quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PARA QUEM SABE O QUE É ( BOA ) MÚSICA.



   
                                                      GILBERTO GIL,
                                 "ARTISTAS" (?) NA IGREJA DO BONFIM:
     MESTRE, POR FAVOR! TENDE PIEDADE E ENSINA-NOS A COMPÔR, TOCAR
                              E CANTAR COM TALENTO, SEM PRESEPAR!


     Será verdade que - como dizem por aí - "na Bahia não se nasce, estreia-se"? Se essa máxima - com tendência a mínima, musicalmente falando, abaixo da classificação (ou não seria desclassificação?) - for verdade, deveremos levar em consideração que temos boas e péssimas, desagradáveis e deploráveis estréias. A depender, óbviamente, do gosto - ou a total falta dele - de cada um, da referida produção (não seria podridão) apresentada ao público, além de vários outros fatores, os quais, geralmente - artístico, cultural e socialmente falando - fogem do controle total da CBBM (Central Baiana da Boa Música). Músicas (?) - vamos tentar ser generosos e classificar essas "pérolas" (sic!) assim - que, por mais benevolentes que sejamos, soam mal aos ouvidos de qualquer um que tenha o senso artístico (e crítico) mais apurado. Essas tais "perolas musicais", saídas diretamente de outra Central - a Central Baiana da Baixaria Musical - levam nossa refinada audição à desprezível (e degradante) prostituição artística. Além de tudo de ruim que, infelizmente, ouvimos tocar dia e noite nas paradas de sucesso (?) ladeiras abaixo da boa terra abaixo - e não acima, até os "píncaros da glória", como seria natural numa canção - à caminho do bloco Presepadas, ridicularmente uniformizado com a jocosa (carésima no valor e paupérrima no tecido) fantasia (?) intitulada abadá, o qual, comercialmente falando, deveria ser "vamos tirar" : tirar - em favor das contas bancárias cada vez mais polpudas dos empresários do axé, pagode e arrocha (argh!) - nosso mísero dinheirinho em nome da pseudo diversão momemsca que, ao contrário do povão da "pipoca", está cada vez mais nababesca, para poucos previlegiados.
     Já que a CBBM (apenas a primeira, por que a outra já está caduca de velha) ainda não existe, deveria ser - em nome da secular e prodigiosa cultura baiana, a qual nas últimas décadas anda à beira da ridicularização artística por conta de uns e outros que se acham (sem nunca terem sido), se dizem compositores e cantores - imediatamente fundada por artistas (de verdade) renomados que - ontem, hoje e sempre - honram e dignificam a (maravilhosa) terra abençoada pelo Senhor, aqui denominado Bonfim (e começo também), mesmo Êle tendo de fazer-se cego, mudo e, principalmente, surdo diante das m... e porcarias (perdoem-me a expressão chula) que estão no ponto de sofrerem os benefícios de uma boa "descarga" (do banheiro) e que são chamadas criações... (?) ... (Se é que mediocridades assim podem ser chamadas criações"). Artistas do nível de Maria Betânia (elegantérrima, cantando e encantando, simpatícissima), Gal Costa, Batatinha, Gerônimo, Mariene de Castro (pagodeiros, aprendam o que é samba com essa professora), Raimundo Sodré, João Gilberto, Caetano Velloso, Tom Zé, Myriam Tereza, Simone, Nélson Rufino (rei do samba baiano), Virgínia Rodrigues, Margarete Menezes, Marinês (ex-Banda Reflexus, por onde anda essa voz magistral, inconfundível?), Daniela Mercury, Claúdia Leite, Ivete Sangalo, além do mestre da composição e do (contagiante) ritmo genuínamente abaianado, o simpático e unânime Gilberto Gil.
     Numa época em que todos, qualquer um mesmo (pobre de nós, ouvintes, que somos obrigados a aturar tais atrocidades, verdadeiros homicídios musicais) se acha no direito - e com talento (?) -  de compôr e cantar, mesmo de uma maneira grotesca, duvidosa, insultando com sua falta de criatividade os (reais) herdeiros da MPB (neste caso, MÚSICA POPULAR BAIANA), Gil pode, sem exagero, ser considerado um ícone, uma lenda vida, exemplo para àqueles que não cruzaram os portões da escolinha "DÓ-RÉ-MI-FÁ-SOL-LÁ-SÍ" (muitos deles, pelo que se percebe ao serem entrevistados - aliás, vocês já viram situação mais desconcertante, constrangedora, do que esses "artistas" pagodeiros, arrocheiros e axezeiros falando nas rádios e TVs? - nunca souberam o caminho de escola nenhuma, nem aquela que deveriam ter se formado, a do desconfiômetro), ostentando orgulhosamente seus talentos bundantes em letras de duplo sentido e refrões que são um verdadeiro atentado à moral e aos bons costumes, um autêntico caso de danos morais a arte de Bach, Vivaldi, Noel Rosa, Beethoven, Ella Fitzgerald, Cartola, Pixinguinha, Edith Piaf, Frank Sinatra, Tom Jobim, Vinícius de Morais, Paulo Toller, Roberto Carlos, Nélson Gonçalves, Altemar Dutra, Cauby Peixoto, Angela Maria, Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo, Martinho da Vila, Sandra de Sá, etc. Desde a década de 80 vivenciamos aqui na Bahia a derrocada, o velório - prestes a saída do enterro - da (boa) música baiana, o mesmismo, a dança tribal de uma nota só (geralmente "composta" nos teclados) neste "alegre" repertório batizado como axé, pagode - mesmo não tendo nada a ver com o autêntico - sem falar no mais DDD (deprimente, desestruturado e destrutivo, musicalmente falando) de todos, o nefasto, emburrecedor, "àquele que foi sem jamais ter sido": o arrocha.
     Felizmente, para equilibrar a balança musical da terra do poeta Castro Alves - este não cantou, mas recitou, encantando e rimando com maestria - temos talentos (e muitos, para nos orgulhar) abundantes, como o compositor de Refazenda, Andar com Fé, Aquele Abraço, Eu Vim da Bahia, Expresso 2222, Procissão, Se Eu Quizer Falar com Deus, Soy Louco por Ti América, Toda Menina Baiana, Vamos Fugir e tantas outras obras-primas da MPB. O nome desse "deus" da música baiana é Gilberto Gil Passos Moreira, filho de dona Claudina e do médico Gil Moreira. Este certamente deve ter nascido cantarolando "fui no Tororó beber água e não achei"... Pode ser que a fonte estivesse seca de água, mas cheia de talento para saciar a sede cultural do menino que se tornaria futuramente um grande homem com inteligência e bom gosto. Não foi à toa que buscou outras fontes e "bebeu" na bica da excelente música baiana ao lado de Caetano, Betânia, Gal e Tom Zé no espetáculo "Nós, por Exemplo", em 1964, no Teatro Vila Velha. Este, sim, nos orgulha cantando e filosofando. Aos 69 anos e sempre com o entusiasmo de um estreante, Gil, baianíssimo com nacionalidade também estrangeira desde que se casou com Flora Giordano, neta de italianos, soube aproveitar o talento que Deus lhe deu, criando uma música extremamente pop-baianês que agrada a gregos e troianos. Sua formação - apesar de mostrar-se (educadamente) favorável aos novos ritmos, o que se nota claramente no carnaval quando ele dá canja em trios, procurando ajudar os novatos - nada tem a ver com o axé, arrocha (arrochando nossa inteligência, isso sim!) ou o pagode inventado errôneamente por aqui. Músico de primeirissima grandeza, Gilberto Gil sabe, como poucos, usar o (bom) som saído do violão e da guitarra - seus instrumentos preferidos - influenciado por outras personalidades, a exemplo de Stevie Wonder, The Beatles, João Gilberto (preferido por nove entre dez estrelas), Bob Marley, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. A trajetória artística e de vida de Gil é rica, impressionante, desde que, em 1968, foi preso pela ditadura militar acusado de atividades subversivas juntamente com Caetano Veloso e foram viver exilados em Londres. Em 1970, foi o único latino no Festival da ilha de Whigt, representando a Tropicália ao lado de The Who, Jimmi Hendrix, Emmerson, Lake anda Palmer e The Doors. O tempo passou, a vida - como a de todos nós - deslanchou em idas e vindas, alegrias e tristezas, com acertos e erros. Um deles (erro) foi quando em 1989 foi eleito vereador pelo PMDB aqui em Salvador. Em 1990 descobriu o seu verdadeiro "eu" político e filiou-se ao PV (Partido Verde). Experiências que lhe deu credibilidade, ao ponto de ser convidado -e aceitar - pelo então presidente Lula (2003) a assumir a pasta do Ministério da Cultura, sendo duramente criticado naquela época por Paulo Autran e Marco Nanini. A resposta silenciosa, com ares de "não tô nem aí" - como fazem os elegantes, bem nascidos, que deixam  a caravana passar enquanto os cães ladram - ele deu com extrema competência permanecendo cinco anos e meio no cargo. Deixou o poder para fazer o que mais gosta: compôr e cantar.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                SANFERR, 08.09.2011

a ESFINGE:
     "Quem remexer nas cinzas do passado para prejudicar, destruir e vingar-se do seu próximo, prepara-te: no futuro bem próximo um vulcão de azar, maldições e doenças cairá sobre a sua cabeça e destruirá a sua vida".
                               AUTOR DESCONHECIDO - num panfleto espírita distribuído na rua.

de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores (patrocínios, doações):

     Conforme artigo publicado nesta coluna no último dia 25.08 intitulado "A DAMA DO PT (Pára Tudo!" onde a retratada da semana foi a presidente (a) Dilma Rousseff, eu dizia que "fundemos, inauguremos mais universidades", lembram-se? Graças à Deus, pelo pronunciamento de Dilma Rousseff no último dia 06 véspera do feriado da Independência, o governo está preocupado com a "qualificação" dos universitários. Toda a sociedade espera, realmente, que isto venha a acontecer, pois do jeito que está não dá mais para continuar, suportando tantos estudantes totalmente despreparados, muitos sem ter noção do básico, até mesmo escrever. O próximo passo será melhorar o ensino fundamental - a base, o alicerce de tudo - nas escolas públicas, com ensino de qualidade e professores bem remunerados.
     Como eu dizia naquele artigo, o governo Rousseff está "saindo melhor do que a encomenda". Parabéns!
     Continuo agradecendo a atenção que vem sendo dada a coluna SANFERRPRESS pelo palácio do Planalto, através do BLOG do PLANALTO, e também a Casa Civil da Presidência da República.

                                                                                                                                                              SANFERR, 08.09.2011.

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                                                        P    A     T     R     O     C     Í     N     I     O

27 comentários:

  1. Esplêndido o sub-título do artigo de hoje. Realmente, Gilberto Gil vem se mantendo no pódio dos grandes artistas baianos CANTANDO e não PRESEPANDO como vários outros que não possuem talento algum. Deveriam, sim, estar cantando na garagem de suas casas, usando o cabo da vassoura como microfone. Rogério, São Paulo.

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  2. Não vou entrar no mérito da questão dos ritmos musicais baianos, pois, cada povo tem o governo e os artistas que merecem. Mas, como toda regra tem excessão, a Bahia é mesmo uma terra abençoada, principalmente musicalmente falando. O que dizer dessas maravilhas, desses astros e estrelas que nos encantam há décadas como Gal, Simone, Caetano, Betânia, o próprio Gil, Daniela, Ivete com toda a irreverência e o carisma dela? Beijos. Solange, editora.

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  3. Sou da época que música tinha letra e melodia. Ninguém duvide que a Bahia é mesmo uma terra de grandes estrelas da música. Mas estrelas mesmo e não estrelinhas sem talento, sem competência e sem brilho para brilhar em canto algum. Aliás, esses aí não cantam. Berram, gritam, remexem os quadris eróticamente e pulam de um lado ao outro fazendo uma bagunça geral e cantar que é bom... Quando? Onde? Não sei, não ouvi e nem sei de ninguém que diga que ele cantem. Washington.

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  4. Graças à Deus eu e Marco Antonio (Toninho), meu irmão, fomos criados numa família, num ambiente no qual sabíamos o que é bom e ruim, até mesmo nas nossas escolhas pessoais, nas artes. Crescemos ouvindo, aprendendo a admirar e gostar também de tantos excelentes artistas que a Bahia tem, como Caymmi, Gil, Gal, Betânia, Simone. Hoje é Daniela, Ivete e tanta gente boa que não dá nem para enumerar. Saulo, de SP.

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  5. "Toda menina baiana tem um santo"... Ah, bons tempos aqueles, final dos anos 70, eu namorando muito, com a libido, a sensualidade à flor da pele, os hormônios aflorando. Como o tempo passa rápido! Hj o que somos obrigados a ouvir? Que os deuses das artes, da música, tenham mesmo piedade de nós, baianos, que somos obrigados a dizer que somos da terra do arrocha. Paulo Ricardo, Brasília.

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  6. Talento não é pra quem quer e, sim, para quem realmente tem. Os que não o possui, fazem sucesso, meteórico, mas logo desaparecem. E quem o trouxe de berço, aos poucos, de grão em grão, dia após dia, vai se tornando conhecido, tem seu valor reconhecido e admirado, mesmo alguém não querendo dar o braço a torcer. É como dizem por aí, uns nasceram para aplaudir e outros para serem aplaudidos. TONINHO.

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  7. Gil é um dos melhores compositores do país e um cantor com talento e extrema competência que não envergonha a Bahia como vários que temos hj em dia que fazem tudo, menos cantar e compôr. Junto com Caetano,Betânia e Gal ele forma um quarteto que é o supra-sumo da música baiana, dando uma verdadeira aula para tanta coisa ruim que somos obrigados a ouvir hj em dia. Junior.

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  8. Como assesora de imprensa convivo há anos com artistas dos mais variados tipos e Gil é unanimidade no quesito simpatia, educação e generosidade. Simples, sem se colocar num pedestal de falsa fama, coisa que a maioria desses novatos estão acostumados a fazer, Gilberto Gil é um dos maiores compositores e cantores do país. Lya, Rio de Janeiro.

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  9. Falar sobre o talento, a competência e a criatividade de Gilberto Gil é molhar a terra em dia de tempestade. Nós, pobrs mortais, que nascemos inteligentes, mas sem um talento específico, especial, temos apenas de reverenciar quem Deus escolheu para previlegiar com esse dom maravilhoso: talento. Todos o querem, desejam, mas poucos o tem. Maria Eduarda, Rio Grande do Sul.

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  10. Sanferr citou no artigo de hoje que aí na Bahia deveria ser criada a CBBM, Central Baiana da Boa Música. Eu já digo que deveria ser inventado um novo troféu: as Merdas do Ano. Garanto que o que ia ter de bandas, grupos de pagodinho e do tal arrocha no palco para receber a homenagem... Será que essa gente não toma consciência que estão denegrindo a boa música baiana? Márcio, Ceará.

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  11. Gil é um dos cantores aí do nosso Brasil mais querido e ouvido aqui na terra do tio Sam. Todos nós, da comunidade brasileira, gostamos dos nossos artistas. A prova disso foi, como acontece todo ano, o Brazilian Day, evento que acontece todos os anos aqui na big apple. Um grande abraço à todos os conterrâneos daí e que moram aqui no hemisfério norte também. Cinderela Gold, Nova Iorque.

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  12. Não tenho nada contra a atual música feita lá na Bahia por essas bandas, esses grupos de pagode. Cada um compra o CD, ouve a rádio que quer. Gosto é algo duvidoso e infelizmente nem todo mundo tem um bom. O Brasil inteiro sabe que a Bahia é um celeiro de artistas. E bons. E também ruins, que fazem drogas em nome da arte. Resta a nós, público, saber colocar todos eles na peneira, né? Rafa, do Paraná.

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  13. Fico feliz de ser brasileira e saber que tenho um artista da categoria de Gil me representando lá fora. O sucesso é consequência do talento, de um trabalho árduo para se ter um lugar ao sol e Gil pode se considerar um cara de sucesso nacional e internacional. Malu de Castro.

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  14. O que está acontecendo hoje em dia é a vulgarização de uma arte tão nobre como a música popular brasileira. E principalmente a baiana, uma terra tão rica em artistas de qualidade. Qualquer um, com voaz ou sem voz, com booas ou letras sem pé e nem cabeça, verdadeiras bobagens, algumas até bastante indecentes, pega o microfone e diz ao que veio. Infelizmente, na maioria das vezes, ao que não veio. Deviam se espelhar em mestres como Gil. Cornostibia.

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  15. Como todo mundo sabe, sou comissária de bordo e viajo muito. Uma vez vi na televisão uns bailarinos dançando esse tal de arrocha e não me identifiquei em nada. Achei muito vulgar, indecente, coisa de mulhrzinha, prostituta, mulheres sem dignidade. Ariane, hj em Lima (Perú)>

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  16. Gosto de Gil, Caetano, Gal, Betânia, mas gosto dmais também dos ritmos da nossa terra. Tudo bem que tem muita porcaria tocando por aí, mas, no geral, ainda dá pra passar o rodo e pular atrás do trio elétrico com a meia dúzia que sobrou. Bjs, Bjs, Vi.

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  17. Fenomenal o texto de hoje. Desde ontem quando o publicamos aqui em nosso jornal, recebemos vários comentário à favor e alguns contra. Natural. A maioria concorda que vocês aí, na Bahia, apesar da péssima fase musical que atravessam, tem muitos artistas de primeira linha. O que acontece com esses novos ritmos, é que, nos shows, é mais fácil de, naquela multidão em pé, bebendo, dançar, pular de lá pra cá. Ritmos que jamais terão espaço num bom espetáculo teatral, em casas consagradas, de renome, por só tocarem boas músicas. A não ser que se retirem as poltronas, mesas e dê lugar para o pula-pula, a dança indecorosa. Francisco, editor-chefe.

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  18. As comparações que SANFERR fez no artigo de hj sobre a boa e as más criações musicais produzidas aqui na Bahia são bem pertinentes. É por essas e outras, falta de cultura, que as faculdades estão cheias de estudantes cada vez mais incapacitados. Também! O que essas músicas, esses novos ritmos, tem de positivo para nos ensinar, a não ser baixaria, vulgaridade? Antonio.

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  19. Sinto o maior orgulho de minha terra. Do 2 de Julho, da cidade histórica de Cachoeira, de Jorge Amado, de Gal, Gil, Betânia, Caetano, Simone, Daniela, Margarete, Ivete, da terceira maior baia do Brasil, a de Camamu, que conheci quando estive lá na casa de Sanferr anos atrás, do carnaval... Das igrejas, do nosso povo. Mas, vamos melhorar a nossa atual música, dar uma repaginada nesses ritmos? Só um pouquinho? Já vai ser um começo. Maria Lúcia.

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  20. Gil, Ccaetano, Gal, Ivete, Daniela, Claúdia Leita, Betânia, Margarete... Falar o que de uma terra que nos tem dado artistas desse nível? A qualidade dos livros de jorge Amado, a deliciosa comida, o carnaval. Marcinho não gosta muito, não, mas remexer os quadris é tão bom, não é? Em todos os sentidos falando. Débora, Fortaleza.

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  21. A Bahia é uma festa, dia e noite, todas as semanas, todos os meses, ano após ano. E não é mais novidade para ninguém em todo o Brasil, no mundo todo. Em cada esquina, em cada praia, em qualquer barzinho, o povão tá dançando. Infelizmente, ao que parece, dançando em todos os sentidos. KK, Ilhéus.

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  22. Pô, Sanferr, de novo azarando nosso trabalho, nosso ganha pão, mano? Deixa nóis, a galera toda viver também, ganhar a vida, nosso aqué, né? Tudo bem que vc não goste, mas o povão, a turma toda gosta, tá ligada no nosso remelexoxó, valeu? Bacolejo, o bom de remelexo. Fui.

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  23. Tem uma deputada Estadual aqui na Assembléia Legislativa que lançou uma polêmica que estourou como uma verdadeira boma na sociedade: a baixaria das atuais músicas de nossa terra. Realmente, chega até a ser um caso de polícia o que está-se tocando nas rádios, nos trios e nos eventos. Precisamos, como povo, mostrar todo nosso repúdio a esse tipo d arte duvidosa, sem nenhum merecimento cultural, não comprando CDs, não indo aos shows e também não patrocinando esses eventos. Não ir aos shows, talvez seja difícil, pois são baratos e o povo está se acostumando com a mediocridade. Infelizmente. "Wallace".

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  24. Não é por que estamos do lado de cá do Oceano, na Europa, que não estamos à par do que acontece por aí no Brasil. Ainda mais agora, na era da internet, SMS, do telefone, enfim, da tecnologia. E, de vez em quando, os artistas brasileiros dão o ar da graça por aqui. Alguns, infelizmente, o ar daquela palavra que não quero nem repetir. Fabrício, Lisboa (POrtugal).

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  25. Não temos pra onde correr mesmo. Uns gostam de Gilberto Gil, outros de axé, arrocha, pagode. É mais barato, não é? Além do fator cultura, informação, mas esta parte é culpa das escolas, das famílias, que não ensinam mais o que é bom, adequado. O certo é que todos gostam de música, boa ou ruim. Não estou certa? Vamos viver e salve-se quem puder.

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  26. A família é a base de tudo. Aliás, tudo ao que me refiro começa e termina nela, não é verdade? Nascemos nela e, certamente, fora alguns incidentes, situações atípicas, também morreremos ao lado de nossos entes queridos. Então, temos de educar nossos filhos para o lado do bem, do que é bom, prepará-los para um futuro de sucesso, em todos os sentidos falando, e isto se aplica também à religião, as artes, nos costumes sociais, enfim, em tudo. Como uma criança pode gostar de bons livros, hinos e louvores, se a mãe e o pai vive dançando indecentemente ao som de músicas maliciosas? PastoraTT.

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  27. SANFERR tem um gosto apurado, refinado, culto. Porisso muita gente pensa que ele é metido, tira onda e o acha antipático. Ele não é contra os novos ritmos e eu sei disso porque já conversamos bastante quando ele morava aqui perto de mim, vinha aqui em casa e o povo daqui tava ouvindo. Ele é contra não fazerem essas músicas com estilo, qualidade e letra aproveitável. Ele tem razão. O arrocha, pagode e o axé iriam melhorar bastante se tivessemos bons e qualificados cantores, compositores. Domênica.

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