quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SONHOU EM SER ALGUÉM E COM SUA IMPORTÂNCIA FOI MUITO MAIS ALÉM.





      ELBA RAMALHO.
               O TALENTO DE UMA PARAIBANA QUE NÃO SE DEIXOU ABATER E VEIO
             PARA VENCER, DORMINDO NA PRAIA, PARA DESPERTAR NO BERÇO
                ESPLÊNDIDO DO SUCESSO.


     Por que todos sonham, desejam ser alguma coisa, "alguém na vida", fazer sucesso, ser gente importante, deixar o anonimato para a notoriedade? (E, contrariamente, porque quem não fáz nada para SER, se julga importante apenas por TER, quando este falso TER nunca os fará verdadeiramente SER?). Por outro lado - observem o comportamento deles - os "falsos humildes", àqueles que pregam (hipócritamente) a virtude do "somos todos iguais, irmãos, temos o mesmo valor diante de Deus" - e quem  é cristão sabe e acredita que é assim - adoram ser bajulados, adulados, o famoso "beija mão'; e não venham me dizer que não é assim, pois todos - por mais medíocre e insignificante (na sua inutilidade intelecto-cultural) que sejam - queem ser importantes com suas ridículas pretensões (mesmo sem nenhuma aptidão para sobressair em nada de nada), sociais, culturais e intelectuais. Sem hipocrisia, "querer tapar o sol com a peneira", é assim que a humanidade pensa e age desde o princípio dos tempos. Nem que saiba - se não tiver talento e competência para criar algo diferente, grandioso, alçar vôos mais altos - acahar-se importante (na sua loucura) por ter uma casa e um carro comprado em mil prestações, um emprego que não lhe dá notoriedade nenhuma ou, então, casado com uma mulher bonita, mas tão "mariazinha ninguém" como a mais simples das feias. Enfim, todos - mesmo não sendo ninguém, nem fazendo NADA para ser, realmente, alguém - se acham o que não são e só o cairão em si (se pudessem ver) quando morrer e não deixar uma marca (nome) de valor para a posteridade. Todos querem ter seus sonhados quinze minutos de fama profetizados por Andy Warhol, deixar de ser "zé mané" para ser "o grande José". Nem que saiba no seu mundinho restrito, particular, entre seus familiares, amigos e vizinhos, esquecendo-se que para ser alguém importante, deixar seu nome na história, precisa ter talento e competência. Seja lá aonde for, fazendo o que for. Só não vá matar (como Hitler) e roubar (como Ronald Biggs). Mas, assim mesmo - erradamente, of course - eles estão com suas marcas (malditas) impressas no livro da história da humanidade. (Se é que me entendem!)...(?)...
     A homenageada de hoje - mesmo quando ainda achava impossível chegar aonde chegou - queria chegar em algum lugar, fazer algo diferente, não (apenas) viver a glória do mesmismo (como todo mundo) do doutorado; nobre, mas comum. Ela queria algo, digamos, de maior repercussão. Mas nem todos que sonham ser importante, "alguém na vida", fazer sucesso, merecem ter estes momentos de fama e glória. (principalmente porque esquecem do tal talento e competência). O que tem acontecido - e não é preconceito, implicância minha, mas um fato - com algumas celebridades instantãneas que surgem do NADA da criatividade para o TUDO da mediocridade, os quais se dizem cantores, bandas musicais. (Realmente são uma banda, já que faltou o outro lado). Especialmente na Bahia. A nossa querida e amada "boa terra". Infelizmente, nos últimos anos, a terra de Dorival Caymmi tem sido envergonhada nacionalmente - apesar de alguns programas os colocarem como atração-presepada no espetáculo da falta de talento - com tais "artistas" (?) e suas "letras"(?) indecorosas, de duplo sentido, utilizadas em dois ritmos específicos muito tocados nas privadas da vida. (Aliás, Caymmi deve estar se revirando no túmulo com estas composições deprimentes, deplorávceis e depreciativas à boa música dos verdadeiros e competentes compositores baianos). "Uma vergonha", como diria Bóris Casoy, já que estes desavergonhados artistas (?) - porque não foram ser médicos, advogados, engenheiros? - são tão ignorantes (em todos os sentidos, basta ouví-los falar nas rádios e TVs) que usam uma nota só, já que desconhecem as outras seis, nos seus "xôs" (passa fora) de vulgaridade, mediocridade e vergonhosa falta de talento. O tum-tum (irritante) repetido do teclado eletrônico tocado nestes dois ritmos (vocês já sabem quais são) é a prova cabedal da demência artística destes uns e outros que podem ser tudo (de ruim), menos (bons) cantores. A voz (?) de gralha rouca e engasgada não deixa dúvidas. É uma afronta artística para o antes "Estado disfarçado de gravadora" e - por conta destes desarranjos musicais - últimamente transformado num grande pinico cheio de merdas... Um Estado reconhecido internacionalmente por "aqui não se nasce, estréia-se", berço de mestres como Luís Caldas, Saulo Fernandes, Claúdia Leite, Miriam Tereza, Chocolate da Bahia, Daniela Firpo, Carlinhos Cor das Águas, Marinês, Tuca Fernandes, Sarajane, Ivete Sangalo, Raimundo Sodré, Roberto Mendes, Maria Betânia, Simone, Mariene de Castro, Jota Veloso, Gilberto Gil, Virgínia Rodrigues, Edil Pacheco, Batatinha, Nélson Rufino, Gal Costa, Gerônimo, Caetano Veloso, Margarete Menezes - dentre tantos outros doutores da música popular baiana - os quais devem estar (mesmo sem demonstrar públicamente) se lamentando à beira do caixão no velório da MPB (a nossa, baiana). A educação - mesmo que muitas vezes ela seja sinônimo de hipocrisia - e a simpatia (para não "bater de frente" com o público, os fãs, ser desagradável) destes expoentes da música popular baiana os impede de falar a verdade sobre o que realmente acham destes dois (atuais) ritmos. (Mas como eu não moro no Vaticano para ter "papa" na língua)...
     A músia baiana tem - e sempre terá - talentos verdadeiros querendo fazer sucesso, ser alguém importante. Com talento e competência, serão sempre bem-vindos. Mas o que vemos acontecer nos últimos anos com estas pseudos-músicas que afrontam à família, a moral e ons bons costumes, agredindo nossos ouvidos com refrões dignos de bordéis altamente desclassificados nos arredores de Sodoma e Gomorra, é a decadência total. Tais ritmos são (dançados e cantados) como fundo musical para a coreografia de verdadeiras p... (periguetes, se é que me entendem!), capazes de "corar de vergonha" a própria Messalina no pior dos bregas. Aliás, o termo brega é elogio para estes sem noção artística, amorais e caras-de-pau, desavergonhados culturais, já que o (bom) ritmo brega fez - e sempre fará - sucesso (merecidamente) na voz de gênios como José Augusto, Reginaldo Rossi, Sandro Becker, Sidnei Magal, Benito de Paula, Vando, etc e mais "tais". Felizmente, estes dois ritmos - se passarem para a banda (literalmente falando) podre da história - serão futuramente (ou execradas) como "a grande vergonha" defecada pela música baiana nos esgotos da falta de voz, ritmo, melodia e menos letra.
     Mas, assim como na Bahia (verdadeiramente artística) antiga, temos um Estado vizinho que exportou para o resto do país uma verdadeira deusa da canção. Esta não arrocha nossa cultura musical, pagodeando sobre nossa inteligência artística. Uma deusa que orgulha a Paraíba, sua terra. Uma deusa que precisou dormir na areia das praias do Rio de Janeiro, passando fome - mesmo sendo uma chef na arte da canção - em meio ao rico cardápio servido no restaurante das grandes estrelas da MPB. O sonho dela não se tornou um pesadelo quando ela resolveu abrir a boca e cantar.
     Hoje Elba Maria Nunes Ramalho pode olhar para trás e ver que abandonou a fartura da mesa de seus pais em Campina Grande para passar fome e dormir ao relento na cidade maravilhosa, valeu a pena.
     A história de Elba Ramalho, cantora e boa atriz, é a biografia de uma guerreira que desdenhou o título de doutora para futuramente transformar-se em "mestra-doutora" do cancioneiro popular. Desde que sua família deixou a cidade de Conceição (onde ela nasceu em 17.09.1951) para vencer na vida numa cidade maior, a menina e depois adolescente Elba mostrava que veio ao mundo para deixar sua marca. Em 1978, ao receber o prêmio de melhor atriz com a peça O Meu Amor, onde atuou ao lado de Marieta Severo, Elba já tinha seu nome (e trabalho) reverenciado por quem era, realmente, importante. Pessoas que la sonhava conhecer - e fazer parte do mesmo mundo - desde que começou, em 1968, tocando bateria em sua terra natal para um grupo de conterrâneos que não acreditavam que ela chegaria aonde chegou. Opinião esta que mudou anos depois quando ela gravou seu primeiro álbum: Ave de prata. Obras-primas inesquecíveis vão ser ouvidas eternamente na sua belíssima voz e competente interpretação, como, por exemplo, Capim do Vale, Coração Brasileiro, Fogo na Mistura, Leão do Norte, O Grande Encontro, Flor da Paraíba, etc. Como atriz, Elba nos deu Viva São João, Opera de Malandro, Trem Fantasma, Morte e Vida Severina, A República dos Assasinos.
     Elba sofreu na pele por ter desobedecido o pai e não se formar. (Mas foi tudo passageiro, apenas poucos anos, como prova de sua determinação, o que ela mostrou ter em meio a muitas dificuldades, inclusive de ordem financeira, até se tornar quem é hoje). Ela não quis - como os cantores (?) destes novos ritmos baianos - ser cantora famosa para ficar rica, fugir do destino inglório de nordestino sem nome, sem eira e nem beira, sem estudo, fadado a uma vida de trabalhador braçal; de ter que "comer o pão que o diabo amassou", suando bicas para ter o salário mínimo no final do mês de sua máxima dificuldade para sobreviver... Elba tem talento de berço e provou isto, trabalho após trabalho, ano após anos, esperando uma chance para ser reconhecida, sem desistir, sabendo usar todas as sete notas musicais. Usando uma orquestra completa e não o tum-tum (ridículo e incompetente) do teclado eletrônico.
     Au-revoir para todos que me criticam ou aplaudem. Na próxima quinta-feira, se Deus quizer, aqui estarei. Eu aqui e vocês daí. C'est la vie!

                                                                                                                                                                               RENÉ SANFERR, 22.11.2012
a ESFINGE:
     "Todos sonham, mas quando surge o pesadelo da realidade para atrapalhar o querer, apenas poucos tem coragem de acordar, lutar e em algum lugar chegar".

                                                                                                                                                                               RENÉ SANFERR, 18.02.2006


de SANFERRPRESS para todos os leitores e colaboradores (patrocínios, doações):

     Por estar corrigindo os pensamentos - escritos desde a minha adolescência - hoje não os publicarei. Semana que vem, se Deus quizer, aqui estarão.
     Hoje é o dia Nacional de Ação de Graças.
     Pedir é do ser humano. Mas AGRADECER por tudo - até as dificuldades - é humanamente grandioso. Deus nos ama. E ainda mais quando não o abandonamos por estarmos sofrendo, duvidando de sua paternal proteção.

                                                                                                                                                                                RENÉ SANFERR, 22.11.2012


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                                                                      P    A     T     R     O     C     Í     N     I     O                                                   





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