, mas o melhor (?) e maior (com toda certeza) carnaval de rua do mundo já não tem mais o encantamento, a alegria de outrora. Não, lógicamente, por culpa dessas três divas, as quais, cada uma à seu modo e com estilo próprio - escrachado, discreto (como se isto fosse possível numa cantora de trio elétrico) ou clássico (as performances de la Mercury e seus convidados e temas) - fazem de tudo, dão o melhor de si para transformar a folia momesca num reinado de paz, descontração e felicidade. (Mesmo com todos aqueles decibéis estuprando nossos ouvidos!). A culpa é exclusivamente do oportunismo. Oportunismo dos empresários criando caríssimos abadás em detrimento da simbologia dos saudosos mascarados, dos Pierrots e Colombinas, os quais, quer queiram ou não, são e serão sempre o referencial da festa; dos blocos e camarotes vips, onde somente poucos previlegiados tem acesso aos seus ambientes climatizados e um buffet "all incluse" à altura do grande Baile da Ilha Fiscal. O carnaval, principalmente o soteropolitano, tornou-se um clube privé em plena via pública (para os endinheirados) e a cozinha, "a porta dos fundos" para os próprios baianos - e alguns outros que chegam aos milhares, mas não tem money, caraminguás suficiente para brincar com estilo, classe e glamour, como se isto fosse possível calçando tênis e usando um abadá!) - que ainda teimam, se "dão ao luxo" (?) de ir às ruas presenciar, ao vivo e em cores, a esnobação dos abastados, famosos e aspirantes a famosos. E o governo "terra de todos nós" alardeia aos quatro ventos que é uma festa democrática. Para quem? Para os turistas que enchem os cofres públicos, óbviamente. Enquanto o Estado e o Municipio gargalham nas cinzas da quarta-feira de abstinência (alguém poderia avisar ao "ecumênico" Carlinhos bagunçado Brown), o povo chora e contabiliza os mortos, feridos e assaltados. Mortos de cansaço, feridos no coração despedaçado por um amor tâo efêmero e ilusório como a própria festa e assaltados nos bolsos vazios ao término do oba-oba, olelê-olalá.
     Sangalo, Leitte e Mercury, enquanto isso, reinam absolutamente majestosas sobre os trios dando tchauzinho, "beijinho-beijinho" para os bobos da corte que pulam como marionetes, simples fantoches ao bel-prazer do comando de suas vozes poderosas. Poderosas em todos os sentidos, se é que me entendem!. O carnaval já não é mais o mesmo, dizem os antigos e isto não é mero saudosismo, não. É fato, constatação. Estamos vivenciando a era (infelizmente) do carnaval-indústria, onde o ganhar, ganhar e ganhar cada vez mais é a palavra mais pronunciada ao invés do brincar, brincar e brincar. Uns poucos ganham e outros tantos (pobre de nós, simples mortais, plebeus) perdem, gastam o pouco que tem (ou não tem) para tomar empurrões, murros - ou coisa pior - atrás dos famosos "caminhões da alegria". Sempre aplaudindo, endeusando, o escracho de madame Ivete, a imitação "devagar eu chego lá" de Claúdia ou a sofisticação, o glamour disfarçado de pseudo-arte popular (?) de Sua Majestade - não tão carismática como Ivete, mas nem porisso menos querida - Daniela Mercury.
     Ivete, Claúdia ou Daniela ditam as regras de um jogo préviamente ganho, cantam (e encantam!) e os bobos, perdão, o "povinho" lá de baixo - aliás, bem lá de baixo mesmo - repete o refrão de músicas que dizem tudo (que não queremos, na maioria das vezes, ouvir) sobre uma festa que na realidade não mais existe, pulando e requebrando sob uma saraivada de socos, empurrões e "mãozinhas bobas". Um pouco mais acima, num céu "estrelado globalmente" (?), o "povão", do alto de suas recheadas contas bancárias, digo, camarotes, aproveita o que a corte de Momo tem de melhor para oferecer. (Nada contra - já que, por conta da coluna, recebi alguns convites - desde quando a maior festa de rua do planeta seja de rua mesmo, do povo, dos corpos suados, do perfume "Espanta Nigrinha" adquirido em doze prestações na tradicionalíssima boutique "Le Camelot" e não do "Chanel 5" suavemente perfumando os salões refrigerados que ocupam o espaço popular). Não estamos distantes do dia em que o carnaval de Salvador será apenas dos camarotes e blocos milionários. O pobre (em todos os sentidos) baiano que não tiver bufunfa para ir à "glória dos altares" (camarotes) deverá se contentar com o churrasquinho de filé "miau" degustado saborosamente no tradicional restaurante (ao ar livre, of course!) "Aqui se Come Bem e se Morre Melhor Ainda", bebericando uma roska qualquer ou, na melhor das hipóteses, uma cervejinha estupidamente quente, disputada a tapas e safanões nos isopor da vida, olhando como "menino pidão" a supremacia de uma raça não propriamente ariana, mas que se diz branca (?). Nem que saiba na base da k-boa ou cabelos tingidos. Tudo é permitido - e sempre será ao povo - menos participar da festa verdadeira de Momo, já que nesta somente os ricos, famosos (ou, por algum motivo, os "corteseados", como eu) terão vez nos camarotes e blocos.
     Claudia Leitte, Ivete Sangalo e Daniela Mercury representam o que de melhor o carnaval da Bahia tem para mostrar ao mundo em termos de talento, competência e criatividade. Só que se deixaram comprar pela ganância dos empresários e promotores de eventos, esquecendo-se que foi lá no asfalto da avenida, aplaudidas pelo "povinho" e não pelo "povão", hoje discriminado, que tudo começou. Se não fosse o "povinho" ter aplaudido, comprado seus cds, ido aos shows raquíticos do tempo "das vacas magras", hoje elas não entrariam nos tais blocos e camarotes elitizados nem pela porta dos fundos. Por essas e outras é que o carnaval da Bahia deixou de ser, há muito tempo, uma festa popular. Virou um leilão, um mercado. E mercado negro. Dependendo do ponto de vista, negro em todos os sentidos. (Se é que me entendem!).
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                                              SANFERR, 03.03.2011





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de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores (patrocínios, doações):

     O carnaval é para se brincar e não chorar. Pode, sim, até haver um choro; mas de alegria, felicidade, por uma emoção inesperada, o reenconntro na avenida de alguém que amamos e fazia tempos que não víamos ou até mesmo a letra de uma marchinha que nos relembre velhos carnavais. Menos o choro da falta de paz, da violência, do desamor, da falta de racionalidade e excesso de irracionalidade. As ruas são passarelas de alegria e não de tristezas, gritos de dor, espancamento dos bad-boys ou truculência dos policiais. A rua é lugar dos abraços, do pular e cantar juntinhos, mas sem beijos ("vou beijar muito!"), pois senão futuramente as doenças aparecerão e o choro virá com atraso. As ruas não é motel (use camisinha, como dizem os anúncios espalhados pela cidade), é um palco onde a estrela é você e não estrela de um filme pornô, onde o sexo, a libertinagem e a luxúria não deve ter vez. Não deixe de compartilhar a alegria desses dias de folia com quem você ama e quer estar ao seu lado, buscando amores (?) que poderão se transformar em problemas (de ordem física, financeira e até mental) futuramente. (Se é que me entendem!). Divirtam-se. Com moderação e parcimônia. Em todos os sentidos. Eu vou ficar afastado, bem longe, descansando, aproveitando os bons momentos que, certamente, esses dias de folia momesca irão me proporcionar.
     Agradeço, sensibilizado, as centenas de e-mails, os comentários públicos postados aqui, os telefonemas, a torcida que todos vocês estão fazendo pelo meu crescimento profissional. Deus é o Único responsável por tudo isso. Se não fosse Ele, eu nem saberia concatenar minhas pobres idéias.
     PAZ! PAZ! PAZ! é o que SANFERRPRESS deseja a todos. Feliz carnaval. E que nas cinzas da Quarta-Feira do Início da Quaresma, todos estejam com saúde.
     Deus proteja a todos nós!

                                                                                                                                                                                                                               SANFERR