quinta-feira, 3 de março de 2011

AS RAINHAS DA FESTA E OS BOBOS DA CORTE!



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                                     SANGALO, LEITTE e MERCURY,
                              As belas e as feras (os bastidores da ilusão!)


     As soberanas do reino de Momo - um rei que, ao menos por aqui, aparece menos que suas rainhas - me perdoem, mas o melhor (?) e maior (com toda certeza) carnaval de rua do mundo já não tem mais o encantamento, a alegria de outrora. Não, lógicamente, por culpa dessas três divas, as quais, cada uma à seu modo e com estilo próprio - escrachado, discreto (como se isto fosse possível numa cantora de trio elétrico) ou clássico (as performances de la Mercury e seus convidados e temas) - fazem de tudo, dão o melhor de si para transformar a folia momesca num reinado de paz, descontração e felicidade. (Mesmo com todos aqueles decibéis estuprando nossos ouvidos!). A culpa é exclusivamente do oportunismo. Oportunismo dos empresários criando caríssimos abadás em detrimento da simbologia dos saudosos mascarados, dos Pierrots e Colombinas, os quais, quer queiram ou não, são e serão sempre o referencial da festa; dos blocos e camarotes vips, onde somente poucos previlegiados tem acesso aos seus ambientes climatizados e um buffet "all incluse" à altura do grande Baile da Ilha Fiscal. O carnaval, principalmente o soteropolitano, tornou-se um clube privé em plena via pública (para os endinheirados) e a cozinha, "a porta dos fundos" para os próprios baianos - e alguns outros que chegam aos milhares, mas não tem money, caraminguás suficiente para brincar com estilo, classe e glamour, como se isto fosse possível calçando tênis e usando um abadá!) - que ainda teimam, se "dão ao luxo" (?) de ir às ruas presenciar, ao vivo e em cores, a esnobação dos abastados, famosos e aspirantes a famosos. E o governo "terra de todos nós" alardeia aos quatro ventos que é uma festa democrática. Para quem? Para os turistas que enchem os cofres públicos, óbviamente. Enquanto o Estado e o Municipio gargalham nas cinzas da quarta-feira de abstinência (alguém poderia avisar ao "ecumênico" Carlinhos bagunçado Brown), o povo chora e contabiliza os mortos, feridos e assaltados. Mortos de cansaço, feridos no coração despedaçado por um amor tâo efêmero e ilusório como a própria festa e assaltados nos bolsos vazios ao término do oba-oba, olelê-olalá.
     Sangalo, Leitte e Mercury, enquanto isso, reinam absolutamente majestosas sobre os trios dando tchauzinho, "beijinho-beijinho" para os bobos da corte que pulam como marionetes, simples fantoches ao bel-prazer do comando de suas vozes poderosas. Poderosas em todos os sentidos, se é que me entendem!. O carnaval já não é mais o mesmo, dizem os antigos e isto não é mero saudosismo, não. É fato, constatação. Estamos vivenciando a era (infelizmente) do carnaval-indústria, onde o ganhar, ganhar e ganhar cada vez mais é a palavra mais pronunciada ao invés do brincar, brincar e brincar. Uns poucos ganham e outros tantos (pobre de nós, simples mortais, plebeus) perdem, gastam o pouco que tem (ou não tem) para tomar empurrões, murros - ou coisa pior - atrás dos famosos "caminhões da alegria". Sempre aplaudindo, endeusando, o escracho de madame Ivete, a imitação "devagar eu chego lá" de Claúdia ou a sofisticação, o glamour disfarçado de pseudo-arte popular (?) de Sua Majestade - não tão carismática como Ivete, mas nem porisso menos querida - Daniela Mercury.
     Ivete, Claúdia ou Daniela ditam as regras de um jogo préviamente ganho, cantam (e encantam!) e os bobos, perdão, o "povinho" lá de baixo - aliás, bem lá de baixo mesmo - repete o refrão de músicas que dizem tudo (que não queremos, na maioria das vezes, ouvir) sobre uma festa que na realidade não mais existe, pulando e requebrando sob uma saraivada de socos, empurrões e "mãozinhas bobas". Um pouco mais acima, num céu "estrelado globalmente" (?), o "povão", do alto de suas recheadas contas bancárias, digo, camarotes, aproveita o que a corte de Momo tem de melhor para oferecer. (Nada contra - já que, por conta da coluna, recebi alguns convites - desde quando a maior festa de rua do planeta seja de rua mesmo, do povo, dos corpos suados, do perfume "Espanta Nigrinha" adquirido em doze prestações na tradicionalíssima boutique "Le Camelot" e não do "Chanel 5" suavemente perfumando os salões refrigerados que ocupam o espaço popular). Não estamos distantes do dia em que o carnaval de Salvador será apenas dos camarotes e blocos milionários. O pobre (em todos os sentidos) baiano que não tiver bufunfa para ir à "glória dos altares" (camarotes) deverá se contentar com o churrasquinho de filé "miau" degustado saborosamente no tradicional restaurante (ao ar livre, of course!) "Aqui se Come Bem e se Morre Melhor Ainda", bebericando uma roska qualquer ou, na melhor das hipóteses, uma cervejinha estupidamente quente, disputada a tapas e safanões nos isopor da vida, olhando como "menino pidão" a supremacia de uma raça não propriamente ariana, mas que se diz branca (?). Nem que saiba na base da k-boa ou cabelos tingidos. Tudo é permitido - e sempre será ao povo - menos participar da festa verdadeira de Momo, já que nesta somente os ricos, famosos (ou, por algum motivo, os "corteseados", como eu) terão vez nos camarotes e blocos.
     Claudia Leitte, Ivete Sangalo e Daniela Mercury representam o que de melhor o carnaval da Bahia tem para mostrar ao mundo em termos de talento, competência e criatividade. Só que se deixaram comprar pela ganância dos empresários e promotores de eventos, esquecendo-se que foi lá no asfalto da avenida, aplaudidas pelo "povinho" e não pelo "povão", hoje discriminado, que tudo começou. Se não fosse o "povinho" ter aplaudido, comprado seus cds, ido aos shows raquíticos do tempo "das vacas magras", hoje elas não entrariam nos tais blocos e camarotes elitizados nem pela porta dos fundos. Por essas e outras é que o carnaval da Bahia deixou de ser, há muito tempo, uma festa popular. Virou um leilão, um mercado. E mercado negro. Dependendo do ponto de vista, negro em todos os sentidos. (Se é que me entendem!).
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                                                              SANFERR, 03.03.2011





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de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores (patrocínios, doações):

     O carnaval é para se brincar e não chorar. Pode, sim, até haver um choro; mas de alegria, felicidade, por uma emoção inesperada, o reenconntro na avenida de alguém que amamos e fazia tempos que não víamos ou até mesmo a letra de uma marchinha que nos relembre velhos carnavais. Menos o choro da falta de paz, da violência, do desamor, da falta de racionalidade e excesso de irracionalidade. As ruas são passarelas de alegria e não de tristezas, gritos de dor, espancamento dos bad-boys ou truculência dos policiais. A rua é lugar dos abraços, do pular e cantar juntinhos, mas sem beijos ("vou beijar muito!"), pois senão futuramente as doenças aparecerão e o choro virá com atraso. As ruas não é motel (use camisinha, como dizem os anúncios espalhados pela cidade), é um palco onde a estrela é você e não estrela de um filme pornô, onde o sexo, a libertinagem e a luxúria não deve ter vez. Não deixe de compartilhar a alegria desses dias de folia com quem você ama e quer estar ao seu lado, buscando amores (?) que poderão se transformar em problemas (de ordem física, financeira e até mental) futuramente. (Se é que me entendem!). Divirtam-se. Com moderação e parcimônia. Em todos os sentidos. Eu vou ficar afastado, bem longe, descansando, aproveitando os bons momentos que, certamente, esses dias de folia momesca irão me proporcionar.
     Agradeço, sensibilizado, as centenas de e-mails, os comentários públicos postados aqui, os telefonemas, a torcida que todos vocês estão fazendo pelo meu crescimento profissional. Deus é o Único responsável por tudo isso. Se não fosse Ele, eu nem saberia concatenar minhas pobres idéias.
     PAZ! PAZ! PAZ! é o que SANFERRPRESS deseja a todos. Feliz carnaval. E que nas cinzas da Quarta-Feira do Início da Quaresma, todos estejam com saúde.
     Deus proteja a todos nós!

                                                                                                                                                                                                                               SANFERR

12 comentários:

  1. É bom saber que, mesmo sendo baiano, Sanferr não é bairrista e sabe, como um bom colunista, ser imparcial. A festa-mór da Bahia tem suas mazelas, claro, apesar de ser muito boa. E as cantores Claúdia Leite, Ivete Sangalo e Daniela Mercury são, realmente, rainhas incontestáveis. Francisco.

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  2. Ma-ra-vi-lho-so, Sanferr! Abalouuuuuuuuuuuuuu! De novo. Adoro as três peruas, principalmente a periguete Ivete. É A MINHA CARAAAAAAAAAAAAAAA!! Tomara que tudo corra bem esse ano no carnaval. Tava assistindo os telejornais e já pensou se os policiais entrarem em greve? Amigos, falando sério: curtam o carnaval em paz, não usem camisinha por usar, com qualquer um. Tenha seu amor fixo, certo. Prosmicuidade já eraaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!! O negócio é amar e beijar somente quem a gente conhece, como disse Sanferr no texto. No mais, SUBAM NA TAMANCA E QUEBREM ATÉ DIZER CHEGA. Já tô sabendo que SANFERR vai ficar bem longe do circuito da folia, descansando. Ele próprio me disse. Beijos para todos. Divirtam-se. DB (Djean Bruno), de Pojuca. Ah! Antes que eu me esqueça, despeitados e despeitadas de plantão: não usem o twitter, orkut, etc., para destilar seus venenos. Quem é bom É E JÁ NASCE PRONTO. Se situem. Inveja mata e inventar COISAS É COISA MESMO DE GENTINHA. Como vcs. Tchau!

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  3. Desejo a todos os baianos e, principalmente, os turistas que já estão na Bahia ou vão chegar lá, que tenham um carnaval de paz, realizações e, principalmente, prudência. É igual a canja de galinha. Nunca é demais. O carnaval de rua de Salvador é bom, mas é muito perigoso também. Malu de Castro.

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  4. Enfim, chegou o carnaval. A melhor festa do mundo. Enquanto uns fogem, eu tô dentro. Adoro a muvuca, o balacubaco, como diria minha avó. E olhem que ela também já gostou muito. Deixo qualquer coisa pra me esbaldar. E torço pra que tudo corra bem, as mil maravilhas. Sanferr, como sempre, vai ficar bem longe, descansando, apesar dos convites que recebeu por conta do sucesso do blog. Vou com meu gatão no lugar dele. Divirtam-se. Bjs, Bjs, Vi.

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  5. Espero que todos tenham uma festa de paz, muitas gatas e juízo, que é o mais importante. Sexo é bom, mas quando curtido com quem amamos. E não à toa, transar por transar. Abraços. Rafa.

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  6. Tava assistindo há pouco o telejornal e cada vez mais me convenço que a leitora Domênica tem razão quando diz que tem certos jornalistas que não são preparados para exercer a profissão. O que foi aquilo, naquela transmissão ao VIVO, direto do circuito da folia, com as palavras ditas por um determinado apresentador? Será que além de parvo, rir sem graça, ele também não consegue se expressar verbalmente, sem o TP, um texto na frente para ler? Vou trocar de canal já, já. Com relação as divas retratadas hoje na coluna do meu querido SANFERR, elas são o que há de melhor na festa, porque se levarmos em conta a violência, ninguém ia sair de casa. Paz, amigos. Paz. Pelo amor de Deus. Chico.

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  7. Estamos em dias de folia momesca e o espirito das pessoas estão totalmente voltados para a alegria, o brincar, divertir-se. Com fé em Deus irá tudo correr bem, em paz, e teremos um carnaval de sucesso. A violência existe, claro. Mas se vc pensa em ir para a rua armado de ódio, desejo de fazer o mal, pense que podera ter dois caminhos: cadeia ou cemitério. Decida-se pela vida e a liberdade. Sanferr, como sempre, nos proporcionou hoje um excelente artigo sobre as três representantes baianas do axé. Faltou apenas Margarete.

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  8. Assim como os demais leitores da coluna SANFERRPRESS, também estou em ritmo de folia. Adorei o artigo de Sanferr hoje. Gosto de Daniela, Claudinha, mas sou apaixonado por Ivete, a periguete Sangalo. Tenham cuidado com as doenças que andam por aí, galera. Sou jovem, mas me cuido e não beijo boca à toa, não. E depois? Quem vai tirar a doença? O prazer de apenas alguns segundos? Juízo, manos. Vou aproveitar e ficar quieto, no canto, junto com os meus amigos, familiares. Aproveitar e descansar. Boa romaria... já diz minha mãe. Sanferr, parabéns. Sucesso de novo. Aliás, como toda quinta, né, brother? "ALÊ".

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  9. Apezar do fuso horário, já se tornou rotina na minha vida às quintas-feira esperar o blog do meu colunista preferido ser postado para ler e, logo a seguir, tecer meu comentário. O de hoje, aliás, como sempre, é sensacional. Tanto Ivete como Daniela tem respaldo aqui, fora do Brasil, principalmente em terras francesas. Gosto das duas. Claudinha Leite é simpaticissima, mas ainda está conquistando seu espaço. Hoje estou melancólica, saudosa, de meu país. Penso tanto como deve estar animada a festa por aí. Um abraço à todos meus conterrâneos. Baianos, brinquem em paz e recebam bem o turista. Ele chega aqui comentando, hein! Aurora, Nice (France)

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  10. Assim como meu amigo Sanferr, segundo ele próprio, já vivi todos meus carnavais. Hj quero paz, amor e sossego. Ficar em casa, curtir boas músicas, livros, bons filmes, um bom vinho, conversa com os amigos através de email, enfim, é o ideal. Daniela, Ivete e Claudia são as verdadeiras rainhas mesmo da folia. Gostaria também de dizer aos amigos e leitores que, no último dia 25, feriado aqui na cidade, decidi não ir trabalhar e aproveitei para receber pro almoço meu amigo Sanferr. Me trouxe um bom vinho, mas pena que não se demorou, voltando logo pra capital, aqui pertinho. Sanferr é um bom amigo, um gentleman. Tudo que dizem dele é a mais pura verdade. Todos nós aqui em casa gostamos cada vez mais dele. Merece tudo de bom que está acontecendo na vida. PP, da Nova.

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  11. Acabei de chegar e ainda não peguei no sono. E olha, galera, que tô necessitando de repouso pra logo mais. Só que me lembrei que hj é quinta e a coluna dessa figuraça sai hj. Gostei do tema, das amigas que ele falou bem legal. Recebi através de email um texto lindo dele, desejando cada vez mais sucesso. Obrigado, cara. Valeu. Bacolejo.

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  12. É gratificante saber que uma pessoa da família tá fazendo tanto sucesso assim na internet com o talento que todos nós, querendo ou não, sabemos quele tem. Meu primo é um cara corajoso, querido pela mãe, tia Amélia e por tia Daisy, e está passando por um excelente momento de sua vida. Por mais que alguns queiram o contrário, ele tá mandando pra lá todas as quintas aqui na internet mostrando tudo que é capaz de fazer: escrever bem. Estamos tds contentes por ele tá mostrando a muita gente que é capaz, muito mais do que uns e outros por aí. Se vovó fosse viva ia tá super orgulhosa do neto preferido dela. Justamente porisso, Por ser o único da família que herdou o talento dela pra escrever bem assim. Abraços a todos e um feliz carnaval.

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